Delegado afirma que pedirá urgência em perícia de falso laudo de Marçal contra Boulos

Procedimento costuma levar de 15 a 30 dias, mas responsável pelo caso promete maior agilidade O delegado titular do 89° Distrito Policial, William Wong, declarou na tarde deste sábado (5) que uma perícia será feita, em caráter de urgência, sobre o documento divulgado pelo empresário Pablo Marçal (PRTB) para acusar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), adversário na eleição pela prefeitura de São Paulo, de supostamente ter recebido atendimento em uma clínica sob efeito de drogas. O GLOBO já enumerou diversos indícios de falsificação do material. Boulos, por meio de seus advogados, registrou Boletim de Ocorrência (BO) anexando tanto o atestado com indícios de fraude quanto uma cópia de uma procuração assinada pelo médico que seria o responsável pelo encaminhamento, cuja assinatura difere do documento. Segundo declarações da filha e da secretária do médico, falecido há dois anos, ele nunca atuou na unidade citada e, portanto, não poderia ter prestado atendimento ao deputado. — Esses documentos foram apreendidos, vão ser submetidos à perícia, e por se tratar de um caso midiático, a gente vai requisitar com mais urgência junto ao Instituto de Criminalística para que eles possam ter mais agilidade na devolução desse laudo para a Polícia Civil — anunciou o delegado. Ele conta que esse tipo de procedimento costuma levar de 15 a 30 dias e depende de outros documentos, como firmas registradas em cartórios. A investigação ainda deverá ouvir o dono da clínica, Luiz Teixeira da Silva Júnior, que demonstra amizade com Marçal, e funcionários para checar a inexistência de relação entre o médico e a instituição. Wong afirmou, em entrevista coletiva no final da tarde deste sábado (4), que a investigação deve focar, inicialmente, na falsificação do documento e a sua autoria. Comprovado o delito, porém, deve prosseguir na apuração de crimes contra a honra, como calúnia e difamação. — Não posso me basear somente nos documentos que foram apresentados por uma parte. A polícia precisa investigar e verificar outras documentações para que, aí sim, nós possamos encaminhar as perícias e descobrir se realmente aquele atestado é falso, se somente assinatura foi falsificada ou ele foi falsificado num todo — disse. Outras diligências devem ser tomadas somente a partir da próxima segunda-feira (7), por conta do processo de votação em primeiro turno das eleições municipais marcado para este domingo (6).

Oct 5, 2024 - 23:20
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Delegado afirma que pedirá urgência em perícia de falso laudo de Marçal contra Boulos

Procedimento costuma levar de 15 a 30 dias, mas responsável pelo caso promete maior agilidade O delegado titular do 89° Distrito Policial, William Wong, declarou na tarde deste sábado (5) que uma perícia será feita, em caráter de urgência, sobre o documento divulgado pelo empresário Pablo Marçal (PRTB) para acusar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), adversário na eleição pela prefeitura de São Paulo, de supostamente ter recebido atendimento em uma clínica sob efeito de drogas. O GLOBO já enumerou diversos indícios de falsificação do material. Boulos, por meio de seus advogados, registrou Boletim de Ocorrência (BO) anexando tanto o atestado com indícios de fraude quanto uma cópia de uma procuração assinada pelo médico que seria o responsável pelo encaminhamento, cuja assinatura difere do documento. Segundo declarações da filha e da secretária do médico, falecido há dois anos, ele nunca atuou na unidade citada e, portanto, não poderia ter prestado atendimento ao deputado. — Esses documentos foram apreendidos, vão ser submetidos à perícia, e por se tratar de um caso midiático, a gente vai requisitar com mais urgência junto ao Instituto de Criminalística para que eles possam ter mais agilidade na devolução desse laudo para a Polícia Civil — anunciou o delegado. Ele conta que esse tipo de procedimento costuma levar de 15 a 30 dias e depende de outros documentos, como firmas registradas em cartórios. A investigação ainda deverá ouvir o dono da clínica, Luiz Teixeira da Silva Júnior, que demonstra amizade com Marçal, e funcionários para checar a inexistência de relação entre o médico e a instituição. Wong afirmou, em entrevista coletiva no final da tarde deste sábado (4), que a investigação deve focar, inicialmente, na falsificação do documento e a sua autoria. Comprovado o delito, porém, deve prosseguir na apuração de crimes contra a honra, como calúnia e difamação. — Não posso me basear somente nos documentos que foram apresentados por uma parte. A polícia precisa investigar e verificar outras documentações para que, aí sim, nós possamos encaminhar as perícias e descobrir se realmente aquele atestado é falso, se somente assinatura foi falsificada ou ele foi falsificado num todo — disse. Outras diligências devem ser tomadas somente a partir da próxima segunda-feira (7), por conta do processo de votação em primeiro turno das eleições municipais marcado para este domingo (6).

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