Cid falante, PGR por vídeo e Moraes satisfeito: como foi o depoimento que manteve o delator fora da prisão
Cid falou por mais de duas horas e convenceu o procurador-geral da República a rever o entendimento de que ele deveria ser preso Mauro Cid chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) de terno, semblante fechado e se dizendo tranquilo. A missão, porém, era das mais duras: convencer o ministro Alexandre de Moraes a mantê-lo fora da prisão. Para a Polícia Federal, ele havia omitido informações importantes. O militar mostrou logo que estava disposto a colaborar, não se furtou a responder qualquer pergunta e falou por mais de duas horas. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, acompanhava tudo por vídeo enquanto um de seus auxiliares tomava notas in loco. Os esclarecimentos foram considerados satisfatórios, segundo interlocutores. E Gonet decidiu então rever a posição externada pela PGR ao STF na última terça-feira, quando havia se posicionado pela prisão preventiva de Cid. Ao menos por ora, a PGR iria se manifestar pela "não prisão" diante dos esclarecimentos, afirmou Gonet, de acordo com interlocutores. Inquérito do golpe: PF indicia Bolsonaro, Braga Netto, Heleno e mais 34 pessoas por tentativa de golpe após vitória de Lula em 2022 Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno: os indiciados pela PF por tentativa de golpe de Estado e o papel de cada um Moraes anuiu. A pessoas próximas, o ministro disse, inclusive, que a audiência havia sido "muito boa" em sua avaliação. Na PF, a decisão de manter as medidas cautelares e o benefício da colaboração premiada foi vista como sinal de que Cid não só se mostrou disposto a falar, mas foi efetivo ao trazer fatos novos. No documento que chegou ao STF, a PF disse que Cid descumpriu as cláusulas do acordo firmado em setembro de 2023. Na época, a PGR — ainda sob o comando de Augusto Aras — se manifestou de forma contrária à delação, seguindo um posicionamento consolidado do Ministério Público contrário às delações firmadas pela Polícia Federal. Em depoimento prestado na terça-feira na sede da Polícia Federal, Mauro Cid afirmou desconhecer um plano golpista que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A investigação que resultou na operação deflagrada na terça para prender quatro militares e um policial federal, sob suspeita de envolvimento em um plano golpista que envolvia a morte de autoridades, apontou que o grupo trocava mensagens com Cid sobre os preparativos da ação. Entre os procedimentos, estava o monitoramento da localização de Moraes.
Cid falou por mais de duas horas e convenceu o procurador-geral da República a rever o entendimento de que ele deveria ser preso Mauro Cid chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) de terno, semblante fechado e se dizendo tranquilo. A missão, porém, era das mais duras: convencer o ministro Alexandre de Moraes a mantê-lo fora da prisão. Para a Polícia Federal, ele havia omitido informações importantes. O militar mostrou logo que estava disposto a colaborar, não se furtou a responder qualquer pergunta e falou por mais de duas horas. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, acompanhava tudo por vídeo enquanto um de seus auxiliares tomava notas in loco. Os esclarecimentos foram considerados satisfatórios, segundo interlocutores. E Gonet decidiu então rever a posição externada pela PGR ao STF na última terça-feira, quando havia se posicionado pela prisão preventiva de Cid. Ao menos por ora, a PGR iria se manifestar pela "não prisão" diante dos esclarecimentos, afirmou Gonet, de acordo com interlocutores. Inquérito do golpe: PF indicia Bolsonaro, Braga Netto, Heleno e mais 34 pessoas por tentativa de golpe após vitória de Lula em 2022 Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno: os indiciados pela PF por tentativa de golpe de Estado e o papel de cada um Moraes anuiu. A pessoas próximas, o ministro disse, inclusive, que a audiência havia sido "muito boa" em sua avaliação. Na PF, a decisão de manter as medidas cautelares e o benefício da colaboração premiada foi vista como sinal de que Cid não só se mostrou disposto a falar, mas foi efetivo ao trazer fatos novos. No documento que chegou ao STF, a PF disse que Cid descumpriu as cláusulas do acordo firmado em setembro de 2023. Na época, a PGR — ainda sob o comando de Augusto Aras — se manifestou de forma contrária à delação, seguindo um posicionamento consolidado do Ministério Público contrário às delações firmadas pela Polícia Federal. Em depoimento prestado na terça-feira na sede da Polícia Federal, Mauro Cid afirmou desconhecer um plano golpista que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A investigação que resultou na operação deflagrada na terça para prender quatro militares e um policial federal, sob suspeita de envolvimento em um plano golpista que envolvia a morte de autoridades, apontou que o grupo trocava mensagens com Cid sobre os preparativos da ação. Entre os procedimentos, estava o monitoramento da localização de Moraes.
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