Entenda como o furacão Milton passou da categoria 5 para a 1 em 12 horas

Fenômeno perdeu força rapidamente quando saiu de águas muito quentes do Golfo do México, que têm alcançado 31 graus Celsius, para a terra, cuja temperatura estava substancialmente mais baixa Assim como se transformou de mera tempestade em monstro atmosférico em horas, Milton perdeu força depressa. Em menos de 12 horas passou de furacão de categoria máxima, a 5, no Golfo do México, para a mais baixa 1, ao atravessar a Flórida, na noite de quarta-feira. Porém, diferentemente da intensificação explosiva, a perda de força não foi inesperada. Todos os furacões perdem a força ao chegar à terra. E quanto maior o contraste das condições que geraram o furacão com as da terra, maior a perda de força. Veja imagens e vídeos: Flórida começa avaliar os danos e a limpar os destroços após passagem do furacão Milton 'Foi assustador': Brasileiros na Flórida passam pelo furacão Milton Furacões são criaturas marinhas, alimentadas pela água quente do oceano. Em terra, não têm combustível para seguir adiante. Milton saiu de águas muito quentes do Golfo do México, que têm alcançado 31 graus Celsius, para a terra, que estava mais fria, abaixo de 30ºC em vários pontos. Furacões são sistemas organizados de tempestades gerados pela energia vinda do calor da água do mar. E o calor vai do ponto mais quente para o mais frio. Eles, literalmente, morrem de frio. Campanha eleitoral: Desinformação sobre furacão Milton acirra disputa entre democratas e republicanos A temperatura na Flórida estava substancialmente mais baixa do que a do Atlântico e Milton foi perdendo força. Além disso, o cisalhamento do vento — a diferença na direção e na intensidade de vento numa coluna vertical de ar — desorganizou o sistema de tempestades de Milton. Galerias Relacionadas 'Ainda não acabou': Prefeita de Tampa alerta para ameaça do furacão Milton Ao se aproximar da terra, o furacão já foi perdendo força e cavando a própria cova. Suas tempestades que chegaram antes de o olho tocar a terra esfriaram ainda mais a temperatura da superfície, que já era mais baixa que a do oceano. Somado a isso, a topografia, prédios, elevações, quaisquer diferenças de terreno também contribuíram para desestabilizar o sistema de tempestades. O atrito com a superfície também desacelerou os ventos. Tudo isso faz com que furacões, e não apenas o Milton, percam força abruptamente ao passar pelo continente. Porém, ao manter ventos constantes de mais de 100 km/h, Milton segue tendo grande poder destrutivo, alertam meteorologistas. O boletim do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) emitido na manhã desta quinta-feira prevê que Milton seguirá sendo classificado como furacão pelo menos até sexta-feira cedo. Ao longo do dia, pode se tornar um ciclone extratropical e que irá gradualmente se dissipando. Milton, já como tempestade simples, deve morrer no mar até a segunda-feira. Milton: Flórida começa avaliar os danos e a limpar os destroços; veja imagens da passagem do furacão

Oct 10, 2024 - 17:49
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Entenda como o furacão Milton passou da categoria 5 para a 1 em 12 horas

Fenômeno perdeu força rapidamente quando saiu de águas muito quentes do Golfo do México, que têm alcançado 31 graus Celsius, para a terra, cuja temperatura estava substancialmente mais baixa Assim como se transformou de mera tempestade em monstro atmosférico em horas, Milton perdeu força depressa. Em menos de 12 horas passou de furacão de categoria máxima, a 5, no Golfo do México, para a mais baixa 1, ao atravessar a Flórida, na noite de quarta-feira. Porém, diferentemente da intensificação explosiva, a perda de força não foi inesperada. Todos os furacões perdem a força ao chegar à terra. E quanto maior o contraste das condições que geraram o furacão com as da terra, maior a perda de força. Veja imagens e vídeos: Flórida começa avaliar os danos e a limpar os destroços após passagem do furacão Milton 'Foi assustador': Brasileiros na Flórida passam pelo furacão Milton Furacões são criaturas marinhas, alimentadas pela água quente do oceano. Em terra, não têm combustível para seguir adiante. Milton saiu de águas muito quentes do Golfo do México, que têm alcançado 31 graus Celsius, para a terra, que estava mais fria, abaixo de 30ºC em vários pontos. Furacões são sistemas organizados de tempestades gerados pela energia vinda do calor da água do mar. E o calor vai do ponto mais quente para o mais frio. Eles, literalmente, morrem de frio. Campanha eleitoral: Desinformação sobre furacão Milton acirra disputa entre democratas e republicanos A temperatura na Flórida estava substancialmente mais baixa do que a do Atlântico e Milton foi perdendo força. Além disso, o cisalhamento do vento — a diferença na direção e na intensidade de vento numa coluna vertical de ar — desorganizou o sistema de tempestades de Milton. Galerias Relacionadas 'Ainda não acabou': Prefeita de Tampa alerta para ameaça do furacão Milton Ao se aproximar da terra, o furacão já foi perdendo força e cavando a própria cova. Suas tempestades que chegaram antes de o olho tocar a terra esfriaram ainda mais a temperatura da superfície, que já era mais baixa que a do oceano. Somado a isso, a topografia, prédios, elevações, quaisquer diferenças de terreno também contribuíram para desestabilizar o sistema de tempestades. O atrito com a superfície também desacelerou os ventos. Tudo isso faz com que furacões, e não apenas o Milton, percam força abruptamente ao passar pelo continente. Porém, ao manter ventos constantes de mais de 100 km/h, Milton segue tendo grande poder destrutivo, alertam meteorologistas. O boletim do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) emitido na manhã desta quinta-feira prevê que Milton seguirá sendo classificado como furacão pelo menos até sexta-feira cedo. Ao longo do dia, pode se tornar um ciclone extratropical e que irá gradualmente se dissipando. Milton, já como tempestade simples, deve morrer no mar até a segunda-feira. Milton: Flórida começa avaliar os danos e a limpar os destroços; veja imagens da passagem do furacão

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