Elogiado por Putin, candidato apontado como pró-Rússia vence 1º turno de eleições presidenciais na Romênia
Ultranacionalista Calin Georgescu conquistou 22,94% dos votos, seguido pela candidata de centro direita Elena Lasconi, com 19,17%; Segundo turno está marcado para 8 de dezembro Elogiado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que o classificou como "um homem que ama o seu país", o ultranacionalista Calin Georgescu surpreendeu ao vencer o 1º turno das eleições presidenciais da Romênia neste domingo. Com 99,98% das urnas apuradas, Georgescu conquistou 22,94% dos votos, garantindo uma primeira colocação que parecia distante segundo as pesquisas de opinião pré-eleitorais. O 2º turno, marcado para 8 de dezembro, deve ser disputado contra a candidata de centro-direita Elena Lasconi, que tem 19,17% dos votos e defende o aumento dos gastos em defesa e a continuidade da ajuda à Ucrânia. O primeiro-ministro pró-europeu Marcel Ciolacu estava na terceira colocação, com 19,15% dos votos — mais de 1 mil votos atrás de Lasconi. Escassez de soldados: Aumento de gastos de grandes potências com Defesa esbarra em gargalo no recrutamento Vídeo: Pelo menos um morto em acidente com avião de carga que caiu e explodiu na Lituânia Georgescu, de 62 anos, apostou em uma campanha focada na rede social TikTok, onde defendeu abertamente o fim do apoio à Ucrânia. Ele também é conhecido por sua posição crítica à Otan. Embora seja apontado como pró-Rússia, o Kremlin disse nesta segunda-feira não conhecer bem "as opiniões deste candidato" quanto às relações entre os dois países. Initial plugin text — Esta noite, o povo romeno clamou por paz. E gritou muito alto, extremamente alto — disse o candidato em um discurso após a abertura das urnas no domingo. O resultado é um terremoto político em um país de 19 milhões de habitantes, membro da Otan e da União Europeia, e que havia resistido às posições nacionalistas de vizinhos como a Eslováquia e a Hungria. O think tank New Strategy Center aponta que o país também é uma passagem importante para o trânsito de grãos da Ucrânia. O resultado de Georgescu não foi o único a indicar uma guinada à extrema direita no país liderado pelos sociais-democrata há mais de três décadas — o atual governo é uma coligação da sigla herdeira do antigo partido comunista, juntamente com liberais. O líder da sigla extremista Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), George Simion, ficou na quarta colocação, com 13,87% dos votos. Calin Georgescu; Marcel Ciolacu e George Simion. Reprodução / AFP / AFP — A extrema direita é, de longe, a grande vencedora destas eleições [com mais de um terço dos votos] — disse ele. Crescentes preocupações com a inflação e a guerra na Ucrânia são especulados como motivos que levaram ao sucesso das candidaturas. A Romênia tem uma fronteira de 650 km com a Ucrânia e desempenha um papel estratégico para a Otan, que tem mais de 5 mil soldados no país. — Ele parece um homem íntegro, sério e patriótico. Ele inspira seriedade. Acho que só alguém como ele pode provocar mudanças — disse Maria Chis, uma aposentada de 70 anos, que ficou impressionada com os vídeos de Georgescu no TikTok. A campanha foi marcada por polêmicas e ataques pessoais: desde acusações de que Simion, o outro candidato de extrema direita, teria se reunido com espiões russos, até denúncias sobre o uso de aviões particulares por Ciolacu. O presidente da Romênia tem poderes significativos de tomada de decisão sobre segurança nacional, política externa e nomeações judiciais, embora divida o Executivo com um primeiro-ministro. Antes do segundo turno presidencial, o país vai realizar eleições parlamentares no domingo. (Com AFP)
Ultranacionalista Calin Georgescu conquistou 22,94% dos votos, seguido pela candidata de centro direita Elena Lasconi, com 19,17%; Segundo turno está marcado para 8 de dezembro Elogiado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que o classificou como "um homem que ama o seu país", o ultranacionalista Calin Georgescu surpreendeu ao vencer o 1º turno das eleições presidenciais da Romênia neste domingo. Com 99,98% das urnas apuradas, Georgescu conquistou 22,94% dos votos, garantindo uma primeira colocação que parecia distante segundo as pesquisas de opinião pré-eleitorais. O 2º turno, marcado para 8 de dezembro, deve ser disputado contra a candidata de centro-direita Elena Lasconi, que tem 19,17% dos votos e defende o aumento dos gastos em defesa e a continuidade da ajuda à Ucrânia. O primeiro-ministro pró-europeu Marcel Ciolacu estava na terceira colocação, com 19,15% dos votos — mais de 1 mil votos atrás de Lasconi. Escassez de soldados: Aumento de gastos de grandes potências com Defesa esbarra em gargalo no recrutamento Vídeo: Pelo menos um morto em acidente com avião de carga que caiu e explodiu na Lituânia Georgescu, de 62 anos, apostou em uma campanha focada na rede social TikTok, onde defendeu abertamente o fim do apoio à Ucrânia. Ele também é conhecido por sua posição crítica à Otan. Embora seja apontado como pró-Rússia, o Kremlin disse nesta segunda-feira não conhecer bem "as opiniões deste candidato" quanto às relações entre os dois países. Initial plugin text — Esta noite, o povo romeno clamou por paz. E gritou muito alto, extremamente alto — disse o candidato em um discurso após a abertura das urnas no domingo. O resultado é um terremoto político em um país de 19 milhões de habitantes, membro da Otan e da União Europeia, e que havia resistido às posições nacionalistas de vizinhos como a Eslováquia e a Hungria. O think tank New Strategy Center aponta que o país também é uma passagem importante para o trânsito de grãos da Ucrânia. O resultado de Georgescu não foi o único a indicar uma guinada à extrema direita no país liderado pelos sociais-democrata há mais de três décadas — o atual governo é uma coligação da sigla herdeira do antigo partido comunista, juntamente com liberais. O líder da sigla extremista Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), George Simion, ficou na quarta colocação, com 13,87% dos votos. Calin Georgescu; Marcel Ciolacu e George Simion. Reprodução / AFP / AFP — A extrema direita é, de longe, a grande vencedora destas eleições [com mais de um terço dos votos] — disse ele. Crescentes preocupações com a inflação e a guerra na Ucrânia são especulados como motivos que levaram ao sucesso das candidaturas. A Romênia tem uma fronteira de 650 km com a Ucrânia e desempenha um papel estratégico para a Otan, que tem mais de 5 mil soldados no país. — Ele parece um homem íntegro, sério e patriótico. Ele inspira seriedade. Acho que só alguém como ele pode provocar mudanças — disse Maria Chis, uma aposentada de 70 anos, que ficou impressionada com os vídeos de Georgescu no TikTok. A campanha foi marcada por polêmicas e ataques pessoais: desde acusações de que Simion, o outro candidato de extrema direita, teria se reunido com espiões russos, até denúncias sobre o uso de aviões particulares por Ciolacu. O presidente da Romênia tem poderes significativos de tomada de decisão sobre segurança nacional, política externa e nomeações judiciais, embora divida o Executivo com um primeiro-ministro. Antes do segundo turno presidencial, o país vai realizar eleições parlamentares no domingo. (Com AFP)
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