Dia da Consciência Negra: 85% das mulheres vítimas de violência vivem com agressores por falta de renda
Pesquisa indica ainda que vulnerabilidade econômica está diretamente ligada aos abusos Pesquisa do DataSenado e da Nexus, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, mostrou que 85% das mulheres negras que sofreram violência doméstica ou familiar e não têm renda suficiente para se manterem sozinhas precisam conviver com seus agressores em casa. O dado indica ainda que a vulnerabilidade econômica da mulher negra está diretamente ligada aos abusos, já que o percentual de vítimas de violência que se mantém ligadas ao autor dos ataques diminuiu quatro vezes entre mulheres negras com recursos que declaram já terem sofrido algum tipo de agressão (21%). Os dados mostram ainda que, entre as mulheres negras que afirmaram não conseguir se sustentar, uma em cada três (32%) já sofreu algum tipo de agressão, sendo que para 24%, o episódio de violência aconteceu nos últimos 12 meses. Segundo dados do IBGE, a população brasileira é formada por 45 milhões de mulheres negras, com 16 anos ou mais. Desse total, apenas 33% das afirmaram conseguir se sustentar. Quando perguntada a mesma coisa para mulheres brancas, o percentual sobe para 42%. -- A convivência com o agressor é uma realidade alarmante para muitas mulheres negras em situação de violência, agravada pela vulnerabilidade econômica que impede a ruptura do ciclo de abuso. Essa situação se torna ainda mais delicada para aquelas que são mães de filhos menores de 18 anos, cuja convivência sob o mesmo teto com o autor da violência expõe tanto elas quanto suas crianças a um risco contínuo, refletindo desigualdades estruturais que atravessam a vida dessas mulheres -- afirma Milene Tomoike, analista do Observatório da Mulher Contra a Violência. O levantamento mostrou ainda que maior escolaridade não significa mais denúncias: 49% das mulheres negras não alfabetizadas e 44% das que possuem ensino fundamental incompleto foram até a delegacia. Esse percentual cai para 34% entre as vítimas que possuem ensino superior completo; medidas protetivas também são menos recorrentes entre vítimas com maior escolaridade Quando a procura é por medida protetiva, apenas 27% das mulheres negras que não têm renda individual suficiente para seu sustento solicitaram o recurso. Assim como no atendimento médico, em todos os níveis educacionais a maioria não buscou proteção. O percentual variou entre 65% e 78% independentemente do nível de escolaridade.
Pesquisa indica ainda que vulnerabilidade econômica está diretamente ligada aos abusos Pesquisa do DataSenado e da Nexus, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, mostrou que 85% das mulheres negras que sofreram violência doméstica ou familiar e não têm renda suficiente para se manterem sozinhas precisam conviver com seus agressores em casa. O dado indica ainda que a vulnerabilidade econômica da mulher negra está diretamente ligada aos abusos, já que o percentual de vítimas de violência que se mantém ligadas ao autor dos ataques diminuiu quatro vezes entre mulheres negras com recursos que declaram já terem sofrido algum tipo de agressão (21%). Os dados mostram ainda que, entre as mulheres negras que afirmaram não conseguir se sustentar, uma em cada três (32%) já sofreu algum tipo de agressão, sendo que para 24%, o episódio de violência aconteceu nos últimos 12 meses. Segundo dados do IBGE, a população brasileira é formada por 45 milhões de mulheres negras, com 16 anos ou mais. Desse total, apenas 33% das afirmaram conseguir se sustentar. Quando perguntada a mesma coisa para mulheres brancas, o percentual sobe para 42%. -- A convivência com o agressor é uma realidade alarmante para muitas mulheres negras em situação de violência, agravada pela vulnerabilidade econômica que impede a ruptura do ciclo de abuso. Essa situação se torna ainda mais delicada para aquelas que são mães de filhos menores de 18 anos, cuja convivência sob o mesmo teto com o autor da violência expõe tanto elas quanto suas crianças a um risco contínuo, refletindo desigualdades estruturais que atravessam a vida dessas mulheres -- afirma Milene Tomoike, analista do Observatório da Mulher Contra a Violência. O levantamento mostrou ainda que maior escolaridade não significa mais denúncias: 49% das mulheres negras não alfabetizadas e 44% das que possuem ensino fundamental incompleto foram até a delegacia. Esse percentual cai para 34% entre as vítimas que possuem ensino superior completo; medidas protetivas também são menos recorrentes entre vítimas com maior escolaridade Quando a procura é por medida protetiva, apenas 27% das mulheres negras que não têm renda individual suficiente para seu sustento solicitaram o recurso. Assim como no atendimento médico, em todos os níveis educacionais a maioria não buscou proteção. O percentual variou entre 65% e 78% independentemente do nível de escolaridade.
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