CCJ da Câmara pode votar nesta terça projeto antiaborto de Eduardo Cunha
Se aprovar mudança, a comissão permitirá que o tema possa ser levado ao plenário A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode debater e votar, na sessão desta terça-feira, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos-RJ) que altera o artigo 5º da Constituição para garantir que "a inviolabilidade do direito à vida se aplique desde a concepção". Ao aprovar esta mudança, a CCJ permitiria que o tema, que abre espaço para uma série de questionamentos em relação ao direito ao aborto, pudesse ser levado ao plenário da Casa. No Senado: Pacheco se irrita com debate sobre aborto com defensores de projeto que avançou na Câmara Lauro Jardim: Câmara tem 209 projetos sobre aborto; alguns tramitam há 21 anos Atualmente, a Câmara aguarda a instalação de uma comissão para debater alterações sobre o chamado PL Antiaborto, que em seu texto original, equipara o aborto após a 22ª semana a homicídio. O fato de a matéria ser aprovada na CCJ, entretanto, não garante que a mesma será votada na Casa. Em seu texto, feito em 2012, Cunha justifica a proposição afirmando que "a vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção e na medida desse conceito, as garantias da inviolabilidade do direito à vida tem que ser estendidas aos fetos [...] essa proposta garante que os fetos tenham o mesmo direito à inviolabilidade do direito à vida". Em seu voto, a relatora do projeto, a deputada bolsonarista Chris Tonietto (PL-RJ), que é líder do movimento pró-vida, contra o aborto, opinou pela admissibilidade do texto, que está na pauta. Anunciada por Lira em junho, a comissão que debaterá o PL anti-aborto ainda não saiu do papel. Na ocasião, ele afirmou que a Câmara não votaria nenhum projeto que pudesse trazer prejuízos às mulheres. — Nada neste projeto vai retroagir nos direitos já garantidos e nada vai avançar que traga qualquer dano às mulheres. Nunca foi e nunca será assunto do colégio de líderes. O colégio de líderes aceitou debater este tema, de forma ampla, no segundo semestre, com uma comissão colaborativa, após o recesso, sem pressa ou açodamento. Temos o compromisso de nunca votar um tema importante sem amplo debate. Sempre foi assim nesta Casa. É fundamental para exaurir todas as discussões e criar segurança jurídica, moral e científica. A decisão da pauta da Câmara não é monocrática. Somos uma Casa de 513 parlamentares. Qualquer decisão é colegiada — afirmou, na ocasião.
Se aprovar mudança, a comissão permitirá que o tema possa ser levado ao plenário A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode debater e votar, na sessão desta terça-feira, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos-RJ) que altera o artigo 5º da Constituição para garantir que "a inviolabilidade do direito à vida se aplique desde a concepção". Ao aprovar esta mudança, a CCJ permitiria que o tema, que abre espaço para uma série de questionamentos em relação ao direito ao aborto, pudesse ser levado ao plenário da Casa. No Senado: Pacheco se irrita com debate sobre aborto com defensores de projeto que avançou na Câmara Lauro Jardim: Câmara tem 209 projetos sobre aborto; alguns tramitam há 21 anos Atualmente, a Câmara aguarda a instalação de uma comissão para debater alterações sobre o chamado PL Antiaborto, que em seu texto original, equipara o aborto após a 22ª semana a homicídio. O fato de a matéria ser aprovada na CCJ, entretanto, não garante que a mesma será votada na Casa. Em seu texto, feito em 2012, Cunha justifica a proposição afirmando que "a vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção e na medida desse conceito, as garantias da inviolabilidade do direito à vida tem que ser estendidas aos fetos [...] essa proposta garante que os fetos tenham o mesmo direito à inviolabilidade do direito à vida". Em seu voto, a relatora do projeto, a deputada bolsonarista Chris Tonietto (PL-RJ), que é líder do movimento pró-vida, contra o aborto, opinou pela admissibilidade do texto, que está na pauta. Anunciada por Lira em junho, a comissão que debaterá o PL anti-aborto ainda não saiu do papel. Na ocasião, ele afirmou que a Câmara não votaria nenhum projeto que pudesse trazer prejuízos às mulheres. — Nada neste projeto vai retroagir nos direitos já garantidos e nada vai avançar que traga qualquer dano às mulheres. Nunca foi e nunca será assunto do colégio de líderes. O colégio de líderes aceitou debater este tema, de forma ampla, no segundo semestre, com uma comissão colaborativa, após o recesso, sem pressa ou açodamento. Temos o compromisso de nunca votar um tema importante sem amplo debate. Sempre foi assim nesta Casa. É fundamental para exaurir todas as discussões e criar segurança jurídica, moral e científica. A decisão da pauta da Câmara não é monocrática. Somos uma Casa de 513 parlamentares. Qualquer decisão é colegiada — afirmou, na ocasião.
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