Fuad processa Duda Salabert após associação com ditadura militar: 'Mentira deslavada'
Prefeito alega calúnia na Justiça após conflito com pedetista no debate da Globo, onde ele chamou golpe de 1964 de 'revolução' O prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), está processando a deputada federal e adversária nas urnas, Duda Salabert, por uma associação feita no debate da Globo entre o gestor e a ditadura militar. A queixa-crime foi ajuizada na Justiça Eleitoral por calúnia, após a pedetista ter questionado o prefeito sobre sua carreira no 12° Batalhão de Infantaria. Ditadura militar, impasse na direita e brigas: Debate da Globo em BH tem ataques entre adversários e prefeito como alvo Barba feita, silêncio para concentrar e cochilo: A preparação dos candidatos à prefeitura de BH para debate da Globo Neste sábado, em atividade de campanha na capital mineira, o prefeito explicou o motivo da ação e disse que a insinuação de Salabert tinha um objetivo eleitoreiro e seria um ato desesperado por voto. — As pessoas precisam ter respeito com a história de outras pessoas. Falar uma coisa que eu poderia ter feito quando eu tinha 18 anos e era soldado do Exército? Quantos e quantos soldados passaram pelo 12? Dizer que todo mundo é torturador é uma mentira deslavada. Nunca participei de nada, e ela sabe bem disso. Em entrevista ao GLOBO, após o debate, Salabert usou o caso para pedir que a esquerda não vote em Fuad Noman. — O prefeito se assumia como progressista, mas na verdade era uma fantasia que nós retiramos aqui no debate ao questioná-lo se houve participação dele ou não nas torturas que aconteciam. Ele respondeu relativizando a ditadura e também relativizando as torturas. Eu dei a oportunidade de ele se desculpar e ele manteve essa postura — disse Duda Salabert, momentos após o encontro televisivo. A disputa pelo voto útil ocorre após militantes do PV, PCdoB e PSOL terem feito um manifesto de apoio a Fuad. O movimento tem como objetivo tentar impedir um segundo turno entre dois candidatos da direita, Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL). O primeiro é apoiado pelo governador Romeu Zema (Novo) enquanto o outro tem a benção do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, Fuad, Engler e Tramonte estão empatados tecnicamente em primeiro lugar, com 21% das intenções de voto. Fuad chama ditadura de 'revolução' No debate de quinta-feira, uma pergunta de Salabert sobre a trajetória de Fuad insinuou que ele teria conexão com o golpe. — Ele (Fuad Noman) serviu e trabalhou no Exército no período duro da Ditadura Militar. E o senhor serviu no 12º batalhão, onde, segundo a Comissão da Verdade, houve tortura. O senhor se arrepende deste período? — perguntou. Fuad respondeu que não teve participação na ditadura militar, mas chamou o período de "revolução": — Eu quero dizer claramente é que minha história é limpa. Se você olhar as histórias da revolução, não vai achar meu nome porque nunca participei de nada de ditadura. No bloco seguinte, Duda retornou ao tema, ao corrigir o prefeito de que não houve um revolução em 1964, mas sim um golpe seguido de ditadura. Gabriel Azevedo, posteriormente, engrossou o coro e fez um repúdio pelo fato de o prefeito ter chamado o golpe de "revolução".
Prefeito alega calúnia na Justiça após conflito com pedetista no debate da Globo, onde ele chamou golpe de 1964 de 'revolução' O prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), está processando a deputada federal e adversária nas urnas, Duda Salabert, por uma associação feita no debate da Globo entre o gestor e a ditadura militar. A queixa-crime foi ajuizada na Justiça Eleitoral por calúnia, após a pedetista ter questionado o prefeito sobre sua carreira no 12° Batalhão de Infantaria. Ditadura militar, impasse na direita e brigas: Debate da Globo em BH tem ataques entre adversários e prefeito como alvo Barba feita, silêncio para concentrar e cochilo: A preparação dos candidatos à prefeitura de BH para debate da Globo Neste sábado, em atividade de campanha na capital mineira, o prefeito explicou o motivo da ação e disse que a insinuação de Salabert tinha um objetivo eleitoreiro e seria um ato desesperado por voto. — As pessoas precisam ter respeito com a história de outras pessoas. Falar uma coisa que eu poderia ter feito quando eu tinha 18 anos e era soldado do Exército? Quantos e quantos soldados passaram pelo 12? Dizer que todo mundo é torturador é uma mentira deslavada. Nunca participei de nada, e ela sabe bem disso. Em entrevista ao GLOBO, após o debate, Salabert usou o caso para pedir que a esquerda não vote em Fuad Noman. — O prefeito se assumia como progressista, mas na verdade era uma fantasia que nós retiramos aqui no debate ao questioná-lo se houve participação dele ou não nas torturas que aconteciam. Ele respondeu relativizando a ditadura e também relativizando as torturas. Eu dei a oportunidade de ele se desculpar e ele manteve essa postura — disse Duda Salabert, momentos após o encontro televisivo. A disputa pelo voto útil ocorre após militantes do PV, PCdoB e PSOL terem feito um manifesto de apoio a Fuad. O movimento tem como objetivo tentar impedir um segundo turno entre dois candidatos da direita, Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL). O primeiro é apoiado pelo governador Romeu Zema (Novo) enquanto o outro tem a benção do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, Fuad, Engler e Tramonte estão empatados tecnicamente em primeiro lugar, com 21% das intenções de voto. Fuad chama ditadura de 'revolução' No debate de quinta-feira, uma pergunta de Salabert sobre a trajetória de Fuad insinuou que ele teria conexão com o golpe. — Ele (Fuad Noman) serviu e trabalhou no Exército no período duro da Ditadura Militar. E o senhor serviu no 12º batalhão, onde, segundo a Comissão da Verdade, houve tortura. O senhor se arrepende deste período? — perguntou. Fuad respondeu que não teve participação na ditadura militar, mas chamou o período de "revolução": — Eu quero dizer claramente é que minha história é limpa. Se você olhar as histórias da revolução, não vai achar meu nome porque nunca participei de nada de ditadura. No bloco seguinte, Duda retornou ao tema, ao corrigir o prefeito de que não houve um revolução em 1964, mas sim um golpe seguido de ditadura. Gabriel Azevedo, posteriormente, engrossou o coro e fez um repúdio pelo fato de o prefeito ter chamado o golpe de "revolução".
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