Cuba anuncia prisões em meio a apagão e destruição após passagem de furacão Rafael
Organizações de direitos humanos relataram prisões e convocações de pessoas em delegacias de polícia por participarem de manifestações O Ministério Público de Cuba informou neste sábado a prisão de um número indeterminado de cidadãos por "perturbações de ordem", ocorridas em meio às tensões causadas pelo apagão generalizado de quase dois dias devido à passagem do furacão Rafael. Manifestações na Europa: Polícia holandesa prende manifestantes pró-Palestina em Amsterdã Após furacão Milton: Supervisor de agência de emergência dos EUA é demitido após ordenar equipe a não ajudar eleitores de Trump O anúncio foi feito no momento em que a maior parte do país voltou a ter luz, e depois que organizações de direitos humanos relataram prisões e convocações de pessoas em delegacias de polícia por participarem de manifestações. "Em Havana, Mayabeque e Ciego de Avila", no oeste e no centro da ilha, "processos criminais estão tramitando devido a crimes de ataques, desordem pública e danos", afirmou o MP em uma declaração publicada em seu site, sem especificar o número de pessoas presas ou detalhes dos incidentes. Cuba segue às escuras neste sábado, após pane em termoelétrica ADALBERTO ROQUE/AFP A instituição disse que "decidiu impor a medida cautelar de prisão preventiva aos acusados apresentados" pelo Ministério do Interior, "por atos de agressão a autoridades e inspetores dos territórios que causaram ferimentos e perturbações da ordem". Em Havana, onde vivem dois milhões de habitantes, "o serviço foi restabelecido em 82% dos circuitos de distribuição" na noite deste sábado, detalharam as autoridades locais. Apesar disso, diversas áreas da capital e da província vizinha de Artemisa permanecem sem luz, quatro dias após o furacão atingir o oeste da ilha. Em entrevista após vitória, Trump diz que ‘não há preço alto demais’ para seu plano de deportação em massa nos EUA O serviço havia sido restaurado desde sexta-feira em 13 das 15 províncias do país, mas Artemisa e sua vizinha, Pinar del Río, ainda estavam sem conexão. De acordo com informações oficiais, cerca de 500 edifícios na cidade sofreram colapso total ou parcial devido ao desabamento de telhados, queda de paredes ou fachadas. Rafael entrou na pequena praia de Majana, em Artemisa, na quarta-feira, com a força de um furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson, e atravessou a ilha de sul a norte em quase duas horas e meia antes de seguir para o Golfo do México, onde está perdendo força, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA. O furacão não causou mortes, mas deixou grandes danos materiais, segundo as autoridades. 'Não dá para sair à noite': Imigrantes brasileiros temem deportação em massa sob governo Trump Apagão na ilha O presidente Miguel Díaz-Canel disse neste sábado no X que "a restauração da eletricidade e das comunicações, o abastecimento de água e o saneamento são as principais metas para este fim de semana" e disse que daria prioridade a Artemisa. Nos vilarejos dessa província adjacente a Havana, o furacão Rafael varreu telhados e casas inteiras e deixou grandes áreas inundadas. As plantações agrícolas, que são em grande parte consumidas pela capital, foram severamente danificadas. Rafael atingiu Cuba apenas duas semanas depois que o furacão Oscar atingiu o leste da ilha durante um apagão anterior que deixou oito pessoas mortas e 10 milhões de cubanos no escuro. Cuba sofreu outra interrupção total de energia em 2022. Os apagões são um lembrete para os cubanos da frágil situação energética que a ilha enfrenta devido à queda nas importações de petróleo bruto da Venezuela, seu principal aliado, nos últimos dois anos. Esse petróleo ajuda a alimentar alguns dos equipamentos de geração de eletricidade que precisam de combustível para funcionar. As usinas termoelétricas, que funcionam com petróleo nacional e algumas das quais têm até 40 anos de idade, frequentemente falham devido ao seu estado de degradação.
Organizações de direitos humanos relataram prisões e convocações de pessoas em delegacias de polícia por participarem de manifestações O Ministério Público de Cuba informou neste sábado a prisão de um número indeterminado de cidadãos por "perturbações de ordem", ocorridas em meio às tensões causadas pelo apagão generalizado de quase dois dias devido à passagem do furacão Rafael. Manifestações na Europa: Polícia holandesa prende manifestantes pró-Palestina em Amsterdã Após furacão Milton: Supervisor de agência de emergência dos EUA é demitido após ordenar equipe a não ajudar eleitores de Trump O anúncio foi feito no momento em que a maior parte do país voltou a ter luz, e depois que organizações de direitos humanos relataram prisões e convocações de pessoas em delegacias de polícia por participarem de manifestações. "Em Havana, Mayabeque e Ciego de Avila", no oeste e no centro da ilha, "processos criminais estão tramitando devido a crimes de ataques, desordem pública e danos", afirmou o MP em uma declaração publicada em seu site, sem especificar o número de pessoas presas ou detalhes dos incidentes. Cuba segue às escuras neste sábado, após pane em termoelétrica ADALBERTO ROQUE/AFP A instituição disse que "decidiu impor a medida cautelar de prisão preventiva aos acusados apresentados" pelo Ministério do Interior, "por atos de agressão a autoridades e inspetores dos territórios que causaram ferimentos e perturbações da ordem". Em Havana, onde vivem dois milhões de habitantes, "o serviço foi restabelecido em 82% dos circuitos de distribuição" na noite deste sábado, detalharam as autoridades locais. Apesar disso, diversas áreas da capital e da província vizinha de Artemisa permanecem sem luz, quatro dias após o furacão atingir o oeste da ilha. Em entrevista após vitória, Trump diz que ‘não há preço alto demais’ para seu plano de deportação em massa nos EUA O serviço havia sido restaurado desde sexta-feira em 13 das 15 províncias do país, mas Artemisa e sua vizinha, Pinar del Río, ainda estavam sem conexão. De acordo com informações oficiais, cerca de 500 edifícios na cidade sofreram colapso total ou parcial devido ao desabamento de telhados, queda de paredes ou fachadas. Rafael entrou na pequena praia de Majana, em Artemisa, na quarta-feira, com a força de um furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson, e atravessou a ilha de sul a norte em quase duas horas e meia antes de seguir para o Golfo do México, onde está perdendo força, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA. O furacão não causou mortes, mas deixou grandes danos materiais, segundo as autoridades. 'Não dá para sair à noite': Imigrantes brasileiros temem deportação em massa sob governo Trump Apagão na ilha O presidente Miguel Díaz-Canel disse neste sábado no X que "a restauração da eletricidade e das comunicações, o abastecimento de água e o saneamento são as principais metas para este fim de semana" e disse que daria prioridade a Artemisa. Nos vilarejos dessa província adjacente a Havana, o furacão Rafael varreu telhados e casas inteiras e deixou grandes áreas inundadas. As plantações agrícolas, que são em grande parte consumidas pela capital, foram severamente danificadas. Rafael atingiu Cuba apenas duas semanas depois que o furacão Oscar atingiu o leste da ilha durante um apagão anterior que deixou oito pessoas mortas e 10 milhões de cubanos no escuro. Cuba sofreu outra interrupção total de energia em 2022. Os apagões são um lembrete para os cubanos da frágil situação energética que a ilha enfrenta devido à queda nas importações de petróleo bruto da Venezuela, seu principal aliado, nos últimos dois anos. Esse petróleo ajuda a alimentar alguns dos equipamentos de geração de eletricidade que precisam de combustível para funcionar. As usinas termoelétricas, que funcionam com petróleo nacional e algumas das quais têm até 40 anos de idade, frequentemente falham devido ao seu estado de degradação.
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