Cinco homens acusam indicada de Trump para Departamento de Educação de permitir que fossem abusados quando menores

Linda McMahon é acusada de negligência criminosa por supostamente não impedir que locutor da empresa da qual era CEO abusasse dos ex-'ring boys' A ex-executiva de luta livre Linda McMahon, indicada pelo presidente eleito Donald Trump para chefiar o Departamento de Educação, foi recentemente acusada em um processo de não ter impedido um locutor da produtora World Wrestling Entertainment, da qual era diretora executiva, de aliciar e abusar sexualmente de crianças nas décadas de 1980 e 1990. Análise: Nomeações provocativas de Trump testam lealdade de Partido Republicano em futuro governo Veja os planos de Trump para o ensino nos EUA: Fim do Departamento de Educação, agenda 'anti-woke' e censura nas escolas O caso vem à tona após o indicado de Trump para o Departamento de Justiça, Matt Gaetz, renunciar sob pressão por denúncias de má conduta sexual e um relatório policial mostrar que o indicado para o Departamento de Defesa, Pete Hegseth, foi investigado por agressão sexual. A ação judicial recente foi movida em outubro, em Maryland, contra Linda McMahon, seu marido, Vince McMahon, WWE e TKO Group Holdings, por cinco ex-"ring boys", que resolviam coisas e ajudavam a preparar os jogos da WWE na década de 1980. Os McMahons dirigiram o império da luta livre no início da década de 1980, com Linda McMahon trabalhando como presidente e CEO até 2009. As alegações de que meninos menores de idade foram abusados por funcionários perseguiram a organização por décadas. O processo alega que os cinco foram abusados sexualmente pelo locutor e chefe da equipe de ringue da organização, Melvin Phillips Jr., que morreu em 2012. As vítimas disseram que tinham entre 13 e 15 anos na época. Cada um deles diz ter sofrido abuso mental e emocional como resultado do suposto abuso. Conheça: Quem é Pam Bondi, lobista indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após renúncia de Matt Gaetz A ação acusa os McMahons e os outros réus de negligência criminosa ao permitir que Phillips permanecesse na empresa por anos. Os autores da ação não foram citados. O documento diz que os McMahons estavam cientes das acusações confiáveis de abuso contra Phillips e outros funcionários, mas as toleraram mesmo assim. De acordo com a denúncia, em 1988 os McMahons demitiram Phillips após as alegações sobre ele virem à tona. Mas o processo diz que os McMahons recontrataram o locutor seis semanas depois e o protegeram legalmente. O processo também cita uma série de outras queixas de assédio e abuso sexual na WWE ao longo dos anos. Mas não acusa Linda McMahon de má conduta sexual. "Finalmente temos a chance de responsabilizar aqueles que permitiram e possibilitaram o abuso sexual aberto e desenfreado desses meninos", disse Greg Gutzler, advogado da DiCello Levitt que está liderando o litígio, em um comunicado. Linda McMahon não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a ação judicial e suas alegações. Laura Brevetti, advogada de McMahon, disse à CNN que as alegações são falsas. Ficha limpa? Trump quebra tradição e ignora verificação de antecedentes criminais ao montar Gabinete O processo levanta preocupações quanto à sua eventual nomeação, já que, como secretária de Educação, supervisionaria o Escritório de Direitos Civis do departamento, que aplica leis como o Título IX, que protege os alunos contra discriminação sexual e assédio sexual. McMahon não é a única indicada de Trump com problemas na Justiça. Um relatório policial divulgado na quarta-feira à noite forneceu detalhes gráficos sobre uma acusação de agressão sexual contra Pete Hegseth. A investigação foi encerrada sem que o indicado por Trump para a Defesa fosse acusado oficialmente. A divulgação do documento contra Hegseth aconteceu em meio à desistência de Matt Gaetz para o cargo de secretário de Justiça após pressão de denúncias de má conduta sexual. O mesmo departamento que Gaetz planejava comandar realizou uma investigação contra ele por suposto tráfico sexual e por ter mantido relações sexuais com uma menor de idade. O caso foi arquivado, abrindo caminho para a Comissão de Ética da Câmara prosseguir com o trabalho. Gaetz renunciou ao mandato na semana passada, e na noite de quarta-feira os republicanos na Câmara barraram a divulgação pública do relatório do conselho.

Nov 22, 2024 - 12:46
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Cinco homens acusam indicada de Trump para Departamento de Educação de permitir que fossem abusados quando menores

Linda McMahon é acusada de negligência criminosa por supostamente não impedir que locutor da empresa da qual era CEO abusasse dos ex-'ring boys' A ex-executiva de luta livre Linda McMahon, indicada pelo presidente eleito Donald Trump para chefiar o Departamento de Educação, foi recentemente acusada em um processo de não ter impedido um locutor da produtora World Wrestling Entertainment, da qual era diretora executiva, de aliciar e abusar sexualmente de crianças nas décadas de 1980 e 1990. Análise: Nomeações provocativas de Trump testam lealdade de Partido Republicano em futuro governo Veja os planos de Trump para o ensino nos EUA: Fim do Departamento de Educação, agenda 'anti-woke' e censura nas escolas O caso vem à tona após o indicado de Trump para o Departamento de Justiça, Matt Gaetz, renunciar sob pressão por denúncias de má conduta sexual e um relatório policial mostrar que o indicado para o Departamento de Defesa, Pete Hegseth, foi investigado por agressão sexual. A ação judicial recente foi movida em outubro, em Maryland, contra Linda McMahon, seu marido, Vince McMahon, WWE e TKO Group Holdings, por cinco ex-"ring boys", que resolviam coisas e ajudavam a preparar os jogos da WWE na década de 1980. Os McMahons dirigiram o império da luta livre no início da década de 1980, com Linda McMahon trabalhando como presidente e CEO até 2009. As alegações de que meninos menores de idade foram abusados por funcionários perseguiram a organização por décadas. O processo alega que os cinco foram abusados sexualmente pelo locutor e chefe da equipe de ringue da organização, Melvin Phillips Jr., que morreu em 2012. As vítimas disseram que tinham entre 13 e 15 anos na época. Cada um deles diz ter sofrido abuso mental e emocional como resultado do suposto abuso. Conheça: Quem é Pam Bondi, lobista indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após renúncia de Matt Gaetz A ação acusa os McMahons e os outros réus de negligência criminosa ao permitir que Phillips permanecesse na empresa por anos. Os autores da ação não foram citados. O documento diz que os McMahons estavam cientes das acusações confiáveis de abuso contra Phillips e outros funcionários, mas as toleraram mesmo assim. De acordo com a denúncia, em 1988 os McMahons demitiram Phillips após as alegações sobre ele virem à tona. Mas o processo diz que os McMahons recontrataram o locutor seis semanas depois e o protegeram legalmente. O processo também cita uma série de outras queixas de assédio e abuso sexual na WWE ao longo dos anos. Mas não acusa Linda McMahon de má conduta sexual. "Finalmente temos a chance de responsabilizar aqueles que permitiram e possibilitaram o abuso sexual aberto e desenfreado desses meninos", disse Greg Gutzler, advogado da DiCello Levitt que está liderando o litígio, em um comunicado. Linda McMahon não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a ação judicial e suas alegações. Laura Brevetti, advogada de McMahon, disse à CNN que as alegações são falsas. Ficha limpa? Trump quebra tradição e ignora verificação de antecedentes criminais ao montar Gabinete O processo levanta preocupações quanto à sua eventual nomeação, já que, como secretária de Educação, supervisionaria o Escritório de Direitos Civis do departamento, que aplica leis como o Título IX, que protege os alunos contra discriminação sexual e assédio sexual. McMahon não é a única indicada de Trump com problemas na Justiça. Um relatório policial divulgado na quarta-feira à noite forneceu detalhes gráficos sobre uma acusação de agressão sexual contra Pete Hegseth. A investigação foi encerrada sem que o indicado por Trump para a Defesa fosse acusado oficialmente. A divulgação do documento contra Hegseth aconteceu em meio à desistência de Matt Gaetz para o cargo de secretário de Justiça após pressão de denúncias de má conduta sexual. O mesmo departamento que Gaetz planejava comandar realizou uma investigação contra ele por suposto tráfico sexual e por ter mantido relações sexuais com uma menor de idade. O caso foi arquivado, abrindo caminho para a Comissão de Ética da Câmara prosseguir com o trabalho. Gaetz renunciou ao mandato na semana passada, e na noite de quarta-feira os republicanos na Câmara barraram a divulgação pública do relatório do conselho.

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