Estudo sugere que pode ser mais fácil encontrar alienígenas em universos paralelos do que no nosso; entenda
Pesquisa analisa probabilidades a partir da equação de Drake, que estima chances com base no número de estrelas, consideradas essenciais para a formação de planetas habitáveis Uma nova teoria baseada na equação de Drake sugere que universos paralelos dentro de um hipotético multiverso podem ter condições mais favoráveis para a vida extraterrestre do que o nosso. Publicada na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, a pesquisa explora a influência da densidade de energia escura sobre a formação de estrelas em diferentes universos, e oferece uma explicação alternativa para o enigma da ausência de sinais de vida alienígena: talvez a procura esteja sendo feita no "universo errado". Mar-a-Lago: conheça resort de luxo que Javier Milei visitou e Trump acompanhou apuração da eleição nos EUA Saiba mais: Jovem de 22 anos morre após fazer rinoplastia em clínica encontrada no TikTok; entenda A equação de Drake, formulada pelo astrofísico Frank Drake em 1961, estima a probabilidade de detecção de vida extraterrestre na Via Láctea com base no número de estrelas, consideradas essenciais para a formação de planetas habitáveis. O novo estudo extrapolou essa ideia para o multiverso ao analisar como variações na densidade da energia escura — a força misteriosa que acelera a expansão do universo — poderiam influenciar a formação de estrelas em universos paralelos. Segundo o modelo, o universo ideal para a formação de estrelas teria até 27% de sua matéria não-escura transformada em estrelas. No entanto, no nosso universo, essa taxa é de 23%, indicando menos estrelas e, consequentemente, menos chances para o surgimento de vida. Observações do Telescópio Hubble da gloriosa galáxia M82, repleta de luz estelar branca e nuvens de gás vermelhas. As estrelas estão se formando 10 vezes mais rápido aqui do que na Via Láctea, de acordo com a NASA. NASA, ESA e Hubble Heritage Team (STScI/AURA) "Pode ser empolgante usar o modelo para explorar o surgimento da vida em diferentes universos e reinterpretar algumas das questões fundamentais que fazemos sobre nosso próprio universo", afirmou Lucas Lombriser, coautor do estudo e cosmólogo da Universidade de Genebra, em um comunicado. A densidade de energia escura influencia diretamente o ritmo de expansão de um universo e, por consequência, o número de estrelas que ele pode formar. Universos com menos energia escura se expandiriam mais lentamente, permitindo que a gravidade colapsasse grandes estruturas cósmicas, como galáxias e aglomerados estelares, reduzindo a formação de novas estrelas. Por outro lado, uma densidade ligeiramente maior do que a do nosso universo dispersaria a matéria de forma mais eficiente, aumentando a criação de estruturas estelares de grande porte. No entanto, o modelo também revela que excesso de energia escura aceleraria tanto a expansão que dispersaria matéria em demasia, prejudicando a formação de estrelas. Essa análise levou os pesquisadores a concluir que o universo "ótimo" teria uma densidade de energia escura ligeiramente superior à que observamos. Buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia é a definição de quasar, objeto celeste mais brilhante Divulgação Ao partir de hipóteses ainda não comprovadas sobre a existência de um multiverso, o estudo sugere que densidades de energia escura mais favoráveis à formação de estrelas podem ser mais comuns em outros universos. "Pode ser que não vivamos no universo mais provável", afirmou Daniele Sorini, cosmólogo da Universidade de Durham e principal autor do estudo. Embora a energia escura permaneça uma das maiores incógnitas da cosmologia moderna, acredita-se que ela seja responsável pela expansão acelerada do nosso universo. Sua natureza exata, porém, ainda é desconhecida. Veja fotos das galáxias espirais registradas pelo telescópio James Webb De acordo com especialistas, a investigação hipotética pode não apenas ajudar a resolver o paradoxo de Fermi — o aparente conflito entre a alta probabilidade de vida alienígena e a ausência de evidências —, mas também abrir novas perspectivas sobre o papel das forças fundamentais na evolução do cosmos.
Pesquisa analisa probabilidades a partir da equação de Drake, que estima chances com base no número de estrelas, consideradas essenciais para a formação de planetas habitáveis Uma nova teoria baseada na equação de Drake sugere que universos paralelos dentro de um hipotético multiverso podem ter condições mais favoráveis para a vida extraterrestre do que o nosso. Publicada na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, a pesquisa explora a influência da densidade de energia escura sobre a formação de estrelas em diferentes universos, e oferece uma explicação alternativa para o enigma da ausência de sinais de vida alienígena: talvez a procura esteja sendo feita no "universo errado". Mar-a-Lago: conheça resort de luxo que Javier Milei visitou e Trump acompanhou apuração da eleição nos EUA Saiba mais: Jovem de 22 anos morre após fazer rinoplastia em clínica encontrada no TikTok; entenda A equação de Drake, formulada pelo astrofísico Frank Drake em 1961, estima a probabilidade de detecção de vida extraterrestre na Via Láctea com base no número de estrelas, consideradas essenciais para a formação de planetas habitáveis. O novo estudo extrapolou essa ideia para o multiverso ao analisar como variações na densidade da energia escura — a força misteriosa que acelera a expansão do universo — poderiam influenciar a formação de estrelas em universos paralelos. Segundo o modelo, o universo ideal para a formação de estrelas teria até 27% de sua matéria não-escura transformada em estrelas. No entanto, no nosso universo, essa taxa é de 23%, indicando menos estrelas e, consequentemente, menos chances para o surgimento de vida. Observações do Telescópio Hubble da gloriosa galáxia M82, repleta de luz estelar branca e nuvens de gás vermelhas. As estrelas estão se formando 10 vezes mais rápido aqui do que na Via Láctea, de acordo com a NASA. NASA, ESA e Hubble Heritage Team (STScI/AURA) "Pode ser empolgante usar o modelo para explorar o surgimento da vida em diferentes universos e reinterpretar algumas das questões fundamentais que fazemos sobre nosso próprio universo", afirmou Lucas Lombriser, coautor do estudo e cosmólogo da Universidade de Genebra, em um comunicado. A densidade de energia escura influencia diretamente o ritmo de expansão de um universo e, por consequência, o número de estrelas que ele pode formar. Universos com menos energia escura se expandiriam mais lentamente, permitindo que a gravidade colapsasse grandes estruturas cósmicas, como galáxias e aglomerados estelares, reduzindo a formação de novas estrelas. Por outro lado, uma densidade ligeiramente maior do que a do nosso universo dispersaria a matéria de forma mais eficiente, aumentando a criação de estruturas estelares de grande porte. No entanto, o modelo também revela que excesso de energia escura aceleraria tanto a expansão que dispersaria matéria em demasia, prejudicando a formação de estrelas. Essa análise levou os pesquisadores a concluir que o universo "ótimo" teria uma densidade de energia escura ligeiramente superior à que observamos. Buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia é a definição de quasar, objeto celeste mais brilhante Divulgação Ao partir de hipóteses ainda não comprovadas sobre a existência de um multiverso, o estudo sugere que densidades de energia escura mais favoráveis à formação de estrelas podem ser mais comuns em outros universos. "Pode ser que não vivamos no universo mais provável", afirmou Daniele Sorini, cosmólogo da Universidade de Durham e principal autor do estudo. Embora a energia escura permaneça uma das maiores incógnitas da cosmologia moderna, acredita-se que ela seja responsável pela expansão acelerada do nosso universo. Sua natureza exata, porém, ainda é desconhecida. Veja fotos das galáxias espirais registradas pelo telescópio James Webb De acordo com especialistas, a investigação hipotética pode não apenas ajudar a resolver o paradoxo de Fermi — o aparente conflito entre a alta probabilidade de vida alienígena e a ausência de evidências —, mas também abrir novas perspectivas sobre o papel das forças fundamentais na evolução do cosmos.
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