Governador do DF diz que avalia criar unidade policial para prevenir atentados em Brasília
Ibaneis Rocha afirma que Brasil não tem "cultura de terrorismo", mas há radicalização de parcela da sociedade O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou ao GLOBO que solicitou à Secretaria de Segurança um estudo para a criação de uma unidade dentro da Polícia Civil do DF com foco no monitoramento de ameaças como a explosão na Praça dos Três Poderes desta quarta-feira. - No Brasil, não temos essa cultura do terrorismo. Mas estou avaliando a criação de uma estrutura para prevenir novos incidentes - diz. - São novos tempos de extremos, que têm mostrado uma incompreensão muito grande das pessoas com as posições políticas. Ele diz que a ameaça de um atentado na Esplanada dos Ministérios não foi detectada pela inteligência do DF nem pela Polícia Federal e as primeiras informações indicam que o homem agiu sozinho. Os policiais já sabem que, após colocar fogo num carro, ele seguiu para frente do Supremo Tribunal Federal (STF) onde detonou explosivos e acabou morto. Ibaneis afirma que o atentado ocorre num ambiente no qual há questionamento por parte da população das decisões do STF, que assumiu “protagonismo político não existente no passado”. - Vivemos extremos que não podem se perpetuar. As eleições municipais desse ano mostraram um cenário de volta ao centro. O melhor caminho sempre é o do centro - diz. Segundo o governador, as explosões certamente pioram o ambiente político e a busca por uma solução. Questionado se o episódio de ontem não evidencia uma radicalização da direita no país, ele afirmou que se trata de um reflexo das decisões tomadas pela suprema corte. - Como as decisões têm atingido pessoas ligadas à direita, a reação, na minha visão indevida, tem partido de pessoas ligadas a essa ideologia. O STF tem tido um papel importante na manutenção da democracia. Mas certamente ele tem que fazer parte do diálogo para pacificação - diz. Para Ibaneis, o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro é inconstitucional, mas a redução das penas “talvez fizesse parte de um caminho”. O governador está na Itália e decidiu não antecipar seu retorno à capital. Segundo ele, a avaliação de sua equipe é que sua “presença física não teria grande importância”. Ibaneis diz que está em contato desde ontem com a vice-governadora Celina Leão e o secretariado. - Vou continuar ligado para resolver o que for necessário - afirma.
Ibaneis Rocha afirma que Brasil não tem "cultura de terrorismo", mas há radicalização de parcela da sociedade O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou ao GLOBO que solicitou à Secretaria de Segurança um estudo para a criação de uma unidade dentro da Polícia Civil do DF com foco no monitoramento de ameaças como a explosão na Praça dos Três Poderes desta quarta-feira. - No Brasil, não temos essa cultura do terrorismo. Mas estou avaliando a criação de uma estrutura para prevenir novos incidentes - diz. - São novos tempos de extremos, que têm mostrado uma incompreensão muito grande das pessoas com as posições políticas. Ele diz que a ameaça de um atentado na Esplanada dos Ministérios não foi detectada pela inteligência do DF nem pela Polícia Federal e as primeiras informações indicam que o homem agiu sozinho. Os policiais já sabem que, após colocar fogo num carro, ele seguiu para frente do Supremo Tribunal Federal (STF) onde detonou explosivos e acabou morto. Ibaneis afirma que o atentado ocorre num ambiente no qual há questionamento por parte da população das decisões do STF, que assumiu “protagonismo político não existente no passado”. - Vivemos extremos que não podem se perpetuar. As eleições municipais desse ano mostraram um cenário de volta ao centro. O melhor caminho sempre é o do centro - diz. Segundo o governador, as explosões certamente pioram o ambiente político e a busca por uma solução. Questionado se o episódio de ontem não evidencia uma radicalização da direita no país, ele afirmou que se trata de um reflexo das decisões tomadas pela suprema corte. - Como as decisões têm atingido pessoas ligadas à direita, a reação, na minha visão indevida, tem partido de pessoas ligadas a essa ideologia. O STF tem tido um papel importante na manutenção da democracia. Mas certamente ele tem que fazer parte do diálogo para pacificação - diz. Para Ibaneis, o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro é inconstitucional, mas a redução das penas “talvez fizesse parte de um caminho”. O governador está na Itália e decidiu não antecipar seu retorno à capital. Segundo ele, a avaliação de sua equipe é que sua “presença física não teria grande importância”. Ibaneis diz que está em contato desde ontem com a vice-governadora Celina Leão e o secretariado. - Vou continuar ligado para resolver o que for necessário - afirma.
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