BNDES captará R$ 4 bi junto ao Banco de Desenvolvimento da China, pela primeira vez em moeda chinesa
Banco de fomento brasileiro vem anunciando acordos de captação desde o início da cúpula do G20, no Rio, na segunda-feira O BNDES captará o equivalente a cerca de R$ 4 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês). O contrato de captação com o CDB, inédito porque é um empréstimo na moeda chinesa, está na lista de 37 acordos entre Brasil e China, anunciados nesta quarta-feira, por conta da visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília. Reunidos em Brasília: Lula e Xi Jinping assinam 37 acordos, e Brasil não adere à Nova Rota da Seda Veja os acordos: Xi Jinping assina abertura do mercado chinês para quatro produtos agrícolas brasileiros, mas novos frigoríficos ficam fora Na moeda chinesa, o valor da captação é de 5 bilhões de yuans. Como as demais captações no exterior que o BNDES costuma fazer, o empréstimo, que tem prazo de até três anos, vai compor seu funding, ampliando sua capacidade de emprestar, num momento em que há perspectivas de restrições no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte. Os recursos serão destinados ao financiamento de diversos setores da economia brasileira. Menos dólar, mais moedas locais O fato de que o empréstimo é na moeda chinesa é aderente à estratégia diplomática do Brasil de promover uma redução da dependência do dólar para as transações financeiras e comercias. Desde o ano passado, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva vem defendendo essa estratégia. O tema é discutido no âmbito do Brics, que reúne Brasil e China, e outros países emergentes. Defesa: BNDES libera R$ 600 milhões para exportação de aviões da Embraer para o Paraguai Em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o banco brasileiro tem intensificado sua atuação internacional, buscando maior aproximação com diversas instituições de fomento para diversificar o funding e ampliar os investimentos no Brasil. “A parceria do banco com a China é histórica, desde 1997, resultando em cooperação em projetos de interesse da China e do Brasil. O empréstimo em moeda chinesa é um passo importante para diversificar as opções dos empresários brasileiros, sobretudo aos exportadores, porque tem a proteção cambial natural decorrente de suas exportações”, diz Mercadante na nota. Ano passado, o banco de fomento brasileiro já havia anunciado a captação de US$ 500 milhões junto ao seu par chinês. Outros acordos de captação Xi fez a visita de Estado a Brasília após participar da reunião de cúpula de chefes de Estado do G20, o grupo das maiores economias do mundo, que terminou na terça-feira, no Rio. A captação do BNDES junto ao CDB se soma a outros acordos bilionários anunciados pelo banco de fomento brasileiro, em paralelo ao encontro do G20. Na terça-feira, o BNDES anunciou a captação de R$ 2,7 bilhões (cerca de US$ 470 milhões) junto ao CAF, banco multilateral de países da América Latina. Também no último dia da cúpula do G20, foi anunciado R$ 1,2 bilhão (pouco menos de US$ 200 milhões) captados junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), instituição de fomento da França. Ainda na segunda-feira, o BNDES assinou um memorando de entendimentos com o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), instituição multilateral da qual a China é a principal cotista, para a captação de R$ 16,7 bilhões. “O objetivo do memorando é complementar o financiamento de projetos alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC. No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setores de infraestrutura de transporte, conectividade energética e digital, água e saneamento”, informou o BNDES numa nota divulgada na segunda-feira.
Banco de fomento brasileiro vem anunciando acordos de captação desde o início da cúpula do G20, no Rio, na segunda-feira O BNDES captará o equivalente a cerca de R$ 4 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês). O contrato de captação com o CDB, inédito porque é um empréstimo na moeda chinesa, está na lista de 37 acordos entre Brasil e China, anunciados nesta quarta-feira, por conta da visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília. Reunidos em Brasília: Lula e Xi Jinping assinam 37 acordos, e Brasil não adere à Nova Rota da Seda Veja os acordos: Xi Jinping assina abertura do mercado chinês para quatro produtos agrícolas brasileiros, mas novos frigoríficos ficam fora Na moeda chinesa, o valor da captação é de 5 bilhões de yuans. Como as demais captações no exterior que o BNDES costuma fazer, o empréstimo, que tem prazo de até três anos, vai compor seu funding, ampliando sua capacidade de emprestar, num momento em que há perspectivas de restrições no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte. Os recursos serão destinados ao financiamento de diversos setores da economia brasileira. Menos dólar, mais moedas locais O fato de que o empréstimo é na moeda chinesa é aderente à estratégia diplomática do Brasil de promover uma redução da dependência do dólar para as transações financeiras e comercias. Desde o ano passado, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva vem defendendo essa estratégia. O tema é discutido no âmbito do Brics, que reúne Brasil e China, e outros países emergentes. Defesa: BNDES libera R$ 600 milhões para exportação de aviões da Embraer para o Paraguai Em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o banco brasileiro tem intensificado sua atuação internacional, buscando maior aproximação com diversas instituições de fomento para diversificar o funding e ampliar os investimentos no Brasil. “A parceria do banco com a China é histórica, desde 1997, resultando em cooperação em projetos de interesse da China e do Brasil. O empréstimo em moeda chinesa é um passo importante para diversificar as opções dos empresários brasileiros, sobretudo aos exportadores, porque tem a proteção cambial natural decorrente de suas exportações”, diz Mercadante na nota. Ano passado, o banco de fomento brasileiro já havia anunciado a captação de US$ 500 milhões junto ao seu par chinês. Outros acordos de captação Xi fez a visita de Estado a Brasília após participar da reunião de cúpula de chefes de Estado do G20, o grupo das maiores economias do mundo, que terminou na terça-feira, no Rio. A captação do BNDES junto ao CDB se soma a outros acordos bilionários anunciados pelo banco de fomento brasileiro, em paralelo ao encontro do G20. Na terça-feira, o BNDES anunciou a captação de R$ 2,7 bilhões (cerca de US$ 470 milhões) junto ao CAF, banco multilateral de países da América Latina. Também no último dia da cúpula do G20, foi anunciado R$ 1,2 bilhão (pouco menos de US$ 200 milhões) captados junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), instituição de fomento da França. Ainda na segunda-feira, o BNDES assinou um memorando de entendimentos com o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), instituição multilateral da qual a China é a principal cotista, para a captação de R$ 16,7 bilhões. “O objetivo do memorando é complementar o financiamento de projetos alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC. No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setores de infraestrutura de transporte, conectividade energética e digital, água e saneamento”, informou o BNDES numa nota divulgada na segunda-feira.
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