Caso Anic: técnico de informática, filha, filho e amante são denunciados por homicídio, extorsão e ocultação de cadáver

Mudança da denúncia do MP pode levar os acusados ao Tribunal do Juri A Promotoria de Investigação Penal de Petrópolis apresentou um aditamento ao juízo da 2ª Vara Criminal de Petrópolis, no último dia 12 de novembro, denunciando o técnico de informática Lourival Correa Netto Fatica, a filha dele Maria Luiza Vieira Fadiga, o filho Henrique Vieira Fadiga e a amante Rebecca Azevedo dos Santos por crimes de homicídio triplamente qualificado, extorsão e ocultação de cadáver, em relação à morte da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos. A vítima foi vista com vida pela última vez no dia 29 de fevereiro de 2024, ao sair a pé de um shopping, em Petrópolis, na Região Serrana. Caso Anic: relatório de investigação diz que acusado lavou dinheiro de resgate comprando cigarros eletrônicos O crime: relembre em ilustrações como advogada desapareceu, e corpo foi concretado na casa do assassino No dia 15 de agosto de 2024, o Ministério Público do Rio de Janeiro MPRJ) havia feito um primeiro aditamento incluindo os quatro denunciados em crimes de extorsão mediante sequestro seguida de homicídio. Caso o novo documento com tipificação atual dos crimes seja aceito pelo juízo da 2ª Vara Criminal, o quarteto, na prática, estaria livre de ser sentenciado diretamente por um juiz. Com a mudança da denúncia, caso pronunciados, eles serão julgados pelo Tribunal do Júri e uma condenação ou absolvição dependeria do corpo de jurados. No novo aditamento, o MPRJ diz, entre outras coisas, que Maria Luíza, não agiu apenas emprestando o seu nome para o pai para aquisição de bens com o produto do crime, entre eles 950 celulares comprados no Paraguai. Segundo a denúncia, há prova nos autos dando conta que a filha do técnico de informática tinha ciência e contribuiu para a execução da extorsão e do homicídio, planejado e idealizado pelo pai. Henrique, irmão de Maria Luíza é apontado como responsável pela aquisição e recebimento de parte dos dólares adquiridos para pagamento do resgate, estipulado por Lourival num valor total de R$ 4,6 milhões. O dinheiro foi entregue, mas Anic nunca mais retornou para casa. Já Rebecca é responsabilizada, entre outras coisas, por dar continuidade às atividades ilícitas de Lourival enquanto ele se encontrava preso, além de ocultar as provas do crime. De acordo com o MPRJ, uma análise da conta reversa de um dos telefones do técnico de informática, revela a existência de inúmeras ligações telefônicas entre todos ele e outros três denunciados em dias determinantes para execução do crime, ou seja, no dia 29 de fevereiro, quando ela desapareceu e no dia 11 de março de 2024 , data em que a última parte do pagamento do resgate foi feito. De acordo com investigação da 105ªDP (Petrópolis), no dia do desaparecimento de Anic, Lourival fez dez ligações de celular para a filha Maria Luíza. Na referida data, o acusado fez a mesma quantidade de ligações para o filho Henrique. Já para Rebecca, ele teria telefonado 17 vezes naquele mesmo dia. Ainda segundo o aditamento, durante a reconstituição (reprodução simulada) dos fatos, realizada em 23 de outubro de 2024, constatou-se ser muito provável a participação de pelo menos mais uma pessoa na ocultação do corpo de Anic. Isso porque foi demonstrado ser fisicamente inviável que Lourival executasse sozinho toda a ação de ocultação e concretagem do cadáver. Anic sumiu ao sair a pé de um shopping, no dia 29 de fevereiro de 2024, em Petrópolis, na Região Serrana. Segundo a polícia, ela teria entrado num carro dirigido por Lourival. O casal foi até um motel, em Itaipava. Lá, segundo confissão do técnico de informática, ele matou a vítima. O corpo de Anic foi encontrado horas após Lourival confessar o crime na 2ª Vara Criminal de Petrópolis, no dia 25 de setembro último. Na ocasião, ele contou ter concretado o cadáver da vítima na sapata da garagem da casa onde morava, em Teresópolis. Com a recuperação dos restos mortais, o resultado de um exame de necrópsia concluiu que a advogada morreu por asfixia mecânica, causada por estrangulamento no pescoço. O meio utilizado para a execução do crime, segundo o MPRJ, foi uma abraçadeira (fitilho plástico), popularmente conhecida como "enforca-gato", utilizado para lacrar embalagens e malotes.

Nov 14, 2024 - 05:05
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Caso Anic: técnico de informática, filha, filho e amante são denunciados por homicídio, extorsão e ocultação de cadáver

Mudança da denúncia do MP pode levar os acusados ao Tribunal do Juri A Promotoria de Investigação Penal de Petrópolis apresentou um aditamento ao juízo da 2ª Vara Criminal de Petrópolis, no último dia 12 de novembro, denunciando o técnico de informática Lourival Correa Netto Fatica, a filha dele Maria Luiza Vieira Fadiga, o filho Henrique Vieira Fadiga e a amante Rebecca Azevedo dos Santos por crimes de homicídio triplamente qualificado, extorsão e ocultação de cadáver, em relação à morte da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos. A vítima foi vista com vida pela última vez no dia 29 de fevereiro de 2024, ao sair a pé de um shopping, em Petrópolis, na Região Serrana. Caso Anic: relatório de investigação diz que acusado lavou dinheiro de resgate comprando cigarros eletrônicos O crime: relembre em ilustrações como advogada desapareceu, e corpo foi concretado na casa do assassino No dia 15 de agosto de 2024, o Ministério Público do Rio de Janeiro MPRJ) havia feito um primeiro aditamento incluindo os quatro denunciados em crimes de extorsão mediante sequestro seguida de homicídio. Caso o novo documento com tipificação atual dos crimes seja aceito pelo juízo da 2ª Vara Criminal, o quarteto, na prática, estaria livre de ser sentenciado diretamente por um juiz. Com a mudança da denúncia, caso pronunciados, eles serão julgados pelo Tribunal do Júri e uma condenação ou absolvição dependeria do corpo de jurados. No novo aditamento, o MPRJ diz, entre outras coisas, que Maria Luíza, não agiu apenas emprestando o seu nome para o pai para aquisição de bens com o produto do crime, entre eles 950 celulares comprados no Paraguai. Segundo a denúncia, há prova nos autos dando conta que a filha do técnico de informática tinha ciência e contribuiu para a execução da extorsão e do homicídio, planejado e idealizado pelo pai. Henrique, irmão de Maria Luíza é apontado como responsável pela aquisição e recebimento de parte dos dólares adquiridos para pagamento do resgate, estipulado por Lourival num valor total de R$ 4,6 milhões. O dinheiro foi entregue, mas Anic nunca mais retornou para casa. Já Rebecca é responsabilizada, entre outras coisas, por dar continuidade às atividades ilícitas de Lourival enquanto ele se encontrava preso, além de ocultar as provas do crime. De acordo com o MPRJ, uma análise da conta reversa de um dos telefones do técnico de informática, revela a existência de inúmeras ligações telefônicas entre todos ele e outros três denunciados em dias determinantes para execução do crime, ou seja, no dia 29 de fevereiro, quando ela desapareceu e no dia 11 de março de 2024 , data em que a última parte do pagamento do resgate foi feito. De acordo com investigação da 105ªDP (Petrópolis), no dia do desaparecimento de Anic, Lourival fez dez ligações de celular para a filha Maria Luíza. Na referida data, o acusado fez a mesma quantidade de ligações para o filho Henrique. Já para Rebecca, ele teria telefonado 17 vezes naquele mesmo dia. Ainda segundo o aditamento, durante a reconstituição (reprodução simulada) dos fatos, realizada em 23 de outubro de 2024, constatou-se ser muito provável a participação de pelo menos mais uma pessoa na ocultação do corpo de Anic. Isso porque foi demonstrado ser fisicamente inviável que Lourival executasse sozinho toda a ação de ocultação e concretagem do cadáver. Anic sumiu ao sair a pé de um shopping, no dia 29 de fevereiro de 2024, em Petrópolis, na Região Serrana. Segundo a polícia, ela teria entrado num carro dirigido por Lourival. O casal foi até um motel, em Itaipava. Lá, segundo confissão do técnico de informática, ele matou a vítima. O corpo de Anic foi encontrado horas após Lourival confessar o crime na 2ª Vara Criminal de Petrópolis, no dia 25 de setembro último. Na ocasião, ele contou ter concretado o cadáver da vítima na sapata da garagem da casa onde morava, em Teresópolis. Com a recuperação dos restos mortais, o resultado de um exame de necrópsia concluiu que a advogada morreu por asfixia mecânica, causada por estrangulamento no pescoço. O meio utilizado para a execução do crime, segundo o MPRJ, foi uma abraçadeira (fitilho plástico), popularmente conhecida como "enforca-gato", utilizado para lacrar embalagens e malotes.

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