Entrevista: Presidente do PL-RJ diz que Paes é ingrato com Castro e que críticas são oportunistas
Altineu Côrtes atribui ataques do prefeito a projeto eleitoral para 2026 e considera Flávio e Eduardo, filhos de Jair Bolsonaro, como sucessores naturais do ex-presidente Presidente do Partido Liberal (PL) no Rio de Janeiro, o deputado Altineu Côrtes afirmou, em entrevista ao GLOBO, que o prefeito Eduardo Paes (PSD) é ingrato com o governador Cláudio Castro (PL) e que as críticas à sua gestão são "oportunistas". Segundo o parlamentar, Castro sempre ajudou a capital do estado. Ele ainda atribui ataques do prefeito a projeto eleitoral para 2026 e considera Flávio e Eduardo, filhos de Jair Bolsonaro, como sucessores naturais do ex-presidente. Entrevista: ‘Eleição de Trump joga água no moinho da extrema direita’, diz André Singer, que já foi porta-voz de Lula Polarização de gêneros: voto masculino impulsiona conservadores em países como Brasil, Estados Unidos e Argentina Leia a entrevista completa abaixo: Como senhor encarou as críticas do deputado Pedro Paulo, presidente estadual do PSD, que chamou o governador Cláudio Castro de “fraco” ? Apesar de a eleição ser em 2026, ele está em uma agenda eleitoral oportunista, covarde. O governador sempre atendeu o prefeito do Rio com muito respeito, sempre muito benevolente. Com a concessão da Cedae, a cidade do Rio foi a que mais se beneficiou. E o Pedro Paulo sabe da luta do governador para rever a dívida do estado, tudo que fez para colocar o Rio no Regime de Recuperação Fiscal, ele acompanha essas matérias em Brasília. A que atribuiu as declarações? Tenho certeza que ele está fazendo um papel a mando do Eduardo Paes para aquecer essa disputa eleitoral que vai vir em 2026. Está sendo usado. O PL pretende ter candidato à sucessão de Castro? Nosso objetivo é unir os partidos aliados: PL, PP, MDB, União Brasil, Solidariedade e Republicanos — que, juntos, têm 75 das 92 prefeituras. Temos que decidir o futuro juntos. O PL não precisa ter candidato a governador nem a vice-governador, o desenho passa por ter as duas vagas para o Senado. Mas quem seria um possível candidato? Faltam quadros. Acredito muito na força da construção de partidos, ao contrário do prefeito Eduardo Paes, que tem uma política só de um grupo pessoal. Acredito que essa força nos leva à vitória em 2026. O presidente da Assembleia, Rodrigo Bacellar, já colocou um desejo de ser candidato. Tem o Washington Reis, que demonstrou uma força política muito grande. O nome se constrói, mas nossa fortaleza é a unidade. O grupo do prefeito Eduardo Paes fala em atrair PP e MDB. Teme que ele chegue favorito e essas siglas pulem para lá? Acho que não, porque ganhar com o Eduardo, para os partidos, é ganhar perdendo. Ninguém cai nessa. Todos têm incômodo com Paes, que não constrói política de conciliação partidária. Faz uma política do “eu sozinho”, é o estilo dele. Falo por conhecimento próprio: antes de Bolsonaro entrar no PL, fiz a aliança que Paes precisava para vencer em 2020, indiquei o vice. Os procedimentos, depois, não são os que ele combina. Acordos nacionais também vão nos ajudar a fortalecer essa unidade. O senhor já tentou associar o endividamento do estado ao Paes, por causa da Olimpíada, mas ele era prefeito. Governadores sempre olharam apenas a questão momentânea, mas Castro está mirando a origem da dívida. O governo federal é um agiota muito mau para o Rio. O estado paga, paga, paga, e a dívida continua aumentando. O momento em que essa dívida mais cresceu foi com a Olimpíada, e o Paes mais uma vez ficou numa situação confortável. Se eles têm responsabilidade política, em vez de oportunismo, deveriam ajudar o governador a aprovar o que o Rio precisa, que é sair dessa agiotagem. O Eduardo é um ingrato com o governador, que sempre ajudou a cidade. O senhor refutou os argumentos do Pedro Paulo sobre a dívida do estado, mas não tocou no assunto da segurança. É um calcanhar de Aquiles do governador? O Eduardo, como prefeito, não fez nenhum trabalho que pudesse dar a ele autoridade para falar de segurança. Agora ele está entrando na pauta para fazer a campanha de 2026. É fácil jogar pedras. Está fazendo oportunismo político. Em 2026, quem é o candidato a presidente se Bolsonaro continuar inelegível? O candidato é o Bolsonaro. Bolsonaro vai marcar posição até aparecer um substituto? Ele vai ser candidato. O Lula não foi? Confio que o presidente Bolsonaro vai reverter essa situação. A estratégia então é levar até o limite legal e depois trocar a chapa, como fez Lula em 2018? Essa estratégia quem vai tocar é o presidente Bolsonaro. Ele está muito motivado. Além disso, tivemos um estímulo com a vitória do Trump. Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, acompanhou a vitória com Trump. É um possível substituto do pai? Quando Bolsonaro passar o bastão, diria que os nomes fortíssimos são Flávio e Eduardo Bolsonaro, por estarem em Brasília. Os dois têm um respeito enorme na direita. O atentado em Brasília prejudica a bandeira da anistia aos presos do 8 de Janeiro? É óbvio que, com um país polarizado, a
Altineu Côrtes atribui ataques do prefeito a projeto eleitoral para 2026 e considera Flávio e Eduardo, filhos de Jair Bolsonaro, como sucessores naturais do ex-presidente Presidente do Partido Liberal (PL) no Rio de Janeiro, o deputado Altineu Côrtes afirmou, em entrevista ao GLOBO, que o prefeito Eduardo Paes (PSD) é ingrato com o governador Cláudio Castro (PL) e que as críticas à sua gestão são "oportunistas". Segundo o parlamentar, Castro sempre ajudou a capital do estado. Ele ainda atribui ataques do prefeito a projeto eleitoral para 2026 e considera Flávio e Eduardo, filhos de Jair Bolsonaro, como sucessores naturais do ex-presidente. Entrevista: ‘Eleição de Trump joga água no moinho da extrema direita’, diz André Singer, que já foi porta-voz de Lula Polarização de gêneros: voto masculino impulsiona conservadores em países como Brasil, Estados Unidos e Argentina Leia a entrevista completa abaixo: Como senhor encarou as críticas do deputado Pedro Paulo, presidente estadual do PSD, que chamou o governador Cláudio Castro de “fraco” ? Apesar de a eleição ser em 2026, ele está em uma agenda eleitoral oportunista, covarde. O governador sempre atendeu o prefeito do Rio com muito respeito, sempre muito benevolente. Com a concessão da Cedae, a cidade do Rio foi a que mais se beneficiou. E o Pedro Paulo sabe da luta do governador para rever a dívida do estado, tudo que fez para colocar o Rio no Regime de Recuperação Fiscal, ele acompanha essas matérias em Brasília. A que atribuiu as declarações? Tenho certeza que ele está fazendo um papel a mando do Eduardo Paes para aquecer essa disputa eleitoral que vai vir em 2026. Está sendo usado. O PL pretende ter candidato à sucessão de Castro? Nosso objetivo é unir os partidos aliados: PL, PP, MDB, União Brasil, Solidariedade e Republicanos — que, juntos, têm 75 das 92 prefeituras. Temos que decidir o futuro juntos. O PL não precisa ter candidato a governador nem a vice-governador, o desenho passa por ter as duas vagas para o Senado. Mas quem seria um possível candidato? Faltam quadros. Acredito muito na força da construção de partidos, ao contrário do prefeito Eduardo Paes, que tem uma política só de um grupo pessoal. Acredito que essa força nos leva à vitória em 2026. O presidente da Assembleia, Rodrigo Bacellar, já colocou um desejo de ser candidato. Tem o Washington Reis, que demonstrou uma força política muito grande. O nome se constrói, mas nossa fortaleza é a unidade. O grupo do prefeito Eduardo Paes fala em atrair PP e MDB. Teme que ele chegue favorito e essas siglas pulem para lá? Acho que não, porque ganhar com o Eduardo, para os partidos, é ganhar perdendo. Ninguém cai nessa. Todos têm incômodo com Paes, que não constrói política de conciliação partidária. Faz uma política do “eu sozinho”, é o estilo dele. Falo por conhecimento próprio: antes de Bolsonaro entrar no PL, fiz a aliança que Paes precisava para vencer em 2020, indiquei o vice. Os procedimentos, depois, não são os que ele combina. Acordos nacionais também vão nos ajudar a fortalecer essa unidade. O senhor já tentou associar o endividamento do estado ao Paes, por causa da Olimpíada, mas ele era prefeito. Governadores sempre olharam apenas a questão momentânea, mas Castro está mirando a origem da dívida. O governo federal é um agiota muito mau para o Rio. O estado paga, paga, paga, e a dívida continua aumentando. O momento em que essa dívida mais cresceu foi com a Olimpíada, e o Paes mais uma vez ficou numa situação confortável. Se eles têm responsabilidade política, em vez de oportunismo, deveriam ajudar o governador a aprovar o que o Rio precisa, que é sair dessa agiotagem. O Eduardo é um ingrato com o governador, que sempre ajudou a cidade. O senhor refutou os argumentos do Pedro Paulo sobre a dívida do estado, mas não tocou no assunto da segurança. É um calcanhar de Aquiles do governador? O Eduardo, como prefeito, não fez nenhum trabalho que pudesse dar a ele autoridade para falar de segurança. Agora ele está entrando na pauta para fazer a campanha de 2026. É fácil jogar pedras. Está fazendo oportunismo político. Em 2026, quem é o candidato a presidente se Bolsonaro continuar inelegível? O candidato é o Bolsonaro. Bolsonaro vai marcar posição até aparecer um substituto? Ele vai ser candidato. O Lula não foi? Confio que o presidente Bolsonaro vai reverter essa situação. A estratégia então é levar até o limite legal e depois trocar a chapa, como fez Lula em 2018? Essa estratégia quem vai tocar é o presidente Bolsonaro. Ele está muito motivado. Além disso, tivemos um estímulo com a vitória do Trump. Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, acompanhou a vitória com Trump. É um possível substituto do pai? Quando Bolsonaro passar o bastão, diria que os nomes fortíssimos são Flávio e Eduardo Bolsonaro, por estarem em Brasília. Os dois têm um respeito enorme na direita. O atentado em Brasília prejudica a bandeira da anistia aos presos do 8 de Janeiro? É óbvio que, com um país polarizado, alimenta quem é contra. Acho que a anistia tem que ser votada, mesmo que perca. Não considero que uma senhora que participou daquilo sem uma arma, uma bomba, deva pegar 17 anos de prisão.
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