'Terra do fogo' e palco da COP29: veja seis lugares no Azerbaijão que valem a viagem
Dos prédios da capital Baku aos cenários naturais do interior, país na Ásia Central é conhecido pelos contrastes Um dos grandes produtores de petróleo e gás natural do planeta, o Azerbaijão sempre foi uma escolha polêmica para sediar a 29ª conferência do clima da ONU (COP29), entre 11 e 22 de novembro. Mas não há grandes discussões quanto o potencial turístico deste país na Ásia Central, onde o visitante encontra cenários que combinam uma capital cheia de arranha-céus, estepes infinitas, cidades históricas e uma colina onde o fogo arde eternamente - o que, aliás, justifica o apelido de "Terra do fogo" do país. Do Rio à Antártida: conheça o navio com tecnologia para realizar expedições nos mares mais perigosos do mundo Turismo estético: como um dos países mais fechados do mundo virou 'Meca' da beleza na Europa Confira abaixo seis lugares do Azerbaijão que valem a viagem. Baku: capital das torres À primeira vista, Baku é uma dessas cidades onde arranha-céus envidraçados brotam e crescem irrigados pelo dinheiro da exploração econômica dos hidrocarbonetos. Mas um olhar mais aprofundado mostra que a capital azeri é mais que isso. O arrojado Centro Heydar Aliyev, projetado pela renomada arquiteta Zaha Hadid, é um dos destaques de Baku, capital do Azerbaijão Reprodução / gbella / Pixabay A arquitetura moderna chama a atenção, claro. De quase todos os pontos da cidade é possível observar as Flame Towers, três torres que chegam a 182 metros de altura e que abrigam apartamentos de luxo, escritórios, centros comerciais e um hotel cinco estrelas e foram projetados para lembrar chamas gigantes. Outro marco arquitetônico de Baku é o Centro Heydar Aliyev, projetado pela renomada arquiteta Zaha Hadid para abrigar uma galeria de exposições, um museu e um auditório. Seu nome é uma homenagem ao homem que governou o país de maneira quase ininterrupta entre 1969, quando ainda fazia parte da União Soviética, a 2003 - e pai do atual presidente, Ilham Aliyev. Mas Baku guarda também um precioso centro histórico, listado como Patrimônio Mundial pela Unesco. A Cidade Antiga murada remonta ao século XII e é conhecida como Icherisheher. Caminhar por suas ruas é uma viagem ao passado, onde se pode perceber a confluência de culturas que marca não apenas o Azerbaijão, mas toda a região da Ásia Central. A Torre da Donzela, um dos monumentos mais emblemáticos, guarda lendas antigas e oferece uma vista espetacular do Mar Cáspio. Qobustan: arte rupestre e vulcões de lama Pinturas rupestres no Parque Nacional de Qobustan, no Azerbaijão Reprodução / Wikimedia Commons A cerca de 60 km de Baku, o Parque Nacional de Qobustan é um tesouro arqueológico e geológico. As gravuras rupestres, que datam de dez mil anos, funcionam como janela para as primeiras civilizações humanas. Além disso, Qobustan é famoso pelos vulcões de lama, uma curiosidade natural que atrai visitantes de todo o mundo, que chegam para assistir à lama borbulhante emergir do solo. Yanar Dag: o fogo eterno do Azerbaijão Yanar Dag, a 'Montanha Ardente', é um dos fenômenos naturais mais curiosos do Azerbaijão, onde as chamas parecem brotar do solo, alimentadas pelo gás natural que vaza através da terra Reprodução / Wikimedia Commons Em nenhum outro lugar o apelido "Terra do Fogo" faz tanto sentido quanto em Yanar Dag, a "Montanha Ardente". Trata-se de um dos fenômenos naturais mais curiosos do Azerbaijão, onde as chamas parecem brotar do solo, alimentadas pelo gás natural que vaza através da terra. Este espetáculo acontece há milhares de anos e chegou a inspirar cultos ao fogo em diversas religiões antigas. Um dos momentos mais especiais para observar o fenômeno é no fim do dia, quando as chamas ganham um brilho alaranjado contra o céu escuro. Sheki: joia histórica no Cáucaso Saindo da capital e indo em direção ao interior, a cidade de Sheki é um dos destinos mais charmosos do Azerbaijão. Situada nas encostas das montanhas do Cáucaso, Sheki tem como um destaque o Palácio dos Khans, edifício do século XVIII famoso por seus vitrais coloridos e ornamentos elaborados. O palácio é uma obra-prima da arquitetura islâmica e um lugar imperdível para os amantes de história e arte. Além disso, a gastronomia local, com seus doces tradicionais como o sheki halva, oferece uma deliciosa pausa para os visitantes. Gabala e o Lago Nohur: natureza em estado puro Para quem deseja relaxar e se conectar com a natureza, a cidade de Gabala é a escolha ideal. Rodeada por montanhas e florestas, Gabala é o destino perfeito tanto para aventuras ao ar livre quanto para momentos de tranquilidade. O Lago Nohur é um dos lugares mais pitorescos, com águas azuis refletindo as montanhas ao redor. No inverno, as pistas de esqui de Gabala atraem turistas em busca de neve e diversão. Quba e Khinalug: vilarejos antigos nas alturas do Cáucaso Ao norte, a região de Quba revela o lado mais autêntico e intocado do Azerbaijão. O vilarejo de Khinalug, habitado continuamente por mais de 5 mil anos, é um dos mais antigos do m
Dos prédios da capital Baku aos cenários naturais do interior, país na Ásia Central é conhecido pelos contrastes Um dos grandes produtores de petróleo e gás natural do planeta, o Azerbaijão sempre foi uma escolha polêmica para sediar a 29ª conferência do clima da ONU (COP29), entre 11 e 22 de novembro. Mas não há grandes discussões quanto o potencial turístico deste país na Ásia Central, onde o visitante encontra cenários que combinam uma capital cheia de arranha-céus, estepes infinitas, cidades históricas e uma colina onde o fogo arde eternamente - o que, aliás, justifica o apelido de "Terra do fogo" do país. Do Rio à Antártida: conheça o navio com tecnologia para realizar expedições nos mares mais perigosos do mundo Turismo estético: como um dos países mais fechados do mundo virou 'Meca' da beleza na Europa Confira abaixo seis lugares do Azerbaijão que valem a viagem. Baku: capital das torres À primeira vista, Baku é uma dessas cidades onde arranha-céus envidraçados brotam e crescem irrigados pelo dinheiro da exploração econômica dos hidrocarbonetos. Mas um olhar mais aprofundado mostra que a capital azeri é mais que isso. O arrojado Centro Heydar Aliyev, projetado pela renomada arquiteta Zaha Hadid, é um dos destaques de Baku, capital do Azerbaijão Reprodução / gbella / Pixabay A arquitetura moderna chama a atenção, claro. De quase todos os pontos da cidade é possível observar as Flame Towers, três torres que chegam a 182 metros de altura e que abrigam apartamentos de luxo, escritórios, centros comerciais e um hotel cinco estrelas e foram projetados para lembrar chamas gigantes. Outro marco arquitetônico de Baku é o Centro Heydar Aliyev, projetado pela renomada arquiteta Zaha Hadid para abrigar uma galeria de exposições, um museu e um auditório. Seu nome é uma homenagem ao homem que governou o país de maneira quase ininterrupta entre 1969, quando ainda fazia parte da União Soviética, a 2003 - e pai do atual presidente, Ilham Aliyev. Mas Baku guarda também um precioso centro histórico, listado como Patrimônio Mundial pela Unesco. A Cidade Antiga murada remonta ao século XII e é conhecida como Icherisheher. Caminhar por suas ruas é uma viagem ao passado, onde se pode perceber a confluência de culturas que marca não apenas o Azerbaijão, mas toda a região da Ásia Central. A Torre da Donzela, um dos monumentos mais emblemáticos, guarda lendas antigas e oferece uma vista espetacular do Mar Cáspio. Qobustan: arte rupestre e vulcões de lama Pinturas rupestres no Parque Nacional de Qobustan, no Azerbaijão Reprodução / Wikimedia Commons A cerca de 60 km de Baku, o Parque Nacional de Qobustan é um tesouro arqueológico e geológico. As gravuras rupestres, que datam de dez mil anos, funcionam como janela para as primeiras civilizações humanas. Além disso, Qobustan é famoso pelos vulcões de lama, uma curiosidade natural que atrai visitantes de todo o mundo, que chegam para assistir à lama borbulhante emergir do solo. Yanar Dag: o fogo eterno do Azerbaijão Yanar Dag, a 'Montanha Ardente', é um dos fenômenos naturais mais curiosos do Azerbaijão, onde as chamas parecem brotar do solo, alimentadas pelo gás natural que vaza através da terra Reprodução / Wikimedia Commons Em nenhum outro lugar o apelido "Terra do Fogo" faz tanto sentido quanto em Yanar Dag, a "Montanha Ardente". Trata-se de um dos fenômenos naturais mais curiosos do Azerbaijão, onde as chamas parecem brotar do solo, alimentadas pelo gás natural que vaza através da terra. Este espetáculo acontece há milhares de anos e chegou a inspirar cultos ao fogo em diversas religiões antigas. Um dos momentos mais especiais para observar o fenômeno é no fim do dia, quando as chamas ganham um brilho alaranjado contra o céu escuro. Sheki: joia histórica no Cáucaso Saindo da capital e indo em direção ao interior, a cidade de Sheki é um dos destinos mais charmosos do Azerbaijão. Situada nas encostas das montanhas do Cáucaso, Sheki tem como um destaque o Palácio dos Khans, edifício do século XVIII famoso por seus vitrais coloridos e ornamentos elaborados. O palácio é uma obra-prima da arquitetura islâmica e um lugar imperdível para os amantes de história e arte. Além disso, a gastronomia local, com seus doces tradicionais como o sheki halva, oferece uma deliciosa pausa para os visitantes. Gabala e o Lago Nohur: natureza em estado puro Para quem deseja relaxar e se conectar com a natureza, a cidade de Gabala é a escolha ideal. Rodeada por montanhas e florestas, Gabala é o destino perfeito tanto para aventuras ao ar livre quanto para momentos de tranquilidade. O Lago Nohur é um dos lugares mais pitorescos, com águas azuis refletindo as montanhas ao redor. No inverno, as pistas de esqui de Gabala atraem turistas em busca de neve e diversão. Quba e Khinalug: vilarejos antigos nas alturas do Cáucaso Ao norte, a região de Quba revela o lado mais autêntico e intocado do Azerbaijão. O vilarejo de Khinalug, habitado continuamente por mais de 5 mil anos, é um dos mais antigos do mundo. Localizado a mais de 2.300 metros de altitude, o lugar oferece vistas panorâmicas impressionantes e a chance de conhecer um modo de vida que parece ter parado no tempo.
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