Visita de Xi Jinping ao Palácio da Alvorada tem tensão entre equipes e cochicho de Dilma com Alckmin; leia bastidores

Ao longo da via de acesso ao palácio presidencial havia um soldado armado a cada cem metros A visita do presidente da China, Xi Jinping, ao presidente Lula no Palácio da Alvorada foi marcada por um forte esquema de segurança, com presença de pelotões da Polícia do Exército nos arredores da residência oficial da Presidência brasileira. Reunidos em Brasília: Lula e Xi Jinping assinam 37 acordos, e Brasil não adere à Nova Rota da Seda Veja os acordos: Xi Jinping assina abertura do mercado chinês para quatro produtos agrícolas brasileiros, mas novos frigoríficos ficam fora Dentro, houve tensões entre as equipes dos dois mandatários e cochichos animados de dois antigos adversários políticos: o vice-presidente Geraldo Alckmin e a presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, ex-ocupando do Alvorada. Para garantir a segurança, as vias de acesso ao Alvorada foram fechadas. Jornalistas credenciados para fazer a cobertura tiveram que utilizar veículos da Presidência da República para chegar até a residência oficial. Relação completa: Veja a lista dos 37 acordos assinados entre o Brasil e a China Xin Jinping e sua comitiva estavam hospedados no Hotel Royal Tulip, que fica a apenas 500 metros do palácio. Hóspedes que vivem no local foram desalojados pela delegação chinesa. A única exceção foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que pôde continuar no hotel onde fica quando está em Brasília desde 2023. "Com o companheiro Lula e o brother Xi", escreveu o ministro nas redes sociais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumprimenta o presidente chinês, Xi Jinping Ricardo Stuckert Ao longo da via de acesso ao Alvorada havia um soldado armado a cada cem metros. Nos postes, foram intercalados banners verde-amarelo com materiais em vermelho. Pouco antes das 11h30, um pelotão de cerca de 15 militares do Exército percorreu o gramado que separa os palácios da Alvorada e do Jaburu, residência do vice-presidente. Na parte interna do Alvorada, as equipes brasileiras e chinesas tentavam acertar os detalhes, ora em inglês, ora em português, antes de dois chefes de estado descerem para a cerimônia de assinatura de acordos e de declaração à imprensa no salão de entrada do local. Um assessor permaneceu o tempo todo ao lado do púlpito onde Xi Jinping faria o seu pronunciamento. Até os dois copos d´água reservados ao presidente chinês foram servidos por sua equipe. Depois que Lula e Xin Jinping desceram para a cerimônia, ministros dos dois governadores se perfilam no mezanino para acompanhar as falas. Foi neste momento que o vice-presidente brasileiro e a presidente do Banco dos Brics engataram uma conversa ao pé do ouvido, que também teve a participação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Filiado na época ao PSDB, Alckmin, apesar de ter inicialmente resistido, apoiou em 2016 o impeachment de Dilma e chegou a participar de uma manifestação pelo seu afastamento na Avenida Paulista. Jornalistas foram insistentemente orientados a não interpelar os dois presidentes na saída ou na entrada da cerimônia. Assim que Lula e Xin Jinping deixaram o salão e subiram para o mezanino, um cinegrafista identificado como representante da imprensa chinesa tentou acompanhar, mas foi expulso do local de forma incisiva pela equipe de comunicação do governo brasileiro.

Nov 20, 2024 - 17:44
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Visita de Xi Jinping ao Palácio da Alvorada tem tensão entre equipes e cochicho de Dilma com Alckmin; leia bastidores

Ao longo da via de acesso ao palácio presidencial havia um soldado armado a cada cem metros A visita do presidente da China, Xi Jinping, ao presidente Lula no Palácio da Alvorada foi marcada por um forte esquema de segurança, com presença de pelotões da Polícia do Exército nos arredores da residência oficial da Presidência brasileira. Reunidos em Brasília: Lula e Xi Jinping assinam 37 acordos, e Brasil não adere à Nova Rota da Seda Veja os acordos: Xi Jinping assina abertura do mercado chinês para quatro produtos agrícolas brasileiros, mas novos frigoríficos ficam fora Dentro, houve tensões entre as equipes dos dois mandatários e cochichos animados de dois antigos adversários políticos: o vice-presidente Geraldo Alckmin e a presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, ex-ocupando do Alvorada. Para garantir a segurança, as vias de acesso ao Alvorada foram fechadas. Jornalistas credenciados para fazer a cobertura tiveram que utilizar veículos da Presidência da República para chegar até a residência oficial. Relação completa: Veja a lista dos 37 acordos assinados entre o Brasil e a China Xin Jinping e sua comitiva estavam hospedados no Hotel Royal Tulip, que fica a apenas 500 metros do palácio. Hóspedes que vivem no local foram desalojados pela delegação chinesa. A única exceção foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que pôde continuar no hotel onde fica quando está em Brasília desde 2023. "Com o companheiro Lula e o brother Xi", escreveu o ministro nas redes sociais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumprimenta o presidente chinês, Xi Jinping Ricardo Stuckert Ao longo da via de acesso ao Alvorada havia um soldado armado a cada cem metros. Nos postes, foram intercalados banners verde-amarelo com materiais em vermelho. Pouco antes das 11h30, um pelotão de cerca de 15 militares do Exército percorreu o gramado que separa os palácios da Alvorada e do Jaburu, residência do vice-presidente. Na parte interna do Alvorada, as equipes brasileiras e chinesas tentavam acertar os detalhes, ora em inglês, ora em português, antes de dois chefes de estado descerem para a cerimônia de assinatura de acordos e de declaração à imprensa no salão de entrada do local. Um assessor permaneceu o tempo todo ao lado do púlpito onde Xi Jinping faria o seu pronunciamento. Até os dois copos d´água reservados ao presidente chinês foram servidos por sua equipe. Depois que Lula e Xin Jinping desceram para a cerimônia, ministros dos dois governadores se perfilam no mezanino para acompanhar as falas. Foi neste momento que o vice-presidente brasileiro e a presidente do Banco dos Brics engataram uma conversa ao pé do ouvido, que também teve a participação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Filiado na época ao PSDB, Alckmin, apesar de ter inicialmente resistido, apoiou em 2016 o impeachment de Dilma e chegou a participar de uma manifestação pelo seu afastamento na Avenida Paulista. Jornalistas foram insistentemente orientados a não interpelar os dois presidentes na saída ou na entrada da cerimônia. Assim que Lula e Xin Jinping deixaram o salão e subiram para o mezanino, um cinegrafista identificado como representante da imprensa chinesa tentou acompanhar, mas foi expulso do local de forma incisiva pela equipe de comunicação do governo brasileiro.

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