Bolsonaro critica Enem por menção a questões sociais: 'agenda woke' e 'doutrinação ideológica'
Ex-presidente questionou abordagens relacionadas ao movimento Black Lives Matter, às mudanças climáticas e ao capitalismo O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a prova do Enem 2024, realizada por estudantes brasileiros neste domingo (3), pela abordagem de questões sociais. Em uma publicação no X, ele associou o exame feito pelo governo Lula à imposição de uma "doutrinação ideológica" e da agenda "woke" — expressão em inglês que significa "desperto", mas é usada por conservadores para se referir a pautas liberais e de esquerda. Vingança, pesca ilegal, oito acusados: Saiba tudo sobre o inquérito que indiciou Colômbia pela morte de Bruno e Dom Embaixador, Marina, Alckmin: Descubra quem são os favoritos do governo Lula para a presidência da COP30 No post, o presidente fez referência a uma matéria publicada na Revista Oeste com a foto de Lula e do ministro da Educação, Camilo Santana. O texto menciona que a prova deste ano incluiu menções ao movimento Black Lives Matter, às mudanças climáticas e críticas ao capitalismo. Em resposta, Bolsonaro disse que "a doutrinação ideológica que o sistema acusava os outros de fazerem segue agora mais forte que nunca na gestão do filho que alçaram ao poder". Initial plugin text Ele também afirmou que "a forma de pensar dos nossos jovens" estaria sendo influenciada pela "agenda woke", termo usado pejorativamente por políticos conservadores dos Estados Unidos para criticar as discussões feitas por grupos progressistas de temas sociais, como racismo, crise climática e direitos da população LGBT+. Nas eleições presidenciais deste ano, por exemplo, a expressão virou munição para apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump contra a adversária democrata Kamala Harris. A referência é repetida por Bolsonaro que, na publicação no X, escreve que "os progressistas agradecem o subdesenvolvimento dos países que impõem suas vontades exatamente para impedir que possam prosperar". "Vamos de democracia mais forte e mais inabalável", completou ele. Enem deixa de fora o agronegócio Após ser alvo de críticas de nomes ligados ao agronegócio em 2023, a edição deste ano evitou o tema na prova de linguagens e ciências humanas. Em 2023, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) chegou a pedir a anulação de três questões que afirmou serem "de cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico". Uma das perguntas alvo de controvérsia em 2023 abordava fatores negativos do impacto do agronegócio no Cerrado, com menções a "superexploração dos trabalhadores". Outra questão relacionava o avanço da cultura da soja e o desmatamento na Amazônia. Uma terceira discorria sobre viagens espaciais e era acompanhada de uma tirinha na qual um astronauta se dirige a um extraterrestre. O alienígena segura a imagem de um indígena que diz: "Acredite em mim. Não confie nesse pessoal". No ano passado, a FPA afirmou que as perguntas sobre agronegócio eram "mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica". Ainda segundo a frente parlamentar, as questões se caracterizavam como "negacionismo científico" em oposição a um setor que traz "a segurança alimentar ao Brasil e ao mundo".
Ex-presidente questionou abordagens relacionadas ao movimento Black Lives Matter, às mudanças climáticas e ao capitalismo O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a prova do Enem 2024, realizada por estudantes brasileiros neste domingo (3), pela abordagem de questões sociais. Em uma publicação no X, ele associou o exame feito pelo governo Lula à imposição de uma "doutrinação ideológica" e da agenda "woke" — expressão em inglês que significa "desperto", mas é usada por conservadores para se referir a pautas liberais e de esquerda. Vingança, pesca ilegal, oito acusados: Saiba tudo sobre o inquérito que indiciou Colômbia pela morte de Bruno e Dom Embaixador, Marina, Alckmin: Descubra quem são os favoritos do governo Lula para a presidência da COP30 No post, o presidente fez referência a uma matéria publicada na Revista Oeste com a foto de Lula e do ministro da Educação, Camilo Santana. O texto menciona que a prova deste ano incluiu menções ao movimento Black Lives Matter, às mudanças climáticas e críticas ao capitalismo. Em resposta, Bolsonaro disse que "a doutrinação ideológica que o sistema acusava os outros de fazerem segue agora mais forte que nunca na gestão do filho que alçaram ao poder". Initial plugin text Ele também afirmou que "a forma de pensar dos nossos jovens" estaria sendo influenciada pela "agenda woke", termo usado pejorativamente por políticos conservadores dos Estados Unidos para criticar as discussões feitas por grupos progressistas de temas sociais, como racismo, crise climática e direitos da população LGBT+. Nas eleições presidenciais deste ano, por exemplo, a expressão virou munição para apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump contra a adversária democrata Kamala Harris. A referência é repetida por Bolsonaro que, na publicação no X, escreve que "os progressistas agradecem o subdesenvolvimento dos países que impõem suas vontades exatamente para impedir que possam prosperar". "Vamos de democracia mais forte e mais inabalável", completou ele. Enem deixa de fora o agronegócio Após ser alvo de críticas de nomes ligados ao agronegócio em 2023, a edição deste ano evitou o tema na prova de linguagens e ciências humanas. Em 2023, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) chegou a pedir a anulação de três questões que afirmou serem "de cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico". Uma das perguntas alvo de controvérsia em 2023 abordava fatores negativos do impacto do agronegócio no Cerrado, com menções a "superexploração dos trabalhadores". Outra questão relacionava o avanço da cultura da soja e o desmatamento na Amazônia. Uma terceira discorria sobre viagens espaciais e era acompanhada de uma tirinha na qual um astronauta se dirige a um extraterrestre. O alienígena segura a imagem de um indígena que diz: "Acredite em mim. Não confie nesse pessoal". No ano passado, a FPA afirmou que as perguntas sobre agronegócio eram "mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica". Ainda segundo a frente parlamentar, as questões se caracterizavam como "negacionismo científico" em oposição a um setor que traz "a segurança alimentar ao Brasil e ao mundo".
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