Cuidador de gatil na Gávea acusa vizinho de agressão; vítima perdeu o baço
Carmo Souza Dias dos Santos, de 64 anos, diz ter sido agredido com cassetete; imagens de segurança registram o momento que o homem entra no gatil. Caso está sendo investigado pela 15ª DP (Gávea) Um cuidador de um gatil na Gávea, Zona Sul do Rio, está acusando um vizinho do prédio de o agredir com um cassetete no fim da tarde desta quinta-feira. Segundo a família da vítima, as agressões romperam o baço e causaram hemorragia em Carmo Souza Dias dos Santos, de 64 anos, que precisou passar por uma cirurgia de emergência. Adeus a Saturnino Braga: homenagens marcam despedida a ex-prefeito do Rio 'defensor da democracia' Leia também: Moraes intima ex-secretário de Segurança do Rio a depor no caso Marielle Imagens de câmeras de segurança do espaço onde Carmo cuida dos gatos abrigados mostram o momento em que o vizinho, de 50 anos, entra no local onde teriam ocorrido as agressões. Após um corte na gravação, que dura um pouco mais de um minuto, ele aparece caído com a mão na barriga, e é possível ver o vulto de um homem saindo do local. Outra imagem, da porta de acesso ao espaço interno, mostra o suposto agressor saindo com o cassetete na mão. Cuidador de gatil acusa vizinho de prédio de o agredir com cassetete na Gávea Segundo o relato de Carmo, as agressões teriam começado após um desentendimento entre os dois. O vizinho teria se mostrado incomodado porque Carmo estava ajudando um homem em situação de rua. — Quando estava indo dar ração para os gatos, como todo dia, encontrei um rapaz de rua. Ele sempre pede ajuda, então resolvi ajudá-lo e ele foi me acompanhar (em um dos acessos do prédio onde fica o gatil) até eu pegar a carteira no carro (estacionado no prédio). Eu fui alimentando os gatos e conversando com ele, sobre como ele chegou nessa situação e se tinha alguma forma de ajudá-lo, mas chegando no gatil, comecei a ouvir uma discussão. Era o meu vizinho discutindo com ele (o homem levado por Carmo). Eu disse que ele estava comigo e já iria sair. Aí ele começou a discutir comigo, falou que eu não era o dono dali; respondi que ele também não era o dono e que eu já ia sair com o rapaz, que só estava me esperando enquanto eu cuidava dos gatos lá dentro — conta Carmo, relatando qual teria sido o suposto motivo das agressões. Caso Marielle: Moraes intima ex-secretário de Segurança do Rio a depor A vítima precisou passar por uma cirurgia de emergência para retirar o baço. Carmo está internado no CTI do hospital Copa D’Or. Ele foi transferido do Hospital Miguel Couto, onde foi socorrido inicialmente. Além da cirurgia, ele também precisou de transfusão de sangue. — Tudo isso por causa de um problema de empatia. As pessoas não conseguem ver que todos são seres humanos, que o pessoal de rua não está lá porque quer. Eles precisam de ajuda para sair ou para comer diariamente. Eu quis ajudar o rapaz e acabei sendo agredido com várias pauladas do cassetete que ele tem. Graças a Deus, eu tive acesso ao médico — completou. Foi a mulher de Carmo que registrou a ocorrência na 15ª DP (Gávea). Ao GLOBO, Adriana Santos disse que, há 16 anos, quando se mudou para o prédio com o marido, eles já não foram bem recebidos pelo vizinho que mora no mesmo andar. — Ele mora três apartamentos depois do nosso. Desde que mudamos, principalmente quando começamos a fazer o trabalho com os gatos (em 2020), ele já se mostrou agressivo em palavras. Não queria que a gente construísse o gatil, que foi permitido pelo síndico; ameaçava a gente para termos medo de construir, mas seguimos o nosso propósito. Em 2020, teve um envenenamento no nosso prédio e perdemos cerca de 30 gatos. A gente acredita que ele estava envolvido também. Sempre foi essa pessoa que passava e não falava, nos xingava em reuniões de condomínios, mas nunca imaginamos uma coisa dessas — conta Adriana. Segundo ela, o gatil fica em uma rua privada que dá acesso ao prédio, mas "não dá acesso aos apartamentos porque ainda tem um portão no caminho". Para a família de Carmo, a falha nas câmeras no momento da agressão pode ter sido planejada pelo vizinho. — A gente acredita que alguém pode ter desligado o fusível e ligado de volta, que já tenha ficado combinado com ele. Se ficasse desligado mais tempo não daria nem para ver ele, mas ainda pegou o meu marido caindo e ele saindo, e as imagens dele lá fora — deduz Adriana, que na delegacia relatou ainda que “as câmeras são ligadas por um fio que vai até o corredor do andar do apartamento do prédio em que a mãe do vizinho mora”. Procurado pelo GLOBO, o vizinho ainda não se pronunciou sobre a acusação. O caso está sendo investigado pela 15ª DP (Gávea). Segundo a Polícia Civil, a vítima já foi ouvida e encaminhada para exame de corpo de delito. O acusado ainda será chamado para prestar depoimento.
Carmo Souza Dias dos Santos, de 64 anos, diz ter sido agredido com cassetete; imagens de segurança registram o momento que o homem entra no gatil. Caso está sendo investigado pela 15ª DP (Gávea) Um cuidador de um gatil na Gávea, Zona Sul do Rio, está acusando um vizinho do prédio de o agredir com um cassetete no fim da tarde desta quinta-feira. Segundo a família da vítima, as agressões romperam o baço e causaram hemorragia em Carmo Souza Dias dos Santos, de 64 anos, que precisou passar por uma cirurgia de emergência. Adeus a Saturnino Braga: homenagens marcam despedida a ex-prefeito do Rio 'defensor da democracia' Leia também: Moraes intima ex-secretário de Segurança do Rio a depor no caso Marielle Imagens de câmeras de segurança do espaço onde Carmo cuida dos gatos abrigados mostram o momento em que o vizinho, de 50 anos, entra no local onde teriam ocorrido as agressões. Após um corte na gravação, que dura um pouco mais de um minuto, ele aparece caído com a mão na barriga, e é possível ver o vulto de um homem saindo do local. Outra imagem, da porta de acesso ao espaço interno, mostra o suposto agressor saindo com o cassetete na mão. Cuidador de gatil acusa vizinho de prédio de o agredir com cassetete na Gávea Segundo o relato de Carmo, as agressões teriam começado após um desentendimento entre os dois. O vizinho teria se mostrado incomodado porque Carmo estava ajudando um homem em situação de rua. — Quando estava indo dar ração para os gatos, como todo dia, encontrei um rapaz de rua. Ele sempre pede ajuda, então resolvi ajudá-lo e ele foi me acompanhar (em um dos acessos do prédio onde fica o gatil) até eu pegar a carteira no carro (estacionado no prédio). Eu fui alimentando os gatos e conversando com ele, sobre como ele chegou nessa situação e se tinha alguma forma de ajudá-lo, mas chegando no gatil, comecei a ouvir uma discussão. Era o meu vizinho discutindo com ele (o homem levado por Carmo). Eu disse que ele estava comigo e já iria sair. Aí ele começou a discutir comigo, falou que eu não era o dono dali; respondi que ele também não era o dono e que eu já ia sair com o rapaz, que só estava me esperando enquanto eu cuidava dos gatos lá dentro — conta Carmo, relatando qual teria sido o suposto motivo das agressões. Caso Marielle: Moraes intima ex-secretário de Segurança do Rio a depor A vítima precisou passar por uma cirurgia de emergência para retirar o baço. Carmo está internado no CTI do hospital Copa D’Or. Ele foi transferido do Hospital Miguel Couto, onde foi socorrido inicialmente. Além da cirurgia, ele também precisou de transfusão de sangue. — Tudo isso por causa de um problema de empatia. As pessoas não conseguem ver que todos são seres humanos, que o pessoal de rua não está lá porque quer. Eles precisam de ajuda para sair ou para comer diariamente. Eu quis ajudar o rapaz e acabei sendo agredido com várias pauladas do cassetete que ele tem. Graças a Deus, eu tive acesso ao médico — completou. Foi a mulher de Carmo que registrou a ocorrência na 15ª DP (Gávea). Ao GLOBO, Adriana Santos disse que, há 16 anos, quando se mudou para o prédio com o marido, eles já não foram bem recebidos pelo vizinho que mora no mesmo andar. — Ele mora três apartamentos depois do nosso. Desde que mudamos, principalmente quando começamos a fazer o trabalho com os gatos (em 2020), ele já se mostrou agressivo em palavras. Não queria que a gente construísse o gatil, que foi permitido pelo síndico; ameaçava a gente para termos medo de construir, mas seguimos o nosso propósito. Em 2020, teve um envenenamento no nosso prédio e perdemos cerca de 30 gatos. A gente acredita que ele estava envolvido também. Sempre foi essa pessoa que passava e não falava, nos xingava em reuniões de condomínios, mas nunca imaginamos uma coisa dessas — conta Adriana. Segundo ela, o gatil fica em uma rua privada que dá acesso ao prédio, mas "não dá acesso aos apartamentos porque ainda tem um portão no caminho". Para a família de Carmo, a falha nas câmeras no momento da agressão pode ter sido planejada pelo vizinho. — A gente acredita que alguém pode ter desligado o fusível e ligado de volta, que já tenha ficado combinado com ele. Se ficasse desligado mais tempo não daria nem para ver ele, mas ainda pegou o meu marido caindo e ele saindo, e as imagens dele lá fora — deduz Adriana, que na delegacia relatou ainda que “as câmeras são ligadas por um fio que vai até o corredor do andar do apartamento do prédio em que a mãe do vizinho mora”. Procurado pelo GLOBO, o vizinho ainda não se pronunciou sobre a acusação. O caso está sendo investigado pela 15ª DP (Gávea). Segundo a Polícia Civil, a vítima já foi ouvida e encaminhada para exame de corpo de delito. O acusado ainda será chamado para prestar depoimento.
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