Delator do PCC disse que policiais pediram R$ 40 milhões para retirá-lo de inquérito que era investigado
Delator também repetiu que um investigador do Deic furtou R$ 20 mil e sete relógios da casa dele quando foi preso pela primeira vez Antes de ser assassinado no Aeroporto de Guarulhos, na sexta-feira, Vinícius Gritzbach acusou de extorsão um delegado e dois investigadores do DHPP que investigavam o criminoso pelo assassinato de dois integrantes do PCC, o Cara Preta e o Sem Sangue, em dezembro de 2021. O delator contou que os agentes pediram R$ 40 milhões de reais para retirá-lo do inquérito por duplo homicídio. A informação é da TV Globo, que teve acesso ao depoimento que o delator deu à Corregedoria da Polícia Civil oito dias antes de morrer. Como se negou a pagar a quantia, segundo afirmou no depoimento, os policiais forjaram um relatório para apontar um celular como sendo de Gritzbach na cena do crime. Mas um perito criminal, Ricardo Molina, teria provado que o aparelho na verdade era de um investigador. Gritzbach também relatou que um integrante do PCC era dono de um banco digital em sociedade com um policial civil do Deic e que dois membros do PCC pagaram cada um R$ 5 milhões em dinheiro aos policiais do DHPP para livrá-los da acusação de sequestro de Gritzbach quando eles o cobraram pelas mortes de Cara Preta e Sem Sangue. O delator também repetiu que um investigador do Deic furtou R$ 20 mil e sete relógios da casa dele quando o criminoso foi preso pela primeira vez por lavagem de dinheiro e que viu numa rede social fotos do agente usando quatro desses relógios. O promotor de Justiça Lincoln Gakyia disse em entrevista à GloboNews que os advogados de Gritzbach suspeitam que o depoimento tenha vazado porque a foto foi apagada depois disso: — Eles disseram que possivelmente poderia ter vazado aquele depoimento, porque eles estranharam o fato de o Vinícius ter relatado que um dos policiais estava com um dos relógios que teriam sido desviados em uma foto na internet, e no dia do depoimento esse policial teria retirado essa foto de suas redes sociais — disse Gakyia. Quanto ao dia do assassinato, o promotor disse que Gritzbach provavelmente estava sendo monitorado dentro do aeroporto e que estranha que os policiais da escolta tenham dito ao PM que acompanhava o criminoso no voo que a área estava limpa para ele sair do aeroporto. Na viagem a São Miguel dos Milagres, em Alagoas, onde Gritzbach passava uns dias com a namorada, o criminoso comentou que desconfiava que estava sendo seguido. De acordo com o depoimento dela, obtido pela TV Globo, ele disse ter visto um homem parecido com alguém que o ameaçava. A pedido da força-tarefa de São Paulo, a Polícia Civil de Alagoas vai investigar os últimos passos do casal. Existe a suspeita de que havia até um olheiro do PCC no avião que trouxe Gritzbach para São Paulo, por isso a investigação vai analisar a lista de passageiros do voo. * Da CBN
Delator também repetiu que um investigador do Deic furtou R$ 20 mil e sete relógios da casa dele quando foi preso pela primeira vez Antes de ser assassinado no Aeroporto de Guarulhos, na sexta-feira, Vinícius Gritzbach acusou de extorsão um delegado e dois investigadores do DHPP que investigavam o criminoso pelo assassinato de dois integrantes do PCC, o Cara Preta e o Sem Sangue, em dezembro de 2021. O delator contou que os agentes pediram R$ 40 milhões de reais para retirá-lo do inquérito por duplo homicídio. A informação é da TV Globo, que teve acesso ao depoimento que o delator deu à Corregedoria da Polícia Civil oito dias antes de morrer. Como se negou a pagar a quantia, segundo afirmou no depoimento, os policiais forjaram um relatório para apontar um celular como sendo de Gritzbach na cena do crime. Mas um perito criminal, Ricardo Molina, teria provado que o aparelho na verdade era de um investigador. Gritzbach também relatou que um integrante do PCC era dono de um banco digital em sociedade com um policial civil do Deic e que dois membros do PCC pagaram cada um R$ 5 milhões em dinheiro aos policiais do DHPP para livrá-los da acusação de sequestro de Gritzbach quando eles o cobraram pelas mortes de Cara Preta e Sem Sangue. O delator também repetiu que um investigador do Deic furtou R$ 20 mil e sete relógios da casa dele quando o criminoso foi preso pela primeira vez por lavagem de dinheiro e que viu numa rede social fotos do agente usando quatro desses relógios. O promotor de Justiça Lincoln Gakyia disse em entrevista à GloboNews que os advogados de Gritzbach suspeitam que o depoimento tenha vazado porque a foto foi apagada depois disso: — Eles disseram que possivelmente poderia ter vazado aquele depoimento, porque eles estranharam o fato de o Vinícius ter relatado que um dos policiais estava com um dos relógios que teriam sido desviados em uma foto na internet, e no dia do depoimento esse policial teria retirado essa foto de suas redes sociais — disse Gakyia. Quanto ao dia do assassinato, o promotor disse que Gritzbach provavelmente estava sendo monitorado dentro do aeroporto e que estranha que os policiais da escolta tenham dito ao PM que acompanhava o criminoso no voo que a área estava limpa para ele sair do aeroporto. Na viagem a São Miguel dos Milagres, em Alagoas, onde Gritzbach passava uns dias com a namorada, o criminoso comentou que desconfiava que estava sendo seguido. De acordo com o depoimento dela, obtido pela TV Globo, ele disse ter visto um homem parecido com alguém que o ameaçava. A pedido da força-tarefa de São Paulo, a Polícia Civil de Alagoas vai investigar os últimos passos do casal. Existe a suspeita de que havia até um olheiro do PCC no avião que trouxe Gritzbach para São Paulo, por isso a investigação vai analisar a lista de passageiros do voo. * Da CBN
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