Castro e Pedro Paulo trocam farpas nas redes e antecipam embate de 2026 entre governador e Paes

Chefe do Palácio Guanabara reagiu após entrevista de deputado ao GLOBO, e o acusou de ser 'ventríloquo'; em tréplica, aliado do prefeito do Rio resgatou episódio da 'mochila' O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) trocaram farpas nas redes sociais nesta segunda-feira, em uma antecipação do embate entre seus respectivos grupos políticos pelo Executivo estadual em 2026. Castro, atual chefe do Palácio Guanabara, chamou o aliado do prefeito Eduardo Paes (PSD) de "ventríloquo em busca de sobrevida", em reação a uma entrevista do deputado ao GLOBO com críticas ao governador. Na tréplica, Pedro Paulo acusou Castro de "perder a linha" e relembrou o episódio da "mochila", já explorado em campanhas eleitorais contra o governador. Na entrevista ao GLOBO, Pedro Paulo havia se referido a Castro como "fraco" e o acusou de "perder o controle do governo" devido a acordos com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Em meio às críticas a Castro, o deputado argumentou que Paes "terá que ser candidato" ao governo estadual em 2026, contra um nome alinhado ao PL e ao bolsonarismo. Castro reagiu com uma publicação na rede social X, o antigo Twitter, na qual elencou derrotas eleitorais e políticas de Pedro Paulo, incluindo a recente decisão de não concorrer a vice na chapa de Paes. "De expurgado pelas urnas em 2016, vetado em 2022 para ser ministro e, agora, abandonado no altar em 2024, ele surge como um ventríloquo em busca de sobrevida. Mas ele a gente já conhece: não tem história, não tem trajetória, não tem brilho e vive atrás de uma boquinha", diz a publicação na conta oficial do governador. Em resposta, Pedro Paulo acusou o governador de "sentir o golpe" e fez acusações veladas de corrupção, ao resgatar o episódio em que Castro foi filmado carregando uma mochila durante uma visita a um fornecedor da Fundação Leão XIII. Em delação premiada, Castro foi acusado de receber R$ 100 mil em propina na ocasião, o que ele nega; o governador já alegou que estava retornando de viagem aos Estados Unidos na ocasião e que carregava, na mochila, chocolates de presente para um amigo. "Se quiser baixar da linha de cintura, sem problema. Contamos as história dos M&M’s na sua famosa mochilinha e dos CNPJ’s em conjunto com aquele que manda nele", escreveu o parlamentar. Aliados de Castro também saíram em defesa do governador após as declarações de Pedro Paulo. O atual secretário estadual do Meio Ambiente, Bernardo Rossi (Solidariedade), acusou o deputado de não participar da articulação para uma solução ao endividamento do estado junto ao Congresso Nacional. "Vejo o governador Cláudio Castro enfrentando a dívida do estado do Rio de Janeiro, lutando em Brasília, e conta com diversos deputados federais. Mas não conta com você", criticou Rossi, alegando ainda que o deputado estaria "em Nova York agora".

Nov 11, 2024 - 13:32
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Castro e Pedro Paulo trocam farpas nas redes e antecipam embate de 2026 entre governador e Paes

Chefe do Palácio Guanabara reagiu após entrevista de deputado ao GLOBO, e o acusou de ser 'ventríloquo'; em tréplica, aliado do prefeito do Rio resgatou episódio da 'mochila' O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) trocaram farpas nas redes sociais nesta segunda-feira, em uma antecipação do embate entre seus respectivos grupos políticos pelo Executivo estadual em 2026. Castro, atual chefe do Palácio Guanabara, chamou o aliado do prefeito Eduardo Paes (PSD) de "ventríloquo em busca de sobrevida", em reação a uma entrevista do deputado ao GLOBO com críticas ao governador. Na tréplica, Pedro Paulo acusou Castro de "perder a linha" e relembrou o episódio da "mochila", já explorado em campanhas eleitorais contra o governador. Na entrevista ao GLOBO, Pedro Paulo havia se referido a Castro como "fraco" e o acusou de "perder o controle do governo" devido a acordos com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Em meio às críticas a Castro, o deputado argumentou que Paes "terá que ser candidato" ao governo estadual em 2026, contra um nome alinhado ao PL e ao bolsonarismo. Castro reagiu com uma publicação na rede social X, o antigo Twitter, na qual elencou derrotas eleitorais e políticas de Pedro Paulo, incluindo a recente decisão de não concorrer a vice na chapa de Paes. "De expurgado pelas urnas em 2016, vetado em 2022 para ser ministro e, agora, abandonado no altar em 2024, ele surge como um ventríloquo em busca de sobrevida. Mas ele a gente já conhece: não tem história, não tem trajetória, não tem brilho e vive atrás de uma boquinha", diz a publicação na conta oficial do governador. Em resposta, Pedro Paulo acusou o governador de "sentir o golpe" e fez acusações veladas de corrupção, ao resgatar o episódio em que Castro foi filmado carregando uma mochila durante uma visita a um fornecedor da Fundação Leão XIII. Em delação premiada, Castro foi acusado de receber R$ 100 mil em propina na ocasião, o que ele nega; o governador já alegou que estava retornando de viagem aos Estados Unidos na ocasião e que carregava, na mochila, chocolates de presente para um amigo. "Se quiser baixar da linha de cintura, sem problema. Contamos as história dos M&M’s na sua famosa mochilinha e dos CNPJ’s em conjunto com aquele que manda nele", escreveu o parlamentar. Aliados de Castro também saíram em defesa do governador após as declarações de Pedro Paulo. O atual secretário estadual do Meio Ambiente, Bernardo Rossi (Solidariedade), acusou o deputado de não participar da articulação para uma solução ao endividamento do estado junto ao Congresso Nacional. "Vejo o governador Cláudio Castro enfrentando a dívida do estado do Rio de Janeiro, lutando em Brasília, e conta com diversos deputados federais. Mas não conta com você", criticou Rossi, alegando ainda que o deputado estaria "em Nova York agora".

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