Caso Ágatha Félix: veja como foi a votação do júri

Policial Rodrigo José de Matos Soares foi absolvido por crime acontecido em 2019 O julgamento do assassinato de Ágatha Félix, ocorrido em 2019, foi julgado na última sexta-feira (8) e teve como sentença a absolvição do policial Rodrigo José de Matos Soares. A decisão partiu da turma de jurados, composta por cinco homens e duas mulheres, após quase 13h de julgamento. 'Muita tristeza, indignação, mentiras e revolta': Mãe de Ágatha Felix desabafa após júri absolver PM pela morte da filha Hospedado em hotel de luxo: Um dos principais chefes do tráfico de Belo Horizonte é preso na Barra Ao todo, foram julgados seis quesitos pelo júri. Três receberam voto "sim" pelo grupo: se a causa da morte de Ágatha foi o ferimento à bala, se o autor do crime era de fato o PM Rodrigo José de Mato Soares e se ele deveria ser absolvido. Os demais foram avaliados como "prejudicado" (quando não é possível concluir): se o policial teve intenção de matar Ágatha, se o motivo do crime foi torpe e se a menina teve direito de defesa. Votos: Um dos fragmentos do disparo teve sua trajetória alterada atingindo Ágatha, o que lhe provocou as lesões que foram causa eficiente de sua morte? ( X ) SIM O denunciado Rodrigo José de Matos Soares é o autor desse disparo? ( X ) SIM O jurado absolve o acusado? ( X ) SIM O réu tinha a intenção de matar? ( X ) PREJUDICADO O crime foi cometido por motivo torpe, já que os disparos foram contra ocupantes de uma motocicleta que pareciam traficantes locais? ( X ) PREJUDICADO O crime dificultou a defesa das vítimas, já que o PM as surpreendeu, efetuando disparos de fuzil, em momento pacífico na localidade, com movimentação normal de pessoas e veículos? ( X ) PREJUDICADO Relembre o caso Ágatha Vitória Sales Félix tinha 8 anos quando foi morta no Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão. Ela foi atingida por fragmentos de bala enquanto estava sentada no banco traseiro de uma Kombi, no entroncamento da Rua Antônio Austregésilo com a Rua Nossa Senhora da Glória. A menina estava acompanha da mãe, a assistente operacional Vanessa Francisco Sales. Segundo a investigação da Polícia Civil, o disparo partiu de uma arma do cabo Rodrigo José de Matos Soares, que teria confundido dois homens numa moto com traficantes da localidade. Um dos tiros disparados ricocheteou num poste, entrou pela traseira da Kombi, rasgou o forro do assento e atingiu a menina. A perícia feita no projétil mostrou que um estilhaço causou a morte da menina, perfurando suas costas e saindo pelo tórax. O inquérito da Polícia Civil ainda revelou que não houve tiroteio no Complexo do Alemão naquela noite, ao contrário do que tinham informado os policiais da UPP Fazendinha. O policial militar chegou a participar da reconstituição da morte de Ágatha, dez dias depois do crime. Colegas de Soares ouvidos pela DH-Capital à época afirmaram que o cabo estava “sob forte tensão” no momento em que atirou devido à morte de um PM três dias antes, também no Alemão, e, por isso, fez os disparos. Após virar réu pelo crime, o cabo chegou a ficar três meses afastado, em licença para tratamento psiquiátrico. Na volta ao trabalho, em março de 2020, decisão da juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal, ele foi transferido da UPP pela PM e teve a suspensão parcial da função de policial militar, ficando assim autorizado apenas a executar trabalhos internos.

Nov 11, 2024 - 09:58
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Caso Ágatha Félix: veja como foi a votação do júri

Policial Rodrigo José de Matos Soares foi absolvido por crime acontecido em 2019 O julgamento do assassinato de Ágatha Félix, ocorrido em 2019, foi julgado na última sexta-feira (8) e teve como sentença a absolvição do policial Rodrigo José de Matos Soares. A decisão partiu da turma de jurados, composta por cinco homens e duas mulheres, após quase 13h de julgamento. 'Muita tristeza, indignação, mentiras e revolta': Mãe de Ágatha Felix desabafa após júri absolver PM pela morte da filha Hospedado em hotel de luxo: Um dos principais chefes do tráfico de Belo Horizonte é preso na Barra Ao todo, foram julgados seis quesitos pelo júri. Três receberam voto "sim" pelo grupo: se a causa da morte de Ágatha foi o ferimento à bala, se o autor do crime era de fato o PM Rodrigo José de Mato Soares e se ele deveria ser absolvido. Os demais foram avaliados como "prejudicado" (quando não é possível concluir): se o policial teve intenção de matar Ágatha, se o motivo do crime foi torpe e se a menina teve direito de defesa. Votos: Um dos fragmentos do disparo teve sua trajetória alterada atingindo Ágatha, o que lhe provocou as lesões que foram causa eficiente de sua morte? ( X ) SIM O denunciado Rodrigo José de Matos Soares é o autor desse disparo? ( X ) SIM O jurado absolve o acusado? ( X ) SIM O réu tinha a intenção de matar? ( X ) PREJUDICADO O crime foi cometido por motivo torpe, já que os disparos foram contra ocupantes de uma motocicleta que pareciam traficantes locais? ( X ) PREJUDICADO O crime dificultou a defesa das vítimas, já que o PM as surpreendeu, efetuando disparos de fuzil, em momento pacífico na localidade, com movimentação normal de pessoas e veículos? ( X ) PREJUDICADO Relembre o caso Ágatha Vitória Sales Félix tinha 8 anos quando foi morta no Morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão. Ela foi atingida por fragmentos de bala enquanto estava sentada no banco traseiro de uma Kombi, no entroncamento da Rua Antônio Austregésilo com a Rua Nossa Senhora da Glória. A menina estava acompanha da mãe, a assistente operacional Vanessa Francisco Sales. Segundo a investigação da Polícia Civil, o disparo partiu de uma arma do cabo Rodrigo José de Matos Soares, que teria confundido dois homens numa moto com traficantes da localidade. Um dos tiros disparados ricocheteou num poste, entrou pela traseira da Kombi, rasgou o forro do assento e atingiu a menina. A perícia feita no projétil mostrou que um estilhaço causou a morte da menina, perfurando suas costas e saindo pelo tórax. O inquérito da Polícia Civil ainda revelou que não houve tiroteio no Complexo do Alemão naquela noite, ao contrário do que tinham informado os policiais da UPP Fazendinha. O policial militar chegou a participar da reconstituição da morte de Ágatha, dez dias depois do crime. Colegas de Soares ouvidos pela DH-Capital à época afirmaram que o cabo estava “sob forte tensão” no momento em que atirou devido à morte de um PM três dias antes, também no Alemão, e, por isso, fez os disparos. Após virar réu pelo crime, o cabo chegou a ficar três meses afastado, em licença para tratamento psiquiátrico. Na volta ao trabalho, em março de 2020, decisão da juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal, ele foi transferido da UPP pela PM e teve a suspensão parcial da função de policial militar, ficando assim autorizado apenas a executar trabalhos internos.

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