Governo Trump: Saiba quem são os cotados para assumir a Secretaria de Defesa dos EUA
Ex- secretário de Estado americano Mike Pompeo, um dos principais representantes do primeiro mandato de Donald Trump, é um dos cotados para a Defesa O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começa a definir nesta quinta-feira os nomes que farão parte da linha de frente de seu novo mandato na Casa Branca. Uma das principais decisões de Trump será decidir quem será o responsável pelo Departamento de Defesa americano, responsável por gerir uma parte crucial da operação da maior força militar do mundo, diante de um cenário mais conflitivo do que qualquer momento do primeiro mandato de Trump, com guerras ativas na Europa e no Oriente Médio, com tensões crescentes na Ásia e na região do Pacífico. Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo Trump 2.0: Com controle do Congresso e Judiciário 'aliado', Trump deve governar sem contrapesos em novo mandato A escolha do presidente eleito interessa tanto a adversários estratégicos dos EUA, como Rússia, China, Irã e Coreia do Norte, que reforçaram laços em uma espécie de bloco antiocidental, quanto a parceiros históricos. Integrantes do lado europeu da Otan demonstraram preocupação com o retorno de Trump à Presidência, considerando o jogo-duro que o republicano impôs aos sócios durante seu primeiro mandato e a declarações de que voltaria a exigir investimentos mínimos em Defesa, sob risco de não cumprir com suas obrigações de defesa coletiva se fosse convocado. Initial plugin text Entre os cotados que devem ser apresentados para Trump pela equipe de transição, segundo fontes ligadas à campanha republicana ouvidas pela imprensa internacional, está Mike Pompeo, ex-secretário de Estado durante o primeiro mandato do presidente eleito e homem de confiança Veja quem são alguns dos cotados para assumir a Secretaria de Defesa. Mike Pompeo O ex-secretário de Estado americano Mike Pompeo foi um dos principais nomes da cúpula do primeiro mandato de Trump, sendo responsável por grande parte da propagação da agenda ideológica e da política externa por vezes conflitivas daquele governo. Homem de confiança de Trump por anos, Pompeo foi diretor da CIA, a Agência Central de Inteligência Americana, antes de ser convocado para a função diplomática. Caso seja o escolhido para o cargo, o primeiro desafio de Pompeo será conseguir conciliar sua convicção no papel que os EUA devem ter na defesa territorial na Ucrânia — posição que já deixou pública desde a invasão russa ao país do Leste Europeu — com a ideia mais branda que seu chefe tem demonstrado sobre o tema durante a campanha. Ex-secretário de Estado Mike Pompeo discursa na Convenção Nacional Republicana LEON NEAL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP Mike Waltz Ex-integrante das Forças Especiais do Exército dos EUA e deputado pelo estado da Flórida, Waltz foi apontado por jornais e agências de notícias americanas e europeias como um nome sério na disputa, tendo inclusive já conversado com Trump sobre o futuro da defesa do país. Como deputado, sua atuação foi descrita como dura contra a China, maior rival estratégico de Washington, incluindo participação em projetos que visam diminuir a dependência americana de produtos chineses — um tema que Trump provavelmente vai querer engajamento por meio das autoridades econômicas em seu mandato. Waltz foi reeleito pelo 6º distrito da Flórida na eleição atual e estará no Congresso, caso seja preterido. Interesse: Elon Musk ajudou a eleger Trump. O que ele espera em troca? Tom Cotton Veterano das guerras do Afeganistão e do Iraque, o senador do Arkansas Tom Cotton é apontado pela mídia americana como o possível ocupante do Pentágono no Trump 2.0. Cotton teria sido cotado para o cargo ainda no primeiro governo do republicano, mas foi preterido em razão de Jim Mattis — que entrou em rota de colisão com o então presidente em uma série de questões: desde temas estratégicos como a presença de tropas americanas na Síria, até a agenda ideológica, como o alistamento de pessoas transgênero. Integrante do Comitê de Serviços Armados dos Senado, o veterano defendeu recentemente que o Pentágono precisava de uma abordagem mais robusta e inovadora. Tom Cotton participa da Convenção Nacional Republicana Victor J. Blue/Bloomberg
Ex- secretário de Estado americano Mike Pompeo, um dos principais representantes do primeiro mandato de Donald Trump, é um dos cotados para a Defesa O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começa a definir nesta quinta-feira os nomes que farão parte da linha de frente de seu novo mandato na Casa Branca. Uma das principais decisões de Trump será decidir quem será o responsável pelo Departamento de Defesa americano, responsável por gerir uma parte crucial da operação da maior força militar do mundo, diante de um cenário mais conflitivo do que qualquer momento do primeiro mandato de Trump, com guerras ativas na Europa e no Oriente Médio, com tensões crescentes na Ásia e na região do Pacífico. Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo Trump 2.0: Com controle do Congresso e Judiciário 'aliado', Trump deve governar sem contrapesos em novo mandato A escolha do presidente eleito interessa tanto a adversários estratégicos dos EUA, como Rússia, China, Irã e Coreia do Norte, que reforçaram laços em uma espécie de bloco antiocidental, quanto a parceiros históricos. Integrantes do lado europeu da Otan demonstraram preocupação com o retorno de Trump à Presidência, considerando o jogo-duro que o republicano impôs aos sócios durante seu primeiro mandato e a declarações de que voltaria a exigir investimentos mínimos em Defesa, sob risco de não cumprir com suas obrigações de defesa coletiva se fosse convocado. Initial plugin text Entre os cotados que devem ser apresentados para Trump pela equipe de transição, segundo fontes ligadas à campanha republicana ouvidas pela imprensa internacional, está Mike Pompeo, ex-secretário de Estado durante o primeiro mandato do presidente eleito e homem de confiança Veja quem são alguns dos cotados para assumir a Secretaria de Defesa. Mike Pompeo O ex-secretário de Estado americano Mike Pompeo foi um dos principais nomes da cúpula do primeiro mandato de Trump, sendo responsável por grande parte da propagação da agenda ideológica e da política externa por vezes conflitivas daquele governo. Homem de confiança de Trump por anos, Pompeo foi diretor da CIA, a Agência Central de Inteligência Americana, antes de ser convocado para a função diplomática. Caso seja o escolhido para o cargo, o primeiro desafio de Pompeo será conseguir conciliar sua convicção no papel que os EUA devem ter na defesa territorial na Ucrânia — posição que já deixou pública desde a invasão russa ao país do Leste Europeu — com a ideia mais branda que seu chefe tem demonstrado sobre o tema durante a campanha. Ex-secretário de Estado Mike Pompeo discursa na Convenção Nacional Republicana LEON NEAL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP Mike Waltz Ex-integrante das Forças Especiais do Exército dos EUA e deputado pelo estado da Flórida, Waltz foi apontado por jornais e agências de notícias americanas e europeias como um nome sério na disputa, tendo inclusive já conversado com Trump sobre o futuro da defesa do país. Como deputado, sua atuação foi descrita como dura contra a China, maior rival estratégico de Washington, incluindo participação em projetos que visam diminuir a dependência americana de produtos chineses — um tema que Trump provavelmente vai querer engajamento por meio das autoridades econômicas em seu mandato. Waltz foi reeleito pelo 6º distrito da Flórida na eleição atual e estará no Congresso, caso seja preterido. Interesse: Elon Musk ajudou a eleger Trump. O que ele espera em troca? Tom Cotton Veterano das guerras do Afeganistão e do Iraque, o senador do Arkansas Tom Cotton é apontado pela mídia americana como o possível ocupante do Pentágono no Trump 2.0. Cotton teria sido cotado para o cargo ainda no primeiro governo do republicano, mas foi preterido em razão de Jim Mattis — que entrou em rota de colisão com o então presidente em uma série de questões: desde temas estratégicos como a presença de tropas americanas na Síria, até a agenda ideológica, como o alistamento de pessoas transgênero. Integrante do Comitê de Serviços Armados dos Senado, o veterano defendeu recentemente que o Pentágono precisava de uma abordagem mais robusta e inovadora. Tom Cotton participa da Convenção Nacional Republicana Victor J. Blue/Bloomberg
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