Incêndios na Serra do Caraça (MG) completam um mês com forte impacto no turismo

Área fica entre as cidades de Catas Altas e Santa Bárbara, na região central do estado, mas visitações estão suspensas Os incêndios florestais que atingem a região do Santuário da Serra do Caraça, em Minas Gerais, chegaram ao 29º dia consecutivo. O templo, que pertence a uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), fica entre as cidades de Catas Altas e Santa Bárbara, na região central de Minas Gerais, e é famoso pela fauna. Nesta quarta-feira, são feitos trabalhos de avaliação dos focos existentes e combate. Devastação: Amazônia perde o equivalente a 350 campos de futebol em madeira por dia No Amazonas: Marinha encontra corpo de vítima de deslizamento no Rio Solimões Depois de 24 dias de combate ao fogo, o Corpo de Bombeiros havia informado que os incêndios haviam sido debelados, mas na última semana surgiram novos focos de queimadas. Assim, por medidas de segurança, o turismo no Santuário do Caraça está parcialmente interditado. Nas suas redes sociais, o RPPN publicou que as hospedagens reservadas estão mantidas, mas as atividades de visitação seguem suspensas. Patrimônio cultural e religioso do Brasil, o Santuário do Caraça tem a Mata Atlântica como bioma predominante e é conhecido por receber a visita de diversos lobos-guarás. Monitorados por ambientalistas, os animais podem ser facilmente avistados pelos turistas. Ameaçado em MG: fogo na Serra do Caraça afeta lobo-guará Guito Moreto Nesse 29º dia de combate ao fogo, não há focos de incêndio dentro do santuário e as atividades organizadas pela sede operam normalmente. No entanto, alguns dos espaços têm sido usado para combater as chamas nas florestas. O estacionamento, por exemplo, virou um heliporto para abastecimento das aeronaves usadas pelo Corpo de Bombeiros. Cinco bombeiros atuam no local, mas ainda existem outros focos espalhados pelo território mineiro. Focos de incêndio no estado de Minas Gerais Na Floresta Estadual Uaimií, na região de Ouro Preto, 19 integrantes do Corpo de bombeiros estão no 11º dia de combate às chamas. Na última segunda-feira, os bombeiros também atenderam a um chamado no Parque Estadual da Lapa Grande, em Montes Claros (MG), e seguem realizando avaliação do território e atividades de rescaldo, com sete integrantes. Chuvas intensas e tempestades: Mais de dez estados estão em alerta nesta quarta-feira; veja previsão Já no Parque Estadual Nova Baden, próximo ao município de Lambari, no Sul do Estado, as queimadas causam estragos na fauna e flora há três dias. Ao todo, 24 agentes estão atuando na localidade, sobrevoando a área afetada e realizando combate aéreo e por solo. Situação parecida com a encontrada no Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda, onde os incêndios também estão consumindo a vegetação há três dias, e 31 bombeiros seguem em combate ao fogo. Com focos mais recentes, o Parque Estadual do Krambeck, em Juiz de Fora (MG), é outro espaço atingido pelas queimadas em Minas Gerais. Nesta quarta-feira, equipes fazem estudo de possível emprego de aeronave, além dos focos a serem combatidos. Também passam por avaliação o Parque Estadual de Grão Mogol, mais ao norte do Estado, e o Parque Estadual de Serra Nova e Talhado, em Rio Pardo de Minas.