André Mendonça ressalta papel da sociedade na disseminação de responsabilidade civil no Brasil: 'Não é só esperar do Estado'
Declaração do ministro do STF ocorreu durante do Fórum Permanente de Responsabilidade Social da FGV Conhecimento, com apoio da Aegea e da Globo O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça ressaltou nesta segunda-feira o papel da sociedade na disseminação de responsabilidade civil no Brasil, o que, segundo o magistrado, não deve ficar somente a cargo do Estado. A declaração ocorreu durante a participação do ministro em um seminário sobre o tema promovido pelo Fórum Permanente de Responsabilidade Social da FGV Conhecimento, com apoio da Aegea e da Globo. Café Girondino: Os detalhes da reabertura do estabelecimento centenário no centro de SP 'Transfobia': Em BH, Duda Salabert diz que movimento de voto útil em Fuad é motivado por preconceito — Não é só esperar do Estado. O Estado tem um papel muito importante, mas também é a sociedade civil. E o nosso papel como sociedade civil é trazer a unidade de esforço para essa transformação efetiva — afirmou o ministro. O Prêmio FGV de Responsabilidade Social visa destacar experiências com resultados positivos no desenvolvimento sustentável e social, de modo a multiplicar essas ações exemplares. O evento contou com a participação de Paulo Roberto Marinho, Diretor-Presidente da Globo. Coordenador do conselho de seleção do evento, Mendonça também destacou a necessidade de um esforço conjunto no âmbito a iniciativa privada para a promoção de ações que tratem sobre responsabilidade social. — Isso (para as empresas) traz ganhos de imagem, uma melhor representatividade da sua marca na sociedade. Ou seja, é um processo que tem que envolver a todos. Empresas, Estado e a organização da sociedade como um todo — afirmou o magistrado. Segundo o ministro, a reforma tributária poderia ser usada para trazer mais incentivos para a responsabilidade social, no âmbito da iniciativa privada. — Um dos nossos trabalhos hoje é atuar junto à reforma tributária a fim de que nós possamos trazer mais incentivos para as empresas investirem em responsabilidade social. Acho que há grandes iniciativas em andamento, mas nós precisamos também ter uma melhor estruturação, inclusive legislativa — disse Mendonça pouco antes de participar do evento. Questionado sobre a existência de entraves para que a cultura da responsabilidade social se difunda ainda mais no país, o ministro ponderou que o tema pode ser mais presente nas discussões, ao mesmo passo que destacou a desigualdade existente no território brasileiro. — O Brasil é muito desigual. Nós temos grandes bolsões de pobreza, de marginalidade, de discriminação. Ao mesmo tempo, nós temos grandes iniciativas — afirmou. Ao longo do seminário, autoridades, especialistas e gestores de organizações da sociedade civil discutiram temas como economia circular, acesso à saúde e ao saneamento básico, evasão escolar e formação profissional, e mudanças climáticas. O prêmio da edição deste ano foi entregue ao Instituto Movi o Bem, cuja missão profissionalizar, capacitar, gerar renda e empregabilidade para mulheres privadas de liberdade. Fundadora da instituição, Roberta Negrini explicou que parte do dinheiro entregue às beneficiadas é destinado à educação dos filhos. — Dentro da penitenciária, elas recebem um currículo com 17 temas específicos, uma jornada de um ano. Então elas recebem um salário por estar lá dentro e podem sustentar e educar seus filhos aqui fora. E, quando elas ganham liberdade, saem profissionalizadas, com uma oportunidade, obviamente, de ingressar dentro do mercado de trabalho pela costura — disse Roberta. O segundo lugar ficou com a Fundação Matias Machline. Há 37 anos, a organização atua com o objetivo “promover a transformação social por meio do ensino e da educação de qualidade, oferecendo Ensino Médio Técnico em tempo integral e gratuito para jovens em vulnerabilidade social”. Na terceira posição foi premiada a Agência do Bem, que trabalha há mais de 10 anos com projetos de educação que visam promover o desenvolvimento sustentável dos territórios onde atua. O projeto iniciou as atividades na em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Atualmente conta com diversos polos espalhados por seis estados brasileiros e, desde 2022, também em Portugal. Já o prêmio de melhor prática em responsabilidade social foi para o Instituto Mais Água. A ONG promove acesso a água limpa e potável em comunidades do Estado do Piauí que sofrem com a seca, sede e falta de acesso. A atuação viabiliza soluções sustentáveis nas comunidades, assim como a oportunidade de geração de renda via economia circular e desenvolvimento agrícola de soberania alimentar. O conselho de seleção do Prêmio, coordenado por Mendonça, é composto pelos seguintes nomes: ministro Antonio Carlos Ferreira, promotor José Marinho, Bispo Abner Ferreira, Dom Odilo Scherer, André Esteves, Antonio Cláudio Ferreira Netto, Lucília Diniz, Luiza Brunet, Radamés Casseb e Robson Andrade.
Declaração do ministro do STF ocorreu durante do Fórum Permanente de Responsabilidade Social da FGV Conhecimento, com apoio da Aegea e da Globo O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça ressaltou nesta segunda-feira o papel da sociedade na disseminação de responsabilidade civil no Brasil, o que, segundo o magistrado, não deve ficar somente a cargo do Estado. A declaração ocorreu durante a participação do ministro em um seminário sobre o tema promovido pelo Fórum Permanente de Responsabilidade Social da FGV Conhecimento, com apoio da Aegea e da Globo. Café Girondino: Os detalhes da reabertura do estabelecimento centenário no centro de SP 'Transfobia': Em BH, Duda Salabert diz que movimento de voto útil em Fuad é motivado por preconceito — Não é só esperar do Estado. O Estado tem um papel muito importante, mas também é a sociedade civil. E o nosso papel como sociedade civil é trazer a unidade de esforço para essa transformação efetiva — afirmou o ministro. O Prêmio FGV de Responsabilidade Social visa destacar experiências com resultados positivos no desenvolvimento sustentável e social, de modo a multiplicar essas ações exemplares. O evento contou com a participação de Paulo Roberto Marinho, Diretor-Presidente da Globo. Coordenador do conselho de seleção do evento, Mendonça também destacou a necessidade de um esforço conjunto no âmbito a iniciativa privada para a promoção de ações que tratem sobre responsabilidade social. — Isso (para as empresas) traz ganhos de imagem, uma melhor representatividade da sua marca na sociedade. Ou seja, é um processo que tem que envolver a todos. Empresas, Estado e a organização da sociedade como um todo — afirmou o magistrado. Segundo o ministro, a reforma tributária poderia ser usada para trazer mais incentivos para a responsabilidade social, no âmbito da iniciativa privada. — Um dos nossos trabalhos hoje é atuar junto à reforma tributária a fim de que nós possamos trazer mais incentivos para as empresas investirem em responsabilidade social. Acho que há grandes iniciativas em andamento, mas nós precisamos também ter uma melhor estruturação, inclusive legislativa — disse Mendonça pouco antes de participar do evento. Questionado sobre a existência de entraves para que a cultura da responsabilidade social se difunda ainda mais no país, o ministro ponderou que o tema pode ser mais presente nas discussões, ao mesmo passo que destacou a desigualdade existente no território brasileiro. — O Brasil é muito desigual. Nós temos grandes bolsões de pobreza, de marginalidade, de discriminação. Ao mesmo tempo, nós temos grandes iniciativas — afirmou. Ao longo do seminário, autoridades, especialistas e gestores de organizações da sociedade civil discutiram temas como economia circular, acesso à saúde e ao saneamento básico, evasão escolar e formação profissional, e mudanças climáticas. O prêmio da edição deste ano foi entregue ao Instituto Movi o Bem, cuja missão profissionalizar, capacitar, gerar renda e empregabilidade para mulheres privadas de liberdade. Fundadora da instituição, Roberta Negrini explicou que parte do dinheiro entregue às beneficiadas é destinado à educação dos filhos. — Dentro da penitenciária, elas recebem um currículo com 17 temas específicos, uma jornada de um ano. Então elas recebem um salário por estar lá dentro e podem sustentar e educar seus filhos aqui fora. E, quando elas ganham liberdade, saem profissionalizadas, com uma oportunidade, obviamente, de ingressar dentro do mercado de trabalho pela costura — disse Roberta. O segundo lugar ficou com a Fundação Matias Machline. Há 37 anos, a organização atua com o objetivo “promover a transformação social por meio do ensino e da educação de qualidade, oferecendo Ensino Médio Técnico em tempo integral e gratuito para jovens em vulnerabilidade social”. Na terceira posição foi premiada a Agência do Bem, que trabalha há mais de 10 anos com projetos de educação que visam promover o desenvolvimento sustentável dos territórios onde atua. O projeto iniciou as atividades na em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Atualmente conta com diversos polos espalhados por seis estados brasileiros e, desde 2022, também em Portugal. Já o prêmio de melhor prática em responsabilidade social foi para o Instituto Mais Água. A ONG promove acesso a água limpa e potável em comunidades do Estado do Piauí que sofrem com a seca, sede e falta de acesso. A atuação viabiliza soluções sustentáveis nas comunidades, assim como a oportunidade de geração de renda via economia circular e desenvolvimento agrícola de soberania alimentar. O conselho de seleção do Prêmio, coordenado por Mendonça, é composto pelos seguintes nomes: ministro Antonio Carlos Ferreira, promotor José Marinho, Bispo Abner Ferreira, Dom Odilo Scherer, André Esteves, Antonio Cláudio Ferreira Netto, Lucília Diniz, Luiza Brunet, Radamés Casseb e Robson Andrade.
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