Haddad diz que pacote de corte de gastos está fechado com Lula e será anunciado em breve

Ministro da Fazenda disse que receita precisa crescer em "um ritmo moderado" O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o pacote de ajuste fiscal que está sendo elaborado pelo governo há semanas será anunciado em breve e que já há acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que o detalhamento aconteça após a Cúpula do G20, que ocorre segunda e terça no Rio. Enel: Presidente Lula discute sobre a empresa com primeira-ministra italiana Viu? Brasil vai assinar acordo com a Argentina para ampliar importação e reduzir preço do gás, diz Silveira Em entrevista à emissora de televisão CNBC Brasil, o ministro declarou ainda que está no aguardo de uma resposta do Ministério da Defesa, que também pode ser atingido pelo pacote de medidas contra o crescimento de gastos. – O conjunto de medidas está fechado com o presidente. Estamos esperando respostas do Ministério da Defesa. O objetivo é que Brasil siga crescendo com sustentabilidade. Se você tiver distorções, o arcabouço fiscal pode perder a credibilidade. Vão dizer que o governo está saindo do acordado. Setor elétrico: Governo prevê investimentos de até R$ 500 bi com renovação de contratos Como mostrou o GLOBO na sexta-feira, Fernando Haddad sinalizou a líderes do Congresso que o pacote fiscal vai prever uma economia entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões em 2025 e de R$ 40 bilhões em 2026. Na entrevista à CNBC Brasil, Haddad disse também que é preciso cortar subsídios: – Precisamos fazer com que a despesa cresça num ritmo moderado e que a receita seja recomposta. Perdemos muita receita dando incentivo para empresário e, muitas vezes, não vem nada em troca. Dar todo esse subsídio, às vezes, não faz sentido. Initial plugin text Além disso, o ministro declarou que entende a pressão para evitar cortes em áreas sociais. Haddad lembrou que, quando foi ministro da Educação, ele se manifestava contra cortes na área, mas o chefe da equipe econômica afirmou que é preciso se comprometer com os ajustes para evitar "gerar incertezas". O petista declarou ainda que "é ilusório achar que, ao moderar o ritmo das despesas, você vai perder dinheiro". – Já fui ministro da Educação e também já reclamei. Cada um está no papel de defender sua agenda. Você não pode ver só sua posição relativa. Se a gente não se comprometer com isso, vamos gerar incertezas. BNDES: Banco vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal Segundo interlocutores a par das negociações sobre o ajuste fiscal, uma das principais medidas para conter o crescimento das despesas é a mudança no critério de reajuste do salário mínimo, que passaria a ser ter ganho real de no máximo 2,5% e no mínimo de 0,6% — o mesmo intervalo de crescimento de gastos do arcabouço fiscal. Essa mudança tem um impacto gradual, já que considera a base do ano anterior para reajuste. Por isso, o pacote é maior nos próximos anos. Presidente do BID: Uso de recursos dos países no FMI pode multiplicar financiamento a projetos contra a fome e a pobreza Também faz parte do pacote o avanço do projeto que combate os supersalários, que depende do aval do Congresso, filtro nos programas sociais, realização de pente-fino no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de ajustes nas regras em alguns programas, como abono salarial (PIS), seguro-defeso e seguro-desemprego. A expectativa é que as medidas sejam anunciadas na próxima quinta-feira, após a visita do presidente da China, Xi Jinping, em Brasília, e também após o término do G20, no Rio. O ajuste fiscal vai atingir as áreas com maiores orçamentos, como Saúde, Educação e Defesa. Por determinação do presidente Lula, Haddad pediu a colaboração dos comandantes das Forças Armadas, que devem propor ajustes pontuais no sistema de previdência dos militares. Initial plugin text

Nov 17, 2024 - 23:04
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Haddad diz que pacote de corte de gastos está fechado com Lula e será anunciado em breve

Ministro da Fazenda disse que receita precisa crescer em "um ritmo moderado" O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o pacote de ajuste fiscal que está sendo elaborado pelo governo há semanas será anunciado em breve e que já há acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que o detalhamento aconteça após a Cúpula do G20, que ocorre segunda e terça no Rio. Enel: Presidente Lula discute sobre a empresa com primeira-ministra italiana Viu? Brasil vai assinar acordo com a Argentina para ampliar importação e reduzir preço do gás, diz Silveira Em entrevista à emissora de televisão CNBC Brasil, o ministro declarou ainda que está no aguardo de uma resposta do Ministério da Defesa, que também pode ser atingido pelo pacote de medidas contra o crescimento de gastos. – O conjunto de medidas está fechado com o presidente. Estamos esperando respostas do Ministério da Defesa. O objetivo é que Brasil siga crescendo com sustentabilidade. Se você tiver distorções, o arcabouço fiscal pode perder a credibilidade. Vão dizer que o governo está saindo do acordado. Setor elétrico: Governo prevê investimentos de até R$ 500 bi com renovação de contratos Como mostrou o GLOBO na sexta-feira, Fernando Haddad sinalizou a líderes do Congresso que o pacote fiscal vai prever uma economia entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões em 2025 e de R$ 40 bilhões em 2026. Na entrevista à CNBC Brasil, Haddad disse também que é preciso cortar subsídios: – Precisamos fazer com que a despesa cresça num ritmo moderado e que a receita seja recomposta. Perdemos muita receita dando incentivo para empresário e, muitas vezes, não vem nada em troca. Dar todo esse subsídio, às vezes, não faz sentido. Initial plugin text Além disso, o ministro declarou que entende a pressão para evitar cortes em áreas sociais. Haddad lembrou que, quando foi ministro da Educação, ele se manifestava contra cortes na área, mas o chefe da equipe econômica afirmou que é preciso se comprometer com os ajustes para evitar "gerar incertezas". O petista declarou ainda que "é ilusório achar que, ao moderar o ritmo das despesas, você vai perder dinheiro". – Já fui ministro da Educação e também já reclamei. Cada um está no papel de defender sua agenda. Você não pode ver só sua posição relativa. Se a gente não se comprometer com isso, vamos gerar incertezas. BNDES: Banco vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal Segundo interlocutores a par das negociações sobre o ajuste fiscal, uma das principais medidas para conter o crescimento das despesas é a mudança no critério de reajuste do salário mínimo, que passaria a ser ter ganho real de no máximo 2,5% e no mínimo de 0,6% — o mesmo intervalo de crescimento de gastos do arcabouço fiscal. Essa mudança tem um impacto gradual, já que considera a base do ano anterior para reajuste. Por isso, o pacote é maior nos próximos anos. Presidente do BID: Uso de recursos dos países no FMI pode multiplicar financiamento a projetos contra a fome e a pobreza Também faz parte do pacote o avanço do projeto que combate os supersalários, que depende do aval do Congresso, filtro nos programas sociais, realização de pente-fino no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de ajustes nas regras em alguns programas, como abono salarial (PIS), seguro-defeso e seguro-desemprego. A expectativa é que as medidas sejam anunciadas na próxima quinta-feira, após a visita do presidente da China, Xi Jinping, em Brasília, e também após o término do G20, no Rio. O ajuste fiscal vai atingir as áreas com maiores orçamentos, como Saúde, Educação e Defesa. Por determinação do presidente Lula, Haddad pediu a colaboração dos comandantes das Forças Armadas, que devem propor ajustes pontuais no sistema de previdência dos militares. Initial plugin text

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