É listening bar ou ambiente intimista? Conheça estabelecimentos onde a música é o centro da experiência

Região ganha versões locais dos bares de audição, modelo japonês de negócio nos quais o som ambiente é o verdadeiro protagonista Você sabe o que é um listening bar, ou bar de audição? O conceito surgiu no Japão como um espaço de apreciação musical de altíssima qualidade, destinado a quem busca uma experiência de escuta única e envolvente. Esses locais intimistas e com iluminação baixa são um refúgio para os amantes de música, onde a prioridade é ouvir, sem distrações, em um ambiente acolhedor. Aos domingos, o Liz Cocktail & Co, também no Leblon, se transforma em um listening bar Divulgação Na Zona Sul, o formato ganha adaptações e popularidade em espaços como o Alba Gastrobar, em Botafogo; e o Liz Cocktail & Co, no Leblon, que se transforma em listening aos domingos. Conhecida pela sua posição no 50 Best Discovery e no Top 500 Bars do Mundo, a casa, nos dias de audição, tem jazz ao vivo e um cardápio que homenageia clássicos musicais, convidançdo o público a falar menos e ouvir mais. Fachada do Liz, no Leblon: concepção do espaço leva a assinatura do premiado mixologista e empresário Tai Barbin Divulgação — A ideia é criar uma experiência diferenciada para quem quer imersão musical, proporcionando uma atmosfera relaxante e única para os clientes — afirma o mixologista Tai Barbin, sócio do Liz. Casa de espumantes do Leblon, o Áriz passou a funcionar no formato listening de quinta a sábado, com sets comandados por DJs Divulgação/Tomás Velez Outro exemplo é o Áriz, no Leblon, que abraça o formato às quintas, sextas e aos sábados, com sets de DJs que passeiam por diferentes estilos musicais. A sócia Jessika Santos diz que a proposta visa a oferecer ao público um lugar para ouvir boa música sem distrações: — O público quer algo além dos bares tradicionais, um espaço onde ouvir é a regra principal, com acústica apropriada para que a música seja bem apreciada. Wafu Negroni: entre os drinques que serão servidos na carta do novo espaço, o negroni estilo japonês do Haru, feito com Campari com infusão de umeboshi e katsuobushi, vermute e gim Divulgação/Rodrigo Azevedo O empresário Menandro Rodrigues, do premiado Haru, está prestes a lançar no terceiro andar da casa de Copacabana o 111 Listening Bar, seguindo o modelo japonês, com mesas, um cardápio feito sob medida para o formato, uma carta de coquetéis sofisticada e uma curadoria musical cuidadosa. O espaço vai funcionar a partir das 18h e foi concebido para ser também um lugar confortável e seguro, enquanto os clientes aguardam a famosa fila do Haru, que normalmente avança a calçada da Raimundo Correa. Umami Penicilin, outro item da carta caprichada do Haru que será servido no novo espaço: scotch uísque, mel, gengibre, limão, gotas de shoyu e um toque de single malt defumado Divulgação/Rodrigo Azevedo O bar, com coquetelaria sob o comando do bartender Leonardo Santos, promete uma experiência mais autêntica e intimista, sem pista de dança, para proporcionar uma imersão clássica, onde o som e a coquetelaria são os principais atrativos. — O listening vai ter cardápio especial. A ideia não é um jantar. São pequenas entradas, simples, mas bacanas, um set de seis sashimis e outro de sushis. A intenção é que o cliente possa usufruir de um espaço inacreditável, com música de excelente qualidade — diz Rodrigues. Entre os apaixonados pelos bares de audição há quem prefira dizer que as casas brasileiras fogem muito da essência do conceito original. — O que dá sentido à nomenclatura são o ambiente e a música. O listening é um convite à imersão musical. O que vemos por aqui são adaptações, mas o meu espaço, por exemplo, não pode ser chamado de bar de audição — explica José Oliveira, do gastrobar Mãe Joana, em Botafogo. Rodrigo Facchinetti, DJ e sócio do Fatchia, na Glória, também rejeita o rótulo e vai além: para ele, o modelo de negócio que surgiu no Japão e está se espalhando pelo mundo ainda não existe no Brasil. — O listening bar é um espaço onde pouco se fala, apenas se escuta música, em silêncio. Aqui, o que temos são bares com som bom e DJs que tocam suas próprias seleções — opina Facchinetti, que descreve o seu Fatchia como um bar onde a música é cuidadosamente selecionada e faz parte da experiência, e não um ambiente onde o silêncio é imposto, como nos tradicionais listening bars japoneses. — O que fazemos é uma adaptação. Nos bares daqui, o que se prioriza é uma boa seleção musical e um ambiente onde o som de qualidade possa ser apreciado, mas sem o compromisso absoluto com o silêncio — define Facchinetti.

Nov 7, 2024 - 07:43
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É listening bar ou ambiente intimista? Conheça estabelecimentos onde a música é o centro da experiência

Região ganha versões locais dos bares de audição, modelo japonês de negócio nos quais o som ambiente é o verdadeiro protagonista Você sabe o que é um listening bar, ou bar de audição? O conceito surgiu no Japão como um espaço de apreciação musical de altíssima qualidade, destinado a quem busca uma experiência de escuta única e envolvente. Esses locais intimistas e com iluminação baixa são um refúgio para os amantes de música, onde a prioridade é ouvir, sem distrações, em um ambiente acolhedor. Aos domingos, o Liz Cocktail & Co, também no Leblon, se transforma em um listening bar Divulgação Na Zona Sul, o formato ganha adaptações e popularidade em espaços como o Alba Gastrobar, em Botafogo; e o Liz Cocktail & Co, no Leblon, que se transforma em listening aos domingos. Conhecida pela sua posição no 50 Best Discovery e no Top 500 Bars do Mundo, a casa, nos dias de audição, tem jazz ao vivo e um cardápio que homenageia clássicos musicais, convidançdo o público a falar menos e ouvir mais. Fachada do Liz, no Leblon: concepção do espaço leva a assinatura do premiado mixologista e empresário Tai Barbin Divulgação — A ideia é criar uma experiência diferenciada para quem quer imersão musical, proporcionando uma atmosfera relaxante e única para os clientes — afirma o mixologista Tai Barbin, sócio do Liz. Casa de espumantes do Leblon, o Áriz passou a funcionar no formato listening de quinta a sábado, com sets comandados por DJs Divulgação/Tomás Velez Outro exemplo é o Áriz, no Leblon, que abraça o formato às quintas, sextas e aos sábados, com sets de DJs que passeiam por diferentes estilos musicais. A sócia Jessika Santos diz que a proposta visa a oferecer ao público um lugar para ouvir boa música sem distrações: — O público quer algo além dos bares tradicionais, um espaço onde ouvir é a regra principal, com acústica apropriada para que a música seja bem apreciada. Wafu Negroni: entre os drinques que serão servidos na carta do novo espaço, o negroni estilo japonês do Haru, feito com Campari com infusão de umeboshi e katsuobushi, vermute e gim Divulgação/Rodrigo Azevedo O empresário Menandro Rodrigues, do premiado Haru, está prestes a lançar no terceiro andar da casa de Copacabana o 111 Listening Bar, seguindo o modelo japonês, com mesas, um cardápio feito sob medida para o formato, uma carta de coquetéis sofisticada e uma curadoria musical cuidadosa. O espaço vai funcionar a partir das 18h e foi concebido para ser também um lugar confortável e seguro, enquanto os clientes aguardam a famosa fila do Haru, que normalmente avança a calçada da Raimundo Correa. Umami Penicilin, outro item da carta caprichada do Haru que será servido no novo espaço: scotch uísque, mel, gengibre, limão, gotas de shoyu e um toque de single malt defumado Divulgação/Rodrigo Azevedo O bar, com coquetelaria sob o comando do bartender Leonardo Santos, promete uma experiência mais autêntica e intimista, sem pista de dança, para proporcionar uma imersão clássica, onde o som e a coquetelaria são os principais atrativos. — O listening vai ter cardápio especial. A ideia não é um jantar. São pequenas entradas, simples, mas bacanas, um set de seis sashimis e outro de sushis. A intenção é que o cliente possa usufruir de um espaço inacreditável, com música de excelente qualidade — diz Rodrigues. Entre os apaixonados pelos bares de audição há quem prefira dizer que as casas brasileiras fogem muito da essência do conceito original. — O que dá sentido à nomenclatura são o ambiente e a música. O listening é um convite à imersão musical. O que vemos por aqui são adaptações, mas o meu espaço, por exemplo, não pode ser chamado de bar de audição — explica José Oliveira, do gastrobar Mãe Joana, em Botafogo. Rodrigo Facchinetti, DJ e sócio do Fatchia, na Glória, também rejeita o rótulo e vai além: para ele, o modelo de negócio que surgiu no Japão e está se espalhando pelo mundo ainda não existe no Brasil. — O listening bar é um espaço onde pouco se fala, apenas se escuta música, em silêncio. Aqui, o que temos são bares com som bom e DJs que tocam suas próprias seleções — opina Facchinetti, que descreve o seu Fatchia como um bar onde a música é cuidadosamente selecionada e faz parte da experiência, e não um ambiente onde o silêncio é imposto, como nos tradicionais listening bars japoneses. — O que fazemos é uma adaptação. Nos bares daqui, o que se prioriza é uma boa seleção musical e um ambiente onde o som de qualidade possa ser apreciado, mas sem o compromisso absoluto com o silêncio — define Facchinetti.

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