AMD anuncia redução de 4% em sua força de trabalho.

A AMD anunciou a demissão de 4% de sua equipe, o que corresponde a 1.000 funcionários de um total de 26.000. A confirmação veio após especulações em fóruns online sobre os cortes, sendo um porta-voz da empresa quem trouxe essa informação à tona.

Segundo a AMD, essa decisão visa “alinhar recursos às maiores oportunidades de crescimento” e a empresa se comprometeu a tratar os funcionários afetados com dignidade durante essa transição.

Alguns funcionários demitidos já haviam comentado sobre esses cortes em plataformas de discussão antes do anúncio oficial da empresa. Muitos expressaram surpresa e choque, especialmente considerando que, mesmo com um excelente desempenho no setor de servidores, as ações da AMD têm mostrado uma queda significativa desde a divulgação dos resultados financeiros do último trimestre.

Desempenho em servidores não evita queda nas ações

Apesar de um recorde na receita do setor de servidores, que ultrapassou US$ 3,5 bilhões no Q3 de 2024, a AMD viu uma queda de 69% em sua receita proveniente do setor de games, resultando em uma diminuição de 94% nos lucros ano a ano. Essa disparidade nos números indicou a fragilidade da situação financeira da empresa, com ações caindo cerca de 13,6% após os resultados serem divulgados.

As demissões são uma medida frequentemente adotada por empresas para tentar estabilizar a situação de suas ações e, consequentemente, reduzir custos em tempos de crise.

Crescimento das demissões entre gigantes da tecnologia

Nos últimos tempos, demissões em massa tornaram-se comuns entre as grandes empresas de tecnologia. Companhias como Dell e Samsung também procederam com cortes significativos em suas equipes ao longo de 2024. Estas decisões geralmente refletem uma mudança nas prioridades das empresas, que buscam se alinhar aos novos avanços em Inteligência Artificial. A Dell, por exemplo, afirmou abertamente essa nova direção.

Embora algumas dessas medidas visem realinhar prioridades diante do crescimento da IA, muitos outros cortes são impulsionados pela necessidade de contenção de gastos em empresas que estão enfrentando dificuldades financeiras, como é o caso da Intel.

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