Escala 6x1: tema atinge pico de engajamento nas redes com memes críticos a deputados contrários a medida

Assunto chegou a superar menções a Lula e Bolsonaro, e parlamentares de esquerda foram campeões em interações A mobilização pelo fim da escala 6×1 nas redes sociais fez com que o parlamento cedesse à pressão e atingisse o número de 171 assinaturas para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja discutida no Congresso Nacional. O tema chegou ao máximo de engajamento na última segunda-feira (11), capitaneado por perfis de deputados e até de “fofoca”, além da hashtag #fimdaescala6x1, segundo o relatório apresentado pelo Instituto Democracia em Xeque. Dono da Havan: Luciano Hang defende escala 6x1 e recebe críticas de ex-colaboradores Veja também: Bolsonaro e oposição usam ofensa de Janja a Musk como munição contra primeira-dama Em voga nas redes sociais, o assunto chegou a superar em número de menções o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os perfis com mais curtidas e comentários foram: Alfinetei, Nikolas Ferreira (PL-MG), Mídia NINJA, Henrique Lopes (Gina Indelicada) e a deputada federal Erika Hilton (PSOL-RJ), autora do projeto. Perfis com mais engajamento no assunto "fim da escala 6x1" Reprodução Já as contas com mais interações (soma de curtidas, comentários e compartilhamentos), apenas no rol de congressistas, é predominantemente de deputados de esquerda. Além de Erika, os psolistas Sâmia Bomfim, Guilherme Boulos e Glauber Braga fazem parte da listagem. A exceção é o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO), único contrário à proposta entre os cinco primeiros. “As narrativas se voltaram também contra os deputados federais contrários a proposta, resumida no meme 'quem trabalha na escala 3×4 não pode votar contra o fim da escala 6×1'”, explica o Instituto. Curtidas, comentários e compartilhamentos: tudo isso conta na hora de definir os perfis mais engajados. Reprodução/redes sociais Entre as hashtags mais repercutidas, a maioria gira em torno do #fimdaescala6x1. No entanto, a discussão não se limitou ao Congresso e subiu a rampa do Planalto com os dizeres: “Lula investe no povo”. No quesito “contas mais citadas por post”, Erika encabeça mais uma vez, seguida de perto pelo idealizador do projeto, o vereador Rick Azevedo (PSOL), recém-eleito pela capital Fluminense. Na sequência, figura o perfil do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) — que reúne os ideais da luta pela mudança na jornada de trabalho. “Vários canais de 'fofoca' noticiaram o tema, expondo o posicionamento de influenciadores famosos sobre o tema”, diz um trecho do documento. Ainda de acordo com a análise sobre os usuários das plataformas, o assunto extrapolou para outras comunidades digitais, como a de Games e Saúde Mental. Análise do Instituto Democracia em Xeque indica que tema atingiu páginas de "fofoca", Games e Saúde Mental. Reprodução Os dados analisados pelo Democracia em Xeque foram obtidos nas redes sociais Facebook, Instagram, YouTube, X, Tiktok e Kwai, no período correspondente aos dias 14 de outubro e 12 de novembro. O ponto alto de interações nas redes sociais foi nesta segunda-feira (11) Reprodução Entenda a PEC Mais do que pôr fim à jornada de trabalho 6×1, com apenas uma folga na semana, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) quer emplacar no Congresso reduziria o limite de horas semanais trabalhadas no Brasil. Até a semana passada, 194 parlamentares deram aval à tramitação da proposta de Érika. O marco representa que a proposta irá tramitar. Após o recolhimento das assinaturas, o texto precisa ser enviado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, hoje presidido pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). A parlamentar é responsável por decidir os projetos que entram na pauta de cada sessão. Na proposição protocolada no Congresso em 1º de maio, Dia do Trabalhador, a parlamentar defende que o país adote a jornada de trabalho de quatro dias, e prevê mudanças no número de horas trabalhadas. Após a aprovação na CCJ, a responsabilidade passa para o presidente da Câmara, que determina a criação de uma comissão especial para analisar a pauta. São as lideranças partidárias que indicam os participantes do grupo, que analisa o conteúdo do texto e decide pela aprovação ou reprovação.

Nov 18, 2024 - 13:25
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Escala 6x1: tema atinge pico de engajamento nas redes com memes críticos a deputados contrários a medida

Assunto chegou a superar menções a Lula e Bolsonaro, e parlamentares de esquerda foram campeões em interações A mobilização pelo fim da escala 6×1 nas redes sociais fez com que o parlamento cedesse à pressão e atingisse o número de 171 assinaturas para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja discutida no Congresso Nacional. O tema chegou ao máximo de engajamento na última segunda-feira (11), capitaneado por perfis de deputados e até de “fofoca”, além da hashtag #fimdaescala6x1, segundo o relatório apresentado pelo Instituto Democracia em Xeque. Dono da Havan: Luciano Hang defende escala 6x1 e recebe críticas de ex-colaboradores Veja também: Bolsonaro e oposição usam ofensa de Janja a Musk como munição contra primeira-dama Em voga nas redes sociais, o assunto chegou a superar em número de menções o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os perfis com mais curtidas e comentários foram: Alfinetei, Nikolas Ferreira (PL-MG), Mídia NINJA, Henrique Lopes (Gina Indelicada) e a deputada federal Erika Hilton (PSOL-RJ), autora do projeto. Perfis com mais engajamento no assunto "fim da escala 6x1" Reprodução Já as contas com mais interações (soma de curtidas, comentários e compartilhamentos), apenas no rol de congressistas, é predominantemente de deputados de esquerda. Além de Erika, os psolistas Sâmia Bomfim, Guilherme Boulos e Glauber Braga fazem parte da listagem. A exceção é o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO), único contrário à proposta entre os cinco primeiros. “As narrativas se voltaram também contra os deputados federais contrários a proposta, resumida no meme 'quem trabalha na escala 3×4 não pode votar contra o fim da escala 6×1'”, explica o Instituto. Curtidas, comentários e compartilhamentos: tudo isso conta na hora de definir os perfis mais engajados. Reprodução/redes sociais Entre as hashtags mais repercutidas, a maioria gira em torno do #fimdaescala6x1. No entanto, a discussão não se limitou ao Congresso e subiu a rampa do Planalto com os dizeres: “Lula investe no povo”. No quesito “contas mais citadas por post”, Erika encabeça mais uma vez, seguida de perto pelo idealizador do projeto, o vereador Rick Azevedo (PSOL), recém-eleito pela capital Fluminense. Na sequência, figura o perfil do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) — que reúne os ideais da luta pela mudança na jornada de trabalho. “Vários canais de 'fofoca' noticiaram o tema, expondo o posicionamento de influenciadores famosos sobre o tema”, diz um trecho do documento. Ainda de acordo com a análise sobre os usuários das plataformas, o assunto extrapolou para outras comunidades digitais, como a de Games e Saúde Mental. Análise do Instituto Democracia em Xeque indica que tema atingiu páginas de "fofoca", Games e Saúde Mental. Reprodução Os dados analisados pelo Democracia em Xeque foram obtidos nas redes sociais Facebook, Instagram, YouTube, X, Tiktok e Kwai, no período correspondente aos dias 14 de outubro e 12 de novembro. O ponto alto de interações nas redes sociais foi nesta segunda-feira (11) Reprodução Entenda a PEC Mais do que pôr fim à jornada de trabalho 6×1, com apenas uma folga na semana, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) quer emplacar no Congresso reduziria o limite de horas semanais trabalhadas no Brasil. Até a semana passada, 194 parlamentares deram aval à tramitação da proposta de Érika. O marco representa que a proposta irá tramitar. Após o recolhimento das assinaturas, o texto precisa ser enviado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, hoje presidido pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). A parlamentar é responsável por decidir os projetos que entram na pauta de cada sessão. Na proposição protocolada no Congresso em 1º de maio, Dia do Trabalhador, a parlamentar defende que o país adote a jornada de trabalho de quatro dias, e prevê mudanças no número de horas trabalhadas. Após a aprovação na CCJ, a responsabilidade passa para o presidente da Câmara, que determina a criação de uma comissão especial para analisar a pauta. São as lideranças partidárias que indicam os participantes do grupo, que analisa o conteúdo do texto e decide pela aprovação ou reprovação.

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