Chefe da força-tarefa que investigará morte no aeroporto de Guarulhos atuou em casos midiáticos e é dono de restaurantes
Delegado Nico é número dois da SSP e coordenará grupo que cuidará do caso Vinicius Grtizbach, delator do PCC assassinado na última sexta-feira A força-tarefa anunciada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo para investigar o assassinato do empresário Vinicius Gritzbach, delator que era jurado de morte pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), será coordenada pelo secretário-executivo de Segurança, Osvaldo Nico Gonçalves. Conhecido como delegado Nico, o número dois da SSP será afastado de suas funções administrativas e terá dedicação total ao caso. Veja fotos: Empresário executado em SP morava em apartamento de R$ 10 milhões vigiado por câmeras e com vigilância 24h Quem é: Morto em Guarulhos investia em criptos, enriqueceu na construtora do maior prédio de SP e tinha avião de R$ 2,5 milhões Ex-delegado-geral da Polícia Civil, Nico foi uma indicação pessoal do secretário Guilherme Derrite para assumir a secretaria executiva da pasta na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governador chegou a ventilar o nome do delegado para o posto de vice na chapa do prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), vaga que acabou sendo ocupada pelo coronel Mello Araújo (PL), ex-integrante do grupamento de elite da Polícia Militar (a Rota). Nico atuou na investigação de casos de grande repercussão antes de fazer parte da gestão Tarcísio. Participou, por exemplo, da prisão do médico Roger Abdelmassih, condenado por estuprar pacientes, e atuou nas investigações sobre os sequestros do jogador Marcelinho Carioca e da filha de Silvio Santos, Patricia Abravanel. Também prendeu o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, em Atibaia, no interior paulista. Figura conhecida em São Paulo, Nico ingressou na carreira policial em 1979 e trabalhou como investigador por 20 anos até fundar o Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil. Foi alçado ao posto de diretor do Departamento de Operações Policiais Especializadas, o DOPE, onde atuou entre 2019 e 2022, até ser nomeado delegado-geral da Polícia Civil. Paralelamente, também é dono de uma rede de pizzarias na cidade, a Sala Vip, além de um restaurante italiano e uma hamburgueria, no Ipiranga, na Zona Sul. Já foi alvo de processos trabalhistas e protestos de ex-funcionários, especialmente motoboys. Além de Nico, fazem parte da força-tarefa integrantes da Polícia Civil, como a diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo; o diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIPOL), Caetano Filho; e a perita criminal de classe especial Karin Kawakami. Da Polícia Militar, participam os coronéis Pedro Lopes, do centro de inteligência do órgão, e Fábio Amaral, corregedor da PM. A Polícia Federal também vai colaborar com as investigações. A PF se comprometeu a fornecer equipamentos e materiais para as autoridades paulistas, e deve neste primeiro momento auxiliar no colhimento de informações e imagens dos dois aeroportos — o de Guarulhos e o de Maceió (AL) — e identificar quem embarcou junto a Vinicius Gritzbach na viagem de volta a São Paulo. A polícia já localizou o carro utilizado no crime e uma mochila com três fuzis e uma pistola — tudo foi submetido a exames de perícia, ainda sem prazo para serem concluídos. De acordo com a perita criminal Karin Kawakami, havia “material genético” no veículo. As autoridades, porém, ainda não sabem qual o caminho percorrido pelo carro até o aeroporto. A apuração reversa do trajeto, de acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, é demorada porque exige a análise de imagens quilômetro a quilômetro. A princípio, acredita-se que os atiradores fugiram a pé após terem abandonado o carro, também em Guarulhos. Initial plugin text
Delegado Nico é número dois da SSP e coordenará grupo que cuidará do caso Vinicius Grtizbach, delator do PCC assassinado na última sexta-feira A força-tarefa anunciada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo para investigar o assassinato do empresário Vinicius Gritzbach, delator que era jurado de morte pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), será coordenada pelo secretário-executivo de Segurança, Osvaldo Nico Gonçalves. Conhecido como delegado Nico, o número dois da SSP será afastado de suas funções administrativas e terá dedicação total ao caso. Veja fotos: Empresário executado em SP morava em apartamento de R$ 10 milhões vigiado por câmeras e com vigilância 24h Quem é: Morto em Guarulhos investia em criptos, enriqueceu na construtora do maior prédio de SP e tinha avião de R$ 2,5 milhões Ex-delegado-geral da Polícia Civil, Nico foi uma indicação pessoal do secretário Guilherme Derrite para assumir a secretaria executiva da pasta na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governador chegou a ventilar o nome do delegado para o posto de vice na chapa do prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), vaga que acabou sendo ocupada pelo coronel Mello Araújo (PL), ex-integrante do grupamento de elite da Polícia Militar (a Rota). Nico atuou na investigação de casos de grande repercussão antes de fazer parte da gestão Tarcísio. Participou, por exemplo, da prisão do médico Roger Abdelmassih, condenado por estuprar pacientes, e atuou nas investigações sobre os sequestros do jogador Marcelinho Carioca e da filha de Silvio Santos, Patricia Abravanel. Também prendeu o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, em Atibaia, no interior paulista. Figura conhecida em São Paulo, Nico ingressou na carreira policial em 1979 e trabalhou como investigador por 20 anos até fundar o Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil. Foi alçado ao posto de diretor do Departamento de Operações Policiais Especializadas, o DOPE, onde atuou entre 2019 e 2022, até ser nomeado delegado-geral da Polícia Civil. Paralelamente, também é dono de uma rede de pizzarias na cidade, a Sala Vip, além de um restaurante italiano e uma hamburgueria, no Ipiranga, na Zona Sul. Já foi alvo de processos trabalhistas e protestos de ex-funcionários, especialmente motoboys. Além de Nico, fazem parte da força-tarefa integrantes da Polícia Civil, como a diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo; o diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIPOL), Caetano Filho; e a perita criminal de classe especial Karin Kawakami. Da Polícia Militar, participam os coronéis Pedro Lopes, do centro de inteligência do órgão, e Fábio Amaral, corregedor da PM. A Polícia Federal também vai colaborar com as investigações. A PF se comprometeu a fornecer equipamentos e materiais para as autoridades paulistas, e deve neste primeiro momento auxiliar no colhimento de informações e imagens dos dois aeroportos — o de Guarulhos e o de Maceió (AL) — e identificar quem embarcou junto a Vinicius Gritzbach na viagem de volta a São Paulo. A polícia já localizou o carro utilizado no crime e uma mochila com três fuzis e uma pistola — tudo foi submetido a exames de perícia, ainda sem prazo para serem concluídos. De acordo com a perita criminal Karin Kawakami, havia “material genético” no veículo. As autoridades, porém, ainda não sabem qual o caminho percorrido pelo carro até o aeroporto. A apuração reversa do trajeto, de acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, é demorada porque exige a análise de imagens quilômetro a quilômetro. A princípio, acredita-se que os atiradores fugiram a pé após terem abandonado o carro, também em Guarulhos. Initial plugin text
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