Entrevista em que Moraes revelou plano de assassinato alertou militares envolvidos em trama golpista, diz PF
Quatro oficiais e um policial federal foram presos nesta terça-feira em desdobramento de investigação sobre tentativa de golpe de Estado A entrevista em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou ao GLOBO a existência de um plano golpista que envolvia a sua morte provocou alerta em militares alvos da operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira. É o que revela a investigação encaminhada à Corte. A PF apura a existência de um grupo de oficiais que elaborava um plano para matar, além de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022. Segundo a investigação, a entrevista de Moraes ao GLOBO, publicada em 4 de janeiro deste ano, foi compartilhada pelo tenente-coronel Rafael de Oliveira, um dos investigados, com outros quatro militares. Oliveira é apontado como um dos integrantes do grupo "Kids pretos". "A análise dos materiais apreendidos em poder do investigado RAFAEL DE OLIVEIRA “revelou que uma reportagem do jornal O Globo publicada no dia 04 de janeiro de 2024 contendo declarações do ministro ALEXANDRE DE MORAES sobre um plano para prendê-lo, que também foi disponibilizada na plataforma Youtube, foi compartilhado pelo Tenente-Coronel RAFAEL DE OLIVEIRA para alguns militares”, diz a PF. De acordo com a PF, Oliveira mandou a entrevista para os seguintes militares: coronel Daniel Capell Arias Silva, que servia na 4° Brigada de Cavalaria Mecanizada em 2022, Dermário da Silva, comandante do Centro de Instrução de Operações Especiais, capitão do Exército Lucas Guerellus, que serviu no 1° Batalhão de Forças Especiais em 2017 e coronel Gilvan Nascimento Santos Junior, que servia no Comando de Operações Terrestres em 2022. No relatório encaminhado ao STF, a PF diz que o texto que acompanha o vídeo compartilhado por Oliveira acusa Moraes de inventar uma “história de cobertura” e afirma que ele "acusou expressamente o Exército Brasileiro de ser uma milícia". Em entrevista ao GLOBO sobre os ataques do 8 de Janeiro, Moraes revelou ter sido informado sobre a existência de três planos contra ele, que envolviam até homicídio. Um dos planos era enforcar o ministro na Praça dos Três Poderes. — Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem — narrou Moraes ao GLOBO. O ministro destacou o nível de "agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição". – Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não estivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem – afirmou.
Quatro oficiais e um policial federal foram presos nesta terça-feira em desdobramento de investigação sobre tentativa de golpe de Estado A entrevista em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou ao GLOBO a existência de um plano golpista que envolvia a sua morte provocou alerta em militares alvos da operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira. É o que revela a investigação encaminhada à Corte. A PF apura a existência de um grupo de oficiais que elaborava um plano para matar, além de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022. Segundo a investigação, a entrevista de Moraes ao GLOBO, publicada em 4 de janeiro deste ano, foi compartilhada pelo tenente-coronel Rafael de Oliveira, um dos investigados, com outros quatro militares. Oliveira é apontado como um dos integrantes do grupo "Kids pretos". "A análise dos materiais apreendidos em poder do investigado RAFAEL DE OLIVEIRA “revelou que uma reportagem do jornal O Globo publicada no dia 04 de janeiro de 2024 contendo declarações do ministro ALEXANDRE DE MORAES sobre um plano para prendê-lo, que também foi disponibilizada na plataforma Youtube, foi compartilhado pelo Tenente-Coronel RAFAEL DE OLIVEIRA para alguns militares”, diz a PF. De acordo com a PF, Oliveira mandou a entrevista para os seguintes militares: coronel Daniel Capell Arias Silva, que servia na 4° Brigada de Cavalaria Mecanizada em 2022, Dermário da Silva, comandante do Centro de Instrução de Operações Especiais, capitão do Exército Lucas Guerellus, que serviu no 1° Batalhão de Forças Especiais em 2017 e coronel Gilvan Nascimento Santos Junior, que servia no Comando de Operações Terrestres em 2022. No relatório encaminhado ao STF, a PF diz que o texto que acompanha o vídeo compartilhado por Oliveira acusa Moraes de inventar uma “história de cobertura” e afirma que ele "acusou expressamente o Exército Brasileiro de ser uma milícia". Em entrevista ao GLOBO sobre os ataques do 8 de Janeiro, Moraes revelou ter sido informado sobre a existência de três planos contra ele, que envolviam até homicídio. Um dos planos era enforcar o ministro na Praça dos Três Poderes. — Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem — narrou Moraes ao GLOBO. O ministro destacou o nível de "agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição". – Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não estivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem – afirmou.
Qual é a sua reação?