Elon Musk vai passar noite da eleição com Trump na Flórida
Bilionário da tecnologia participará de festividades com outros doadores da campanha na mansão do ex-presidente O candidato à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu companheiro de chapa, J.D. Vance, vão passar a noite das eleições com doadores do Partido Republicano proeminentes, incluindo o bilionário Elon Musk, além de familiares, na sua mansão do ex-presidente em Mar-a-Lago, Flórida. Também estará presente no evento o independente Robert Kennedy Jr., que suspendeu sua campanha pela Casa Branca em agosto para declarar apoio a Trump. Eleições americanas 2024: Eleição entra na reta final; acompanhe a apuração ao vivo Apuração: Veja contagem dos votos ao vivo Segundo a imprensa internacional, o republicano deve receber os amigos e doadores em um jantar, seguido por uma recepção VIP e uma festa, conforme os resultados vão sendo divulgados em alguns estados americanos. Também são citados entre os convidados o empresário Marc Andeessen e doadores que contribuíram com pelo menos US$ 50 mil para a campanha de Trump. "Isso é verdade, eu acabei de votar no sul do Texas... Agora estou indo para a Flórida e farei isso com o presidente Trump e J.D. e um monte de outras pessoas", respondeu o bilionário em uma postagem em sua rede social X, ao ser perguntado se a informação sobre encontrar-se com Trump era verdadeira. Por sua vez, a vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata e oponente de Trump na disputa, está acompanhando a apuração no Observatório Naval em Washington D.C., e tendo um jantar em família, informou a CNN. Assessores da democrata afirmaram que ela está otimista, embora a campanha esteja se preparando para uma "longa noite" pela frente. Galerias Relacionadas Apoiador ferrenho Musk, um apoiador declarado do ex-presidente, postou uma enxurrada de memes e comentários em sua rede social X nesta terça-feira, incluindo uma imagem de um foguete da SpaceX sendo lançado com a legenda: "Como é a eleição de hoje!". 'Sobrevivente político': Trump passou de azarão a símbolo do radicalismo nos Estados Unidos Dono de uma fortuna estimada em US$ 246,8 bilhões (R$ 1,4 trilhão) pela revista Forbes e CEO de um conglomerado de empresas que vão da rede social X à gigante da inovação Tesla, Musk terá peso em Washington independente de quem seja o próximo ocupante da Casa Branca. Um levantamento do New York Times apontou que o bilionário é um dos principais contratados pelo governo americano: ao longo da última década, apenas a SpaceX e a Tesla fecharam contratos num valor somado de US$ 15,4 bilhões (R$ 87,4 bilhões) com Washington, em setores tão variados quanto transportes, defesa, agricultura e comunicações. Só no ano passado, empresas de Musk fecharam quase 100 contratos com 17 agências federais, com promessa de pagamento de US$ 3 bilhões (US$ 17,1 bilhões). Na véspera das eleições: Juiz permite que Elon Musk sorteie US$ 1 milhão por dia para eleitores indecisos na Pensilvânia Além dos valores aportados, o nível de complexidade de serviços oferecidos pelas empresas de Musk praticamente inviabilizam uma ruptura por desavenças políticas: a SpaceX efetivamente dita o cronograma de lançamento de foguetes da Nasa, enquanto o Departamento de Defesa depende dela para colocar a maioria de seus satélites em órbita. Embora não seja o primeiro megaempresário com uma relação umbilical com o poder a escolher um lado em uma eleição presidencial americana, Musk adotou uma posição que ultrapassa a costumeira dinâmica de promover jantares, fazer doações generosas de campanha e discursar em favor do seu candidato. A conta do bilionário no X, com 202 milhões de seguidores, transformou-se basicamente em um bunker pró-Trump, enquanto ele se envolveu diretamente em práticas que estão no limite da lei, como é o caso da promessa de doações milionárias a eleitores. Em aparições públicas, Musk tem justificado o efusivo apoio a Trump por questões ideológicas: acusa Kamala e os democratas de quererem acabar com a liberdade de expressão, se diz um anti-woke — expressão americana que tomou o debate público para designar movimentos de esquerda que questionam injustiças raciais e contra minorias e buscam reparações históricas —, além de endossar teorias do ex-presidente sobre ativismo e perseguição do Judiciário e atuação parcial da mídia. Por outro lado, uma questão mais direta parece aproximar Musk e o republicano. Papel num governo Trump? Quando Musk entrevistou Trump em agosto, durante uma live no X, o bilionário citou a ideia de criar uma "comissão de eficiência", com o poder de recomendar cortes abrangentes de custo em agências federais e mudar regras federais. Ele retomou o tema três vezes — retornando ao tópico quando Trump divagava para outros assuntos. — Eu acho que seria ótimo ter apenas uma comissão de eficiência do governo que analisasse essas coisas e apenas garantisse que o dinheiro do contribuinte, o dinheiro arduamente ganho pelos contribuintes, fosse gasto de uma boa maneira — disse Musk ao retomar o tópico pe
Bilionário da tecnologia participará de festividades com outros doadores da campanha na mansão do ex-presidente O candidato à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu companheiro de chapa, J.D. Vance, vão passar a noite das eleições com doadores do Partido Republicano proeminentes, incluindo o bilionário Elon Musk, além de familiares, na sua mansão do ex-presidente em Mar-a-Lago, Flórida. Também estará presente no evento o independente Robert Kennedy Jr., que suspendeu sua campanha pela Casa Branca em agosto para declarar apoio a Trump. Eleições americanas 2024: Eleição entra na reta final; acompanhe a apuração ao vivo Apuração: Veja contagem dos votos ao vivo Segundo a imprensa internacional, o republicano deve receber os amigos e doadores em um jantar, seguido por uma recepção VIP e uma festa, conforme os resultados vão sendo divulgados em alguns estados americanos. Também são citados entre os convidados o empresário Marc Andeessen e doadores que contribuíram com pelo menos US$ 50 mil para a campanha de Trump. "Isso é verdade, eu acabei de votar no sul do Texas... Agora estou indo para a Flórida e farei isso com o presidente Trump e J.D. e um monte de outras pessoas", respondeu o bilionário em uma postagem em sua rede social X, ao ser perguntado se a informação sobre encontrar-se com Trump era verdadeira. Por sua vez, a vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata e oponente de Trump na disputa, está acompanhando a apuração no Observatório Naval em Washington D.C., e tendo um jantar em família, informou a CNN. Assessores da democrata afirmaram que ela está otimista, embora a campanha esteja se preparando para uma "longa noite" pela frente. Galerias Relacionadas Apoiador ferrenho Musk, um apoiador declarado do ex-presidente, postou uma enxurrada de memes e comentários em sua rede social X nesta terça-feira, incluindo uma imagem de um foguete da SpaceX sendo lançado com a legenda: "Como é a eleição de hoje!". 'Sobrevivente político': Trump passou de azarão a símbolo do radicalismo nos Estados Unidos Dono de uma fortuna estimada em US$ 246,8 bilhões (R$ 1,4 trilhão) pela revista Forbes e CEO de um conglomerado de empresas que vão da rede social X à gigante da inovação Tesla, Musk terá peso em Washington independente de quem seja o próximo ocupante da Casa Branca. Um levantamento do New York Times apontou que o bilionário é um dos principais contratados pelo governo americano: ao longo da última década, apenas a SpaceX e a Tesla fecharam contratos num valor somado de US$ 15,4 bilhões (R$ 87,4 bilhões) com Washington, em setores tão variados quanto transportes, defesa, agricultura e comunicações. Só no ano passado, empresas de Musk fecharam quase 100 contratos com 17 agências federais, com promessa de pagamento de US$ 3 bilhões (US$ 17,1 bilhões). Na véspera das eleições: Juiz permite que Elon Musk sorteie US$ 1 milhão por dia para eleitores indecisos na Pensilvânia Além dos valores aportados, o nível de complexidade de serviços oferecidos pelas empresas de Musk praticamente inviabilizam uma ruptura por desavenças políticas: a SpaceX efetivamente dita o cronograma de lançamento de foguetes da Nasa, enquanto o Departamento de Defesa depende dela para colocar a maioria de seus satélites em órbita. Embora não seja o primeiro megaempresário com uma relação umbilical com o poder a escolher um lado em uma eleição presidencial americana, Musk adotou uma posição que ultrapassa a costumeira dinâmica de promover jantares, fazer doações generosas de campanha e discursar em favor do seu candidato. A conta do bilionário no X, com 202 milhões de seguidores, transformou-se basicamente em um bunker pró-Trump, enquanto ele se envolveu diretamente em práticas que estão no limite da lei, como é o caso da promessa de doações milionárias a eleitores. Em aparições públicas, Musk tem justificado o efusivo apoio a Trump por questões ideológicas: acusa Kamala e os democratas de quererem acabar com a liberdade de expressão, se diz um anti-woke — expressão americana que tomou o debate público para designar movimentos de esquerda que questionam injustiças raciais e contra minorias e buscam reparações históricas —, além de endossar teorias do ex-presidente sobre ativismo e perseguição do Judiciário e atuação parcial da mídia. Por outro lado, uma questão mais direta parece aproximar Musk e o republicano. Papel num governo Trump? Quando Musk entrevistou Trump em agosto, durante uma live no X, o bilionário citou a ideia de criar uma "comissão de eficiência", com o poder de recomendar cortes abrangentes de custo em agências federais e mudar regras federais. Ele retomou o tema três vezes — retornando ao tópico quando Trump divagava para outros assuntos. — Eu acho que seria ótimo ter apenas uma comissão de eficiência do governo que analisasse essas coisas e apenas garantisse que o dinheiro do contribuinte, o dinheiro arduamente ganho pelos contribuintes, fosse gasto de uma boa maneira — disse Musk ao retomar o tópico pela terceira vez. — E eu ficaria feliz em ajudar em tal comissão. Trump respondeu com um "eu adoraria", afirmando que Musk seria o homem certo para a missão. Desde então, o empresário nunca explicou exatamente qual seria seu plano para a tal agência, sugerindo apenas que atuaria no corte de funcionários com baixa produtividade — um modelo difícil de ser posto em prática considerando as especificidades e proteções legais aos funcionários federais. Após a publicação da reportagem do Times, retomando o diálogo durante a entrevista em abril, o bilionário publicou um vídeo de um discurso do ex-presidente afirmando que Musk nunca havia pedido nenhum tipo de favorecimento nos contatos entre os dois.
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