Argentina na Aliança Global contra a Fome: ‘Aderimos com princípios próprios’, dizem fontes do governo Milei

Condição da Casa Rosada era “encontrar fórmula criativa” para contar com apoio do governo Milei A Argentina aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza que foi lançada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O país, liderado pelo ultraliberal Javier Milei, que teve confrontos com o petista, anunciou a adesão após não constar de uma lista de 81 nações que se uniram à iniciativa emblemática da presidência brasileira do G20. Naquele momento, uma fonte da Presidência brasileira disse à AFP que "sua adesão está em negociação". Primeiro dia: Lula recebe Biden, Milei, Xi e Macron no MAM para início da cúpula dos líderes do G20 Foco em conflitos: Biden insta líderes a apoiar soberania da Ucrânia e 'aumentar pressão' sobre o Hamas durante cúpula do G20 Alguns dias antes da cúpula de presidentes e chefes de Governo do G20, no Rio, altos representantes do governo de Javier Milei avisaram a interlocutores do governo Lula que as propostas da presidência brasileira no G20, entre elas a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, tinham “linhas vermelhas” que a Argentina não podia atravessar. Uma dessas linhas vermelhas eram menções à agenda 2030 das Nações Unidas. Esses mesmos representantes da Casa Rosada disseram a negociadores brasileiros que seria necessário encontrar “fórmulas criativas” para que a Argentina de Milei aderisse à aliança, o que, finalmente, aconteceu nesta segunda-feira. Após confirmaram a incorporação da Argentina à lista de mais de 80 países que aderiram à iniciativa, um negociador argentinos explicou a mudança de posição: “Aderimos com nossos próprios princípios e fundamentos sobre macroeconomia estável, condições de investimento e geração de emprego.” Bastidor: Países do G7 pressionam, mas Brasil resiste em reabrir texto da declaração do G20 sobre guerra na Ucrânia A Argentina de Milei tem sua própria versão para explicar por que o presidente argentino decidiu apoio a principal proposta de Lula na cúpula do Rio. Houve, em palavras dos argentinos, “um esforço para encontrar a criatividade que era necessária para contar com a adesão da Argentina”. Ou seja, o relato da Casa Rosada é de que suas demandas foram aceitas, priorizando a adesão de um país vizinho e de peso na região. Outra fonte do governo argentino disse que “a aliança é flexível, e cada país poderá escolher sua forma de adesão”.

Nov 18, 2024 - 13:25
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Argentina na Aliança Global contra a Fome: ‘Aderimos com princípios próprios’, dizem fontes do governo Milei

Condição da Casa Rosada era “encontrar fórmula criativa” para contar com apoio do governo Milei A Argentina aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza que foi lançada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O país, liderado pelo ultraliberal Javier Milei, que teve confrontos com o petista, anunciou a adesão após não constar de uma lista de 81 nações que se uniram à iniciativa emblemática da presidência brasileira do G20. Naquele momento, uma fonte da Presidência brasileira disse à AFP que "sua adesão está em negociação". Primeiro dia: Lula recebe Biden, Milei, Xi e Macron no MAM para início da cúpula dos líderes do G20 Foco em conflitos: Biden insta líderes a apoiar soberania da Ucrânia e 'aumentar pressão' sobre o Hamas durante cúpula do G20 Alguns dias antes da cúpula de presidentes e chefes de Governo do G20, no Rio, altos representantes do governo de Javier Milei avisaram a interlocutores do governo Lula que as propostas da presidência brasileira no G20, entre elas a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, tinham “linhas vermelhas” que a Argentina não podia atravessar. Uma dessas linhas vermelhas eram menções à agenda 2030 das Nações Unidas. Esses mesmos representantes da Casa Rosada disseram a negociadores brasileiros que seria necessário encontrar “fórmulas criativas” para que a Argentina de Milei aderisse à aliança, o que, finalmente, aconteceu nesta segunda-feira. Após confirmaram a incorporação da Argentina à lista de mais de 80 países que aderiram à iniciativa, um negociador argentinos explicou a mudança de posição: “Aderimos com nossos próprios princípios e fundamentos sobre macroeconomia estável, condições de investimento e geração de emprego.” Bastidor: Países do G7 pressionam, mas Brasil resiste em reabrir texto da declaração do G20 sobre guerra na Ucrânia A Argentina de Milei tem sua própria versão para explicar por que o presidente argentino decidiu apoio a principal proposta de Lula na cúpula do Rio. Houve, em palavras dos argentinos, “um esforço para encontrar a criatividade que era necessária para contar com a adesão da Argentina”. Ou seja, o relato da Casa Rosada é de que suas demandas foram aceitas, priorizando a adesão de um país vizinho e de peso na região. Outra fonte do governo argentino disse que “a aliança é flexível, e cada país poderá escolher sua forma de adesão”.

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