Dono da Havan, Luciano Hang defende escala 6x1 e recebe críticas de ex-colaboradores: 'Saí da sua empresa por isso'
Empresário do setor de varejo afirma que 'o brasileiro não quer trabalhar menos', em meio a debate sobre PEC que pretende modificar jornada trabalhista O empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, se posicionou em suas redes sociais contra a modificação da escala de trabalho 6x1, alvo de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada na Câmara dos Deputados. Hang publicou a seus seguidores um texto no qual argumenta que "o brasileiro não quer trabalhar menos", e foi rebatido com críticas por pessoas que se apresentaram como ex-colaboradoras de suas empresas. Fim da escala 6x1: Entenda os próximos passos após PEC alcançar o número mínimo de assinaturas Alguns dos críticos de Hang disseram admirar e respeitar o empresário, mas consideraram equivocado seu posicionamento e se referiram como "desumana" à escala que prevê um dia de folga para cada seis trabalhados na semana. "Olá Luciano, admiro muito o senhor como empresário, mas saí da sua empresa justamente por ser escala 6x1. Essa escala é desumana, minha produtividade estava lá embaixo. Hoje trabalho no 5x2 e entrego muito mais nessa nova empresa do que eu conseguia entregar na Havan. Pense nisso!", escreveu um seguidor. "Já trabalhei nessa empresa, sou muito grata e aplaudo a história do seu Luciano, mas posso dizer sim que a jornada 6x1 é desumana", corroborou outra seguidora, que disse não ter tempo para "qualquer outra atividade" com a escala em questão. "Sou de direita, não tenho preguiça de trabalhar e nem medo de trabalho, porém detesto a escala 6x1, por isso me desliguei do último emprego", disse outro seguidor, que ressaltou ter tempo para "ficar o final de semana com a família" ao ter dois dias de folga. Em sua publicação, Hang chamou os parlamentares que apoiaram a PEC do fim da escala 6x1 de "desconexos com a realidade dos problemas do Brasil", e alegou que a modificação da jornada de trabalho "pode impactar diretamente a vida dos trabalhadores e também a sustentabilidade das empresas". "O brasileiro não quer trabalhar menos, ele quer, acima de tudo, viver melhor, com mais conforto, mais segurança, saúde, educação e independência. Quer ter melhor condição de vida e não viver de esmolas do Estado", alegou o empresário. Initial plugin text Segundo o dado mais recente divulgado pela própria empresa, a Havan conta com 22 mil colaboradores. Hang afirmou ter ouvido de uma funcionária no Rio Grande do Sul que ela preferia "trabalhar aos domingos do que pedir emprego na segunda-feira", e argumentou em seguida que "não há mão-de-obra disponível" para uma modificação na escala de trabalho que dê mais dias de folga. "É praticamente impossível diminuir a jornada de trabalho sem reduzir os salários. (...)Com 6% de desemprego, muito dessa falta de colaborador é impactada por problemas das ajudas governamentais, em que as pessoas não querem mais trabalhar com carteira assinada", escreveu Hang.
Empresário do setor de varejo afirma que 'o brasileiro não quer trabalhar menos', em meio a debate sobre PEC que pretende modificar jornada trabalhista O empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, se posicionou em suas redes sociais contra a modificação da escala de trabalho 6x1, alvo de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada na Câmara dos Deputados. Hang publicou a seus seguidores um texto no qual argumenta que "o brasileiro não quer trabalhar menos", e foi rebatido com críticas por pessoas que se apresentaram como ex-colaboradoras de suas empresas. Fim da escala 6x1: Entenda os próximos passos após PEC alcançar o número mínimo de assinaturas Alguns dos críticos de Hang disseram admirar e respeitar o empresário, mas consideraram equivocado seu posicionamento e se referiram como "desumana" à escala que prevê um dia de folga para cada seis trabalhados na semana. "Olá Luciano, admiro muito o senhor como empresário, mas saí da sua empresa justamente por ser escala 6x1. Essa escala é desumana, minha produtividade estava lá embaixo. Hoje trabalho no 5x2 e entrego muito mais nessa nova empresa do que eu conseguia entregar na Havan. Pense nisso!", escreveu um seguidor. "Já trabalhei nessa empresa, sou muito grata e aplaudo a história do seu Luciano, mas posso dizer sim que a jornada 6x1 é desumana", corroborou outra seguidora, que disse não ter tempo para "qualquer outra atividade" com a escala em questão. "Sou de direita, não tenho preguiça de trabalhar e nem medo de trabalho, porém detesto a escala 6x1, por isso me desliguei do último emprego", disse outro seguidor, que ressaltou ter tempo para "ficar o final de semana com a família" ao ter dois dias de folga. Em sua publicação, Hang chamou os parlamentares que apoiaram a PEC do fim da escala 6x1 de "desconexos com a realidade dos problemas do Brasil", e alegou que a modificação da jornada de trabalho "pode impactar diretamente a vida dos trabalhadores e também a sustentabilidade das empresas". "O brasileiro não quer trabalhar menos, ele quer, acima de tudo, viver melhor, com mais conforto, mais segurança, saúde, educação e independência. Quer ter melhor condição de vida e não viver de esmolas do Estado", alegou o empresário. Initial plugin text Segundo o dado mais recente divulgado pela própria empresa, a Havan conta com 22 mil colaboradores. Hang afirmou ter ouvido de uma funcionária no Rio Grande do Sul que ela preferia "trabalhar aos domingos do que pedir emprego na segunda-feira", e argumentou em seguida que "não há mão-de-obra disponível" para uma modificação na escala de trabalho que dê mais dias de folga. "É praticamente impossível diminuir a jornada de trabalho sem reduzir os salários. (...)Com 6% de desemprego, muito dessa falta de colaborador é impactada por problemas das ajudas governamentais, em que as pessoas não querem mais trabalhar com carteira assinada", escreveu Hang.
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