Destaque em ‘Mania de você’, Mariana Santos recorda transição do teatro para a TV: ‘Sem querer, furei a bolha'
Atriz faz sucesso com personagem vítima de uma relação abusiva: 'Como muitas mulheres, ela normaliza o abuso' Na novela “Mania de você” (TV Globo), a atriz Mariana Santos vive uma mulher às voltas com um relacionamento abusivo. Fátima é constantemente humilhada pelo marido, Robson (Eriberto Leão), que critica seu corpo, lhe obriga a fazer dieta e a impede de usar determinadas roupas. E ela continua com ele. Fazendo sua estreia no horário das 21h, a carioca lançada na TV pelo humorístico “Zorra total” (2006) comenta que já ao ler a sinopse do folhetim percebeu que tinha um desafio à sua frente. — Poderia fazer a Fátima agressiva e amargurada, mas percebi que ela é doce, está ali apaziguada. Como muitas mulheres, ela normaliza o abuso — conta a atriz, de 48 anos, que recebe muitas mensagens de mulheres comentando a trama. — É uma personagem que existe na vida real, representa mulheres de várias classes sociais e faixas etárias. Várias dizem “vivi isso e não sabia”. Entre as reações também estão elogios para a amizade entre Fátima e a vizinha Diana (Vanessa Bueno), que lhe dá suporte. Chegou-se até a cogitar sobre uma possível relação amorosa entre Fátima e Diana, já descartada. — O que está sendo mais legal entre Fátima e Diana é essa força da amizade feminina. Acho isso mais importante e mais bonito que um romance — opina a atriz. Casada há oito anos com o produtor Rodrigo Velloni, ela recorda “relacionamentos esquisitos” do passado: — Tive um namorado que queria me buscar e levar ao trabalho, mas começou a me restringir. Eu não podia passar do horário de saída porque ele já achava que eu estava fazendo algo errado. Começava a me ligar e a brigar comigo. No dia seguinte, fazia uma carta linda, dizendo que eu era especial. Chantagem emocional muito forte. A gente vive relacionamentos abusivos e só se dá conta depois. Hoje, acho um absurdo o que vivi. Desafios Carioca da Tijuca, na Zona Norte do Rio, Mariana cresceu em uma família de classe média. Mas, aos 7 anos, quando seus pais se separaram, ela conta que a situação piorou. Teve de trabalhar desde cedo para ajudar sua mãe, conciliando o estudo de teatro com bicos de recepcionista e garçonete em eventos. Depois, fez magistério, foi auxiliar de educação e se formou em Pedagogia, tornando-se professora de crianças até 6 anos: — Parei de lecionar em 2008, quando já estava no “Zorra”. Mariana conta que era feliz no humorístico da TV Globo, enfileirando bordões. Até que, em 2017, chegou o convite para fazer uma novela das 19h, “Pega pega”. Desde então esteve também em “Malhação” (2019), “Cara e coragem” (2022) e “Elas por elas”, todas na TV Globo. — Não achava que era possível. Antigamente, se a pessoa era comediante, seria isso para sempre. Sem querer, furei a bolha — conta a atriz. E virou meme. Foi quando cantou “Frontal com Rivotril” (trecho da música “Pagode do remédio”) no programa “Conversa com Bial”: — Nossa... Aquilo, sim, foi um estouro, né? Foi um trecho de uma peça que eu estava fazendo. Se eu tivesse como ganhar dinheiro com aquela música (risos)... Virou hit nas farmácias. A atriz conta que fez a música baseada em sua experiência com ansiedade e síndrome do pânico: — Faço terapia até hoje e vai ser para sempre. Hoje tenho ferramentas para controlar o pânico, mas sei que vou lidar com isso minha vida inteira.
Atriz faz sucesso com personagem vítima de uma relação abusiva: 'Como muitas mulheres, ela normaliza o abuso' Na novela “Mania de você” (TV Globo), a atriz Mariana Santos vive uma mulher às voltas com um relacionamento abusivo. Fátima é constantemente humilhada pelo marido, Robson (Eriberto Leão), que critica seu corpo, lhe obriga a fazer dieta e a impede de usar determinadas roupas. E ela continua com ele. Fazendo sua estreia no horário das 21h, a carioca lançada na TV pelo humorístico “Zorra total” (2006) comenta que já ao ler a sinopse do folhetim percebeu que tinha um desafio à sua frente. — Poderia fazer a Fátima agressiva e amargurada, mas percebi que ela é doce, está ali apaziguada. Como muitas mulheres, ela normaliza o abuso — conta a atriz, de 48 anos, que recebe muitas mensagens de mulheres comentando a trama. — É uma personagem que existe na vida real, representa mulheres de várias classes sociais e faixas etárias. Várias dizem “vivi isso e não sabia”. Entre as reações também estão elogios para a amizade entre Fátima e a vizinha Diana (Vanessa Bueno), que lhe dá suporte. Chegou-se até a cogitar sobre uma possível relação amorosa entre Fátima e Diana, já descartada. — O que está sendo mais legal entre Fátima e Diana é essa força da amizade feminina. Acho isso mais importante e mais bonito que um romance — opina a atriz. Casada há oito anos com o produtor Rodrigo Velloni, ela recorda “relacionamentos esquisitos” do passado: — Tive um namorado que queria me buscar e levar ao trabalho, mas começou a me restringir. Eu não podia passar do horário de saída porque ele já achava que eu estava fazendo algo errado. Começava a me ligar e a brigar comigo. No dia seguinte, fazia uma carta linda, dizendo que eu era especial. Chantagem emocional muito forte. A gente vive relacionamentos abusivos e só se dá conta depois. Hoje, acho um absurdo o que vivi. Desafios Carioca da Tijuca, na Zona Norte do Rio, Mariana cresceu em uma família de classe média. Mas, aos 7 anos, quando seus pais se separaram, ela conta que a situação piorou. Teve de trabalhar desde cedo para ajudar sua mãe, conciliando o estudo de teatro com bicos de recepcionista e garçonete em eventos. Depois, fez magistério, foi auxiliar de educação e se formou em Pedagogia, tornando-se professora de crianças até 6 anos: — Parei de lecionar em 2008, quando já estava no “Zorra”. Mariana conta que era feliz no humorístico da TV Globo, enfileirando bordões. Até que, em 2017, chegou o convite para fazer uma novela das 19h, “Pega pega”. Desde então esteve também em “Malhação” (2019), “Cara e coragem” (2022) e “Elas por elas”, todas na TV Globo. — Não achava que era possível. Antigamente, se a pessoa era comediante, seria isso para sempre. Sem querer, furei a bolha — conta a atriz. E virou meme. Foi quando cantou “Frontal com Rivotril” (trecho da música “Pagode do remédio”) no programa “Conversa com Bial”: — Nossa... Aquilo, sim, foi um estouro, né? Foi um trecho de uma peça que eu estava fazendo. Se eu tivesse como ganhar dinheiro com aquela música (risos)... Virou hit nas farmácias. A atriz conta que fez a música baseada em sua experiência com ansiedade e síndrome do pânico: — Faço terapia até hoje e vai ser para sempre. Hoje tenho ferramentas para controlar o pânico, mas sei que vou lidar com isso minha vida inteira.
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