Execução no aeroporto de Guarulhos: desavenças no PCC deixaram pelo menos dez mortos nos últimos anos
Em fevereiro de 2018, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram executados em Fortaleza Executado a tiros no aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi apontado como mandante do assassinato do traficante Anselmo Becheli Santa Fausto, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), morto em 2021. O homicídio de Fausto aconteceu na sequência de uma série de ataques fatais contra outros membros importantes da facção paulista — que havia jurado Gritzbach de morte. Expansão: PCC já atua em 24 países, soma mais de 40 mil membros e envia drogas aos cinco continentes Racha no PCC: Áudio em que Marcola chama comparsa de 'psicopata' põe em xeque os rumos da maior facção do país Multinacional do tráfico: Como o PCC 'tomou' o Paraguai, a guerra com o CV e a 'paz' via acordo milionário Em fevereiro de 2018, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram executados em Fortaleza. Segundo apontam investigações, a dupla foi assassinada por contrariar os interesses de alguns membros da organização. Recém saído da prisão, Gegê havia protestado contra o uso da estrutura da organização para operações particulares de tráfico no grupo. As investigações apontaram que Gilberto Aparecido dos Santo, o Fuminho, um dos principais fornecedores de armas do PCC na época, era o mandante do duplo homicídio. Fuminho também era braço direito de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal liderança da facção, que o perdoou pelas mortes em um "salve". Na avaliação do Ministério Público de São Paulo, o indulto se deu porque o comandante da quadrilha tinha negócios com Fuminho no Porto de Santos. Numa guerra de narrativas, para tentar livrar sua barra, Marcola espalhou que Gegê e Paca haviam roubado a facção. A morte da dupla foi seguida de outras. Em fevereiro de 2018, o traficante Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, foi morto em retaliação às mortes de Gegê e Paca, em frente ao hotel Blue Tree Towers, na Zona Leste de São Paulo. Outro implicado na morte da dupla, Cláudio Roberto Ferreira, o Galo Cego, foi executado em julho. Em 2021, Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e o motorista Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, foram assassinados na praça 20 de janeiro. Antônio Vinícius Lopes Gritzbach é apontado como o mandante deste duplo homicídio. Pelo crime, ele foi sequestrado por outros membros da facção, que suspeitavam que ele teria desviado R$ 100 milhões entregues por Cara Preta para serem investidos em criptomoedas. Após ser torturado, ele foi solto pelo PCC sob a promessa de que iria reaver o montante. No entanto, Gritzbach acabou preso pelas autoridades e decidiu fazer uma delação premiada. Noé Alves Schaum, apontado como executor das mortes de Cara Preta e Sem Sangue, foi assassinado e decapitado em 2022. Em janeiro daquele ano, outro criminoso do PCC, Cláudio Marcos de Almeida, o Django, foi encontrado enforcado em um viaduto. Em maio de 2023, Rafael Maeda Pires, o Japonês, também foi encontrado morto. A suspeita inicial era de suicídio. No entanto, essa linha perdeu força diante de descobertas feitas pela perícia. A pistola 9mm encontrada no veículo tinha 16 cápsulas intactas. Além disso, Maeda foi morto com um tiro do lado esquerdo da cabeça — e a arma foi encontrada próxima à mão direita dele. A investigação da morte segue em andamento.
Em fevereiro de 2018, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram executados em Fortaleza Executado a tiros no aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi apontado como mandante do assassinato do traficante Anselmo Becheli Santa Fausto, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), morto em 2021. O homicídio de Fausto aconteceu na sequência de uma série de ataques fatais contra outros membros importantes da facção paulista — que havia jurado Gritzbach de morte. Expansão: PCC já atua em 24 países, soma mais de 40 mil membros e envia drogas aos cinco continentes Racha no PCC: Áudio em que Marcola chama comparsa de 'psicopata' põe em xeque os rumos da maior facção do país Multinacional do tráfico: Como o PCC 'tomou' o Paraguai, a guerra com o CV e a 'paz' via acordo milionário Em fevereiro de 2018, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram executados em Fortaleza. Segundo apontam investigações, a dupla foi assassinada por contrariar os interesses de alguns membros da organização. Recém saído da prisão, Gegê havia protestado contra o uso da estrutura da organização para operações particulares de tráfico no grupo. As investigações apontaram que Gilberto Aparecido dos Santo, o Fuminho, um dos principais fornecedores de armas do PCC na época, era o mandante do duplo homicídio. Fuminho também era braço direito de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal liderança da facção, que o perdoou pelas mortes em um "salve". Na avaliação do Ministério Público de São Paulo, o indulto se deu porque o comandante da quadrilha tinha negócios com Fuminho no Porto de Santos. Numa guerra de narrativas, para tentar livrar sua barra, Marcola espalhou que Gegê e Paca haviam roubado a facção. A morte da dupla foi seguida de outras. Em fevereiro de 2018, o traficante Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, foi morto em retaliação às mortes de Gegê e Paca, em frente ao hotel Blue Tree Towers, na Zona Leste de São Paulo. Outro implicado na morte da dupla, Cláudio Roberto Ferreira, o Galo Cego, foi executado em julho. Em 2021, Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e o motorista Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, foram assassinados na praça 20 de janeiro. Antônio Vinícius Lopes Gritzbach é apontado como o mandante deste duplo homicídio. Pelo crime, ele foi sequestrado por outros membros da facção, que suspeitavam que ele teria desviado R$ 100 milhões entregues por Cara Preta para serem investidos em criptomoedas. Após ser torturado, ele foi solto pelo PCC sob a promessa de que iria reaver o montante. No entanto, Gritzbach acabou preso pelas autoridades e decidiu fazer uma delação premiada. Noé Alves Schaum, apontado como executor das mortes de Cara Preta e Sem Sangue, foi assassinado e decapitado em 2022. Em janeiro daquele ano, outro criminoso do PCC, Cláudio Marcos de Almeida, o Django, foi encontrado enforcado em um viaduto. Em maio de 2023, Rafael Maeda Pires, o Japonês, também foi encontrado morto. A suspeita inicial era de suicídio. No entanto, essa linha perdeu força diante de descobertas feitas pela perícia. A pistola 9mm encontrada no veículo tinha 16 cápsulas intactas. Além disso, Maeda foi morto com um tiro do lado esquerdo da cabeça — e a arma foi encontrada próxima à mão direita dele. A investigação da morte segue em andamento.
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