G20: Milei investe em “diplomacia da lacração” e impõe desafio à presidência do Brasil, indicam integrantes do governo
Sinais como a ordem para a retirada da delegação argentina da COP29, em Baku, reforçam a postura arredia do país vizinho em arena multilateral No primeiro dia de negociações para o texto final da Cúpula do G20, a chancelaria argentina fez questão de relembrar ao Brasil e aos demais países do bloco que tem oposições a conceitos expressos em alguns dos documentos firmados até aqui. Os interlocutores de Javier Milei usaram seus comentários na reunião de sherpas (representantes dos chefes de Estado), iniciada nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, para enfatizar que terão dificuldade em apoiar, por exemplo, menções aos compromissos da Agenda 2030, com metas para o desenvolvimento sustentável, ou do Pacto para o Futuro — ambas iniciativas da Organização das Nações Unidas (ONU). Milei tem dado sinais de que não se incomoda em adotar postura arredia em fóruns multilaterais. Nesta quarta-feira, ele deu ordem para a retirada da delegação argentina da COP29, em Baku. G20 no Rio: Lula terá encontros bilaterais com líderes mundiais; veja quem ele deve encontrar G20 no Rio: Lula e Javier Milei não devem ter encontro bilateral durante o G20 Segundo integrantes do governo a par das conversas no Rio, que transcorrem de forma reservada, a posição argentina não surpreende, mas indica que será necessário um esforço adicional para se chegar a um texto consensual no G20. Até agora, a única declaração ministerial que não foi aprovada por consenso foi do grupo de trabalho sobre empoderamento feminino, justamente por cauda da oposição da Argentina. Na declaração de ministros da Cultura, o governo Milei quis registrar sua dificuldade com parágrafos do documento que faziam referência a metas de desenvolvimento sustentável. Um membro da delegação brasileira nota que Milei tem investido na “diplomacia da lacração”, mas será necessário aguardar o avanço das conversas no Rio. Outro diplomata brasileiro diz que o desafio agora será negociar a linguagem do documento final e medir o quanto será possível acomodar as sensibilidades argentinas sem descaracterizar o texto do G20. Um integrante do Palácio do Planalto afirma que, apesar dos sinais emitidos pela Casa Rosada, o governo brasileiro não trabalha ainda com o cenário de Milei se recusar a apoiar a declaração final do G20.
Sinais como a ordem para a retirada da delegação argentina da COP29, em Baku, reforçam a postura arredia do país vizinho em arena multilateral No primeiro dia de negociações para o texto final da Cúpula do G20, a chancelaria argentina fez questão de relembrar ao Brasil e aos demais países do bloco que tem oposições a conceitos expressos em alguns dos documentos firmados até aqui. Os interlocutores de Javier Milei usaram seus comentários na reunião de sherpas (representantes dos chefes de Estado), iniciada nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, para enfatizar que terão dificuldade em apoiar, por exemplo, menções aos compromissos da Agenda 2030, com metas para o desenvolvimento sustentável, ou do Pacto para o Futuro — ambas iniciativas da Organização das Nações Unidas (ONU). Milei tem dado sinais de que não se incomoda em adotar postura arredia em fóruns multilaterais. Nesta quarta-feira, ele deu ordem para a retirada da delegação argentina da COP29, em Baku. G20 no Rio: Lula terá encontros bilaterais com líderes mundiais; veja quem ele deve encontrar G20 no Rio: Lula e Javier Milei não devem ter encontro bilateral durante o G20 Segundo integrantes do governo a par das conversas no Rio, que transcorrem de forma reservada, a posição argentina não surpreende, mas indica que será necessário um esforço adicional para se chegar a um texto consensual no G20. Até agora, a única declaração ministerial que não foi aprovada por consenso foi do grupo de trabalho sobre empoderamento feminino, justamente por cauda da oposição da Argentina. Na declaração de ministros da Cultura, o governo Milei quis registrar sua dificuldade com parágrafos do documento que faziam referência a metas de desenvolvimento sustentável. Um membro da delegação brasileira nota que Milei tem investido na “diplomacia da lacração”, mas será necessário aguardar o avanço das conversas no Rio. Outro diplomata brasileiro diz que o desafio agora será negociar a linguagem do documento final e medir o quanto será possível acomodar as sensibilidades argentinas sem descaracterizar o texto do G20. Um integrante do Palácio do Planalto afirma que, apesar dos sinais emitidos pela Casa Rosada, o governo brasileiro não trabalha ainda com o cenário de Milei se recusar a apoiar a declaração final do G20.
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