G20 Social: Bares e atrações turísticas da Zona Portuária se preparam para receber público

Negócios de alimentação criam menus com preços especiais, e atrações turísticas têm descontos A Zona Portuária carioca receberá, por dia, uma média de 50 mil pessoas entre quinta-feira e sábado da semana que vem, durante o G20 Social. Pelo menos 40 mil deverão ser atraídas pelos shows gratuitos do Aliança Global Festival — apelidado de “Janjapalooza”, em referência à primeira-dama Janja da Silva —, que reunirá nomes como Zeca Pagodinho, Seu Jorge, Daniela Mercury e Diogo Nogueira, na Praça Mauá. E mais dez mil são esperadas para as palestras e reuniões que acontecerão nos armazéns do Porto e no Espaço Kobra. E nessa babel de gente vinda de todos os cantos do Brasil e do mundo, bares, restaurantes, museus e atrações turísticas da região, como o AquaRio e a roda-gigante Yup Star, já se preparam para fisgar o público ávido pelos debates e pela diversão no Rio. Pratos e drinks Na tarde de quarta-feira, representantes do comitê do G20 Social e da prefeitura se reuniram com donos de oito bares e restaurantes do Largo da Prainha e de outros seis do Beco das Sardinhas. O objetivo era garantir que esses estabelecimentos estarão abertos e prontos para atender as comitivas e os visitantes para almoço e jantar. Raphael Vidal, que comanda três casas na região — Casa Porto, Dois de Fevereiro e Bafo da Prainha — saiu do encontro animado: — Vamos nos preparar no Largo da Prainha para receber o impacto das milhares de pessoas na Região Portuária, não só no almoço, mas também no happy hour, com as nossas rodas de samba. Censo 2022: Rocinha volta a ser considerada a maior favela do Brasil e é mais populosa que 91% dos municípios do país Muito além do Nordeste: Rocinha atualmente atrai até estrangeiros da Colômbia, Bolívia e Argentina Para dar as boas-vindas à clientela, as três casas de Vidal incluíram no cardápio o drinque Palmares, elaborado pelo mixologista Mateus Singelo, que buscou inspiração nas culinárias brasileira e africana. A bebida que utiliza ingredientes como cachaça e leite de coco infusionado com melado de cana-de-açúcar e canela em pau terá preço especial até 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Custará R$ 20. As três casas também criarão pratos especiais, com valores perto de R$ 40 para conquistar o público das conferências. — Terá pirão, muqueca, baião de dois e carne de sol. Coisas tradicionais da nossa culinária que têm origem na África também. Espero que eles fiquem contentes com a nossa comida — disse o chef João Diamante, que comanda a cozinha do Dois de Fevereiro. O primeiro pedido de reserva veio no começo da tarde de anteontem por mensagem de um representante da delegação da União Europeia. Ele pediu lugares para almoço de dez pessoas na próxima quinta. Já o bar Angu do Gomes aposta no prato que dá nome ao estabelecimento e é tombado como patrimônio cultural carioca. Seu preço: R$ 34,90. — O evento é uma incógnita, porque vai ser a primeira vez, mas estamos preparados — contou o comerciante Rigo Duarte, que realocou folgas de funcionários para garantir equipe completa nos dias do G20 Social e que vai abrir um salão recém-reformado, com ar-condicionado e capacidade para receber até 70 pessoas. As noites do Largo da Prainha serão animadas pelas rodas de samba do grupo Terreiro de Bamba (na quinta-feira), Rodo do André Pressão (na sexta-feira) e da turma do Pagode do Bafo (no sábado). Bares do Beco das Sardinhas, na Rua Miguel Couto, também esperam pegar carona no movimento levado pelo evento. O bar Ocidental vai oferecer nesses dias combos de refeição que custam até R$ 40,90, ao preço promocional de R$ 29,90, como acontece normalmente às segundas-feiras. São pratos com sardinha, filé de peixe e de frango, contra filé e ovos fritos, acompanhados de arroz, feijão e salada. O estabelecimento só não abrirá na sexta-feira, feriado da Proclamação da República. Cultura e lazer Mas a região não é só boemia e gastronomia. Espaços como o AquaRio, a Yup Star e os museus também se prepararam para seduzir cariocas e visitantes, com descontos e horários especiais. Previsão do tempo: com condições ainda instáveis, cidade do Rio terá chuva fraca isolada ao longo deste sábado O maior aquário da América do Sul, instalado na região há oito anos, terá horário estendido de 15 a 20 de novembro, período em que o Rio abrigará o G20 Social e o G20. Nesses dias, o fechamento será às 18h, sendo que o público pode entrar até as 17h. Ingressos partem de R$ 99, sendo que aniversariantes de novembro acompanhados de pagante têm gratuidade. O passeio pode ser complementado com um giro pela roda-gigante, que fica ao lado e dará desconto de 20% aos inscritos no evento. É preciso apresentar credencial. Os preços normais partem de R$ 39,90. Espaços culturais também estarão abertos e são boas opções na região. O Museu de Arte do Rio (MAR) abre das 9h às 16h, com a última entrada para visitação às 15h30. O Museu do Amanhã abrirá das 10h às 18h, com entrada permitida até as 17h. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Já a Casa da Tia Ciata, na Rua Camerino, abre na quinta-feira, das 14h às 17h e, na sexta-feira, das 14h às 18h30, com exposição e tour gratuito contando a história da matriarca do samba. Outra opção é o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), na Rua Pedro Ernesto, na Gamboa. O local inaugura na quinta-feira a exposição “1897 — Reino do Benin”, do artista nigeriano Osa Seven, com entrada franca. O Espaço Cultural da Marinha, na Avenida Alfred Agache, abre a mostra “Somos todos Amazônia — por um mundo justo e um planeta sustentável”, com curadoria de Alcinda Saphira, das 10h às 17h, também de graça. Como chegar O metrô é uma das melhores opções para chegar à região. O passageiro deve descer na estação Carioca ou Cinelândia e fazer integração com o VLT. Mas é bom ficar atento porque, nos três dias do evento, a linha 1 do VLT interromperá a circulação a partir das 17h. Antes desse horário não haverá embarque e desembarque nas paradas dos Museus, dos Navios e Utopia. As demais linhas funcionarão normalmente. Para quem vem de outras áreas do Rio uma boa alternativa é o trem. * Estagiária sob supervisão de Leila Youssef