Fim das turbulências? Cientistas americanos desenvolvem tecnologia de IA que 'protege' aeronaves; entenda
Chamada de FALCON, modelo seria capaz de realizar adaptações para mitigar efeitos da pressão do ar Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveu uma tecnologia capaz de mitigar os efeitos da turbulência nas estruturas de aeronaves. A descoberta foi publicada em setembro na revista científica NPJ Robotics e trabalha com a atuação de inteligência artificial na capacidade do sistema de controle aéreo. Padrões, riscos e futuro verde: trinta países preparam as primeiras normas climáticas para empresas; entenda Oito 'bairros', sete piscinas, 40 restaurantes: conheça 'Estrela dos Mares', o maior e mais luxuoso navio de cruzeiro do mundo A turbulência nada mais é do que uma mudança na pressão do ar que, quando atravessado pelo avião, faz com que o veículo comece a balançar. Diferente dos animais que conseguem prever essa alteração na atmosfera e evitam o trajeto, os aviões comumente apenas atravessam partes de turbulência no céu e ficam vulneráveis ao chacoalhar, mas isso tende a mudar com o uso da IA. Vídeo mostra o momento em que avião arremete após turbulência em Portugal Reprodução Chamada de FALCON, a técnica avaliada para resolver a situação pretende compensar e adaptar o voo de forma automática para evitar os efeitos da turbulência. Essa tecnologia já foi implementada e usada anteriormente em sistemas de controle, mas apenas em situações e veículos específicos. Agora, o FALCON passou a ser treinado para entender os princípios que indicam a chegada de turbulência, e se adaptar às condições necessárias. A técnica é baseada no Métodos de Fourier, ou seja, em como ondas senoidais complexas são usadas para representar dados. Dessa maneira, os cientistas entenderam, através de um padrão comportamental natural das ondas, que seria possível representar as condições meteorológicas e os ventos de forma digital para simular a turbulência no ar. "O uso de aprendizado por reforço para adaptação em tempo real é notável, pois ele aprende o modelo de turbulência subjacente," disse Hever Moncayo, professor de engenharia aeroespacial na Embry-Riddle Aeronautical University, à Live Science. Vídeo mostra turbulência severa em avião passando dentro do olho do furacão Milton com meteorologistas Para comprovar a eficácia da pesquisa, os cientistas usaram a técnica dentro de um túnel de vento na universidade Caltech, nos Estados Unidos. Na testagem, a equipe aplicou o modelo com uma asa de aerofólio equipada com sensores de pressão e de controle de superfícies, submetidos não apenas aos ventos, mas também a um cilindro que gerava flutuações aleatórias no protótipo. Em seguida, analisaram o que seria necessário para realizar os ajustes de pressão e guinada suficientes para resistir à turbulência. Os resultados do teste comprovaram que após nove minutos de aprendizado, o FALCON conseguiu se manter em tentativas seguidas de adaptação aos problemas externos, e a inteligência artificial foi capaz de se manter em estabilidade dentro do túnel de vento. Avião da Gol no Aeroporto Santos Dumont, no Rio Hermes de Paula "Os testes no túnel de vento de Caltech mostram que o FALCON pode aprender em poucos minutos, o que indica sua escalabilidade para aeronaves maiores," disse Moncayo. "No entanto, desafios no mundo real permanecem, especialmente na adaptação rápida a condições diversas e imprevisíveis e na validação do desempenho em diferentes configurações de VANTs e ambientes de vento variados." Galerias Relacionadas
Chamada de FALCON, modelo seria capaz de realizar adaptações para mitigar efeitos da pressão do ar Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveu uma tecnologia capaz de mitigar os efeitos da turbulência nas estruturas de aeronaves. A descoberta foi publicada em setembro na revista científica NPJ Robotics e trabalha com a atuação de inteligência artificial na capacidade do sistema de controle aéreo. Padrões, riscos e futuro verde: trinta países preparam as primeiras normas climáticas para empresas; entenda Oito 'bairros', sete piscinas, 40 restaurantes: conheça 'Estrela dos Mares', o maior e mais luxuoso navio de cruzeiro do mundo A turbulência nada mais é do que uma mudança na pressão do ar que, quando atravessado pelo avião, faz com que o veículo comece a balançar. Diferente dos animais que conseguem prever essa alteração na atmosfera e evitam o trajeto, os aviões comumente apenas atravessam partes de turbulência no céu e ficam vulneráveis ao chacoalhar, mas isso tende a mudar com o uso da IA. Vídeo mostra o momento em que avião arremete após turbulência em Portugal Reprodução Chamada de FALCON, a técnica avaliada para resolver a situação pretende compensar e adaptar o voo de forma automática para evitar os efeitos da turbulência. Essa tecnologia já foi implementada e usada anteriormente em sistemas de controle, mas apenas em situações e veículos específicos. Agora, o FALCON passou a ser treinado para entender os princípios que indicam a chegada de turbulência, e se adaptar às condições necessárias. A técnica é baseada no Métodos de Fourier, ou seja, em como ondas senoidais complexas são usadas para representar dados. Dessa maneira, os cientistas entenderam, através de um padrão comportamental natural das ondas, que seria possível representar as condições meteorológicas e os ventos de forma digital para simular a turbulência no ar. "O uso de aprendizado por reforço para adaptação em tempo real é notável, pois ele aprende o modelo de turbulência subjacente," disse Hever Moncayo, professor de engenharia aeroespacial na Embry-Riddle Aeronautical University, à Live Science. Vídeo mostra turbulência severa em avião passando dentro do olho do furacão Milton com meteorologistas Para comprovar a eficácia da pesquisa, os cientistas usaram a técnica dentro de um túnel de vento na universidade Caltech, nos Estados Unidos. Na testagem, a equipe aplicou o modelo com uma asa de aerofólio equipada com sensores de pressão e de controle de superfícies, submetidos não apenas aos ventos, mas também a um cilindro que gerava flutuações aleatórias no protótipo. Em seguida, analisaram o que seria necessário para realizar os ajustes de pressão e guinada suficientes para resistir à turbulência. Os resultados do teste comprovaram que após nove minutos de aprendizado, o FALCON conseguiu se manter em tentativas seguidas de adaptação aos problemas externos, e a inteligência artificial foi capaz de se manter em estabilidade dentro do túnel de vento. Avião da Gol no Aeroporto Santos Dumont, no Rio Hermes de Paula "Os testes no túnel de vento de Caltech mostram que o FALCON pode aprender em poucos minutos, o que indica sua escalabilidade para aeronaves maiores," disse Moncayo. "No entanto, desafios no mundo real permanecem, especialmente na adaptação rápida a condições diversas e imprevisíveis e na validação do desempenho em diferentes configurações de VANTs e ambientes de vento variados." Galerias Relacionadas
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