Esmeralda Bahia: Justiça dos EUA acata pedido para devolver ao Brasil pedra preciosa que pode valer até R$ 5 bilhões
Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas (SP) condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos A Justiça americana acatou um pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) que pede a devolução da Esmeralda Bahia, pedra que foi extraída e comercializada ilegalmente para os Estados Unidos há mais de dez anos. Ainda cabe recurso da decisão, segundo a Advocacia Geral da União. Leia mais: Policial que matou estudante de medicina tinha arma de choque disponível e não utilizou, diz SSP Brasil: Matadores de delator do PCC fugiram de ônibus após execução no aeroporto de Guarulhos O Departamento de Justiça dos EUA deverá oficializar a repatriação da esmeralda até o dia 6 de dezembro. Até lá, a pedra seguirá sob a custódia da Polícia de Los Angeles. Retirada do Brasil em 2005, a Esmeralda Bahia é disputada judicialmente na Corte Distrital de Columbia. Perante o tribunal, representantes brasileiros alegaram que a pedra foi extraída ilegalmente do país. "Não somos movidos por nenhum interesse financeiro. Queremos enviar um sinal de que iremos atrás do patrimônio nacional do Brasil onde for encontrado e responsabilizaremos os traficantes internacionais, para que pensem duas vezes antes de cometer um crime tão descarado", disse Boni de Moraes Soares, procurador Nacional da União de Assuntos Internacionais da AGU ao jornal americano The Washington Post, em outubro. Três comerciantes de pedras preciosas também estão na disputa pela propriedade da esmeralda. Eles alegaram não ter relação alguma com a entrada da pedra no território americano e garantem ter adquirido a esmeralda legalmente. Ao longo dos anos em que esteve em disputa, diferentes valores foram atribuídos à pedra. Segundo a revista Wired, um dos envolvidos na disputa chegou a alegar ter tido a pedra avaliada em US$ 925 milhões, o equivalente a R$ 5,3 bilhões. Em outras circunstâncias, o valor indicado foi de US$370 milhões (R$ 2,1 bilhões). Em 2015, a AGU solicitou a aplicação de uma ordem de restrição sobre a esmeralda, o que foi atendido pelo judiciário americano. Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas (SP) condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos. Ao levarem a pedra bilionária para os Estados Unidos, eles declararam o item como betume e asfalto, segundo o Washington Post. A sentença declarou o perdimento da peça em favor da União. “Esta é uma vitória importantíssima para o Estado brasileiro, fruto de trabalho conjunto de cooperação da AGU com o MPF e o Ministério da Justiça”, disse o advogado-geral da União, Jorge Messias. “Mais do que um bem patrimonial, a Esmeralda Bahia é um bem cultural brasileiro, que será incorporado ao nosso Museu Geológico.”
Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas (SP) condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos A Justiça americana acatou um pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) que pede a devolução da Esmeralda Bahia, pedra que foi extraída e comercializada ilegalmente para os Estados Unidos há mais de dez anos. Ainda cabe recurso da decisão, segundo a Advocacia Geral da União. Leia mais: Policial que matou estudante de medicina tinha arma de choque disponível e não utilizou, diz SSP Brasil: Matadores de delator do PCC fugiram de ônibus após execução no aeroporto de Guarulhos O Departamento de Justiça dos EUA deverá oficializar a repatriação da esmeralda até o dia 6 de dezembro. Até lá, a pedra seguirá sob a custódia da Polícia de Los Angeles. Retirada do Brasil em 2005, a Esmeralda Bahia é disputada judicialmente na Corte Distrital de Columbia. Perante o tribunal, representantes brasileiros alegaram que a pedra foi extraída ilegalmente do país. "Não somos movidos por nenhum interesse financeiro. Queremos enviar um sinal de que iremos atrás do patrimônio nacional do Brasil onde for encontrado e responsabilizaremos os traficantes internacionais, para que pensem duas vezes antes de cometer um crime tão descarado", disse Boni de Moraes Soares, procurador Nacional da União de Assuntos Internacionais da AGU ao jornal americano The Washington Post, em outubro. Três comerciantes de pedras preciosas também estão na disputa pela propriedade da esmeralda. Eles alegaram não ter relação alguma com a entrada da pedra no território americano e garantem ter adquirido a esmeralda legalmente. Ao longo dos anos em que esteve em disputa, diferentes valores foram atribuídos à pedra. Segundo a revista Wired, um dos envolvidos na disputa chegou a alegar ter tido a pedra avaliada em US$ 925 milhões, o equivalente a R$ 5,3 bilhões. Em outras circunstâncias, o valor indicado foi de US$370 milhões (R$ 2,1 bilhões). Em 2015, a AGU solicitou a aplicação de uma ordem de restrição sobre a esmeralda, o que foi atendido pelo judiciário americano. Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas (SP) condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos. Ao levarem a pedra bilionária para os Estados Unidos, eles declararam o item como betume e asfalto, segundo o Washington Post. A sentença declarou o perdimento da peça em favor da União. “Esta é uma vitória importantíssima para o Estado brasileiro, fruto de trabalho conjunto de cooperação da AGU com o MPF e o Ministério da Justiça”, disse o advogado-geral da União, Jorge Messias. “Mais do que um bem patrimonial, a Esmeralda Bahia é um bem cultural brasileiro, que será incorporado ao nosso Museu Geológico.”
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