Alice Braga reflete sobre a importância da representatividade e da luta contra o estereótipo de latina sexy
Atriz deu entrevista à jornalista Maria Fortuna no videocast 'Conversa vai, conversa vem' e falou também sobre a importância da tia Sonia Braga, que abriu os caminhos no mercado internacional: 'Venho depois de Sonia, Salma Hayek e tantas outras que passaram' Representatividade importa. E muito. Foi o que afirmou Alice Braga, atriz brasileira de maior projeção internacional, que vive entre Brasil e Los Angeles há mais de 20 anos. Alice deu entrevista à jornalista Maria Fortuna no videocast 'Conversa vai, conversa vem'. Alice escancarou de vez uma porta aberta por sua tia, Sonia Braga, nos anos 1990. — Ela (Sonia) foi uma das primeiras latinas lá fora — aponta. — Representatividade importa muito. Quando a gente se vê retratado, gera transformação, inspiração. Quando estava dando uma entrevista a uma repórter, ela apontou algo que eu nem tinha me ligado. Disse: "Como é para você ser a única latina protagonista de horário nobre na TV americana (na época, Alice protagonizava o seriado "Rainha do Sul", em que vivia a traficante mexicana Tereza Mendonça)?". Achei tão bonito... A gente ainda tem uma batalha de representatividade dos latinos da TV americana, sendo que a comunidade latina lá é gigante. Venho depois de Sonia, Salma Hayek e tantas outras que passaram. Alice Braga GIL INOUE Para a atriz, "a conexão de se ver representado é muito importante porque a cultura importa demais para a formação de uma sociedade". Quando estrelou "Rainha do Sul", cuja protagonista é uma traficante Mexicana, Alice procurou não reforçar ainda mais o que já era, de certa forma, um estereótipo (o da mexicana traficante). Na segunda temporada, a atriz também se tornou produtora da série e tratou de meter a mão no roteiro. Juliana Paes: Atriz fala sobre abuso pela primeira vez no 'Conversa vai conversa vem' — Era o estereótipo do estereótipo uma mexicana traficante, né? Mas como virei produtora, dei muito pitaco no roteiro, batalhava para sair do estereótipo. Primeiro, já era uma mulher traficante, e não um homem, e isso era bom porque a gente já viu muito homem fazendo esse papel. Depois, eu fugia da sexualidade gratuita. Questionava muito isso. Não é que não pode ter sexualidade. Somos latinos, temos isso. Mas não pode vir gratuito, tem que ter um porque, não pode ser porque ela é uma mulher e temos que explorar esse corpo. A atriz disse que fugir dos padrões impostos aos latinos na indústria cinematográfica estrangeira segue sendo uma batalha, mas que o cenário já melhorou bastante. Agora, ela está rodando, entre Brasil e México, a série "Man on fire", baseada no filme "Chamas da vingança" (2004). — Faço uma brasileira. Quis fazer esse trabalho justamente por isso. É uma série americana que vai passar no mundo inteiro.
Atriz deu entrevista à jornalista Maria Fortuna no videocast 'Conversa vai, conversa vem' e falou também sobre a importância da tia Sonia Braga, que abriu os caminhos no mercado internacional: 'Venho depois de Sonia, Salma Hayek e tantas outras que passaram' Representatividade importa. E muito. Foi o que afirmou Alice Braga, atriz brasileira de maior projeção internacional, que vive entre Brasil e Los Angeles há mais de 20 anos. Alice deu entrevista à jornalista Maria Fortuna no videocast 'Conversa vai, conversa vem'. Alice escancarou de vez uma porta aberta por sua tia, Sonia Braga, nos anos 1990. — Ela (Sonia) foi uma das primeiras latinas lá fora — aponta. — Representatividade importa muito. Quando a gente se vê retratado, gera transformação, inspiração. Quando estava dando uma entrevista a uma repórter, ela apontou algo que eu nem tinha me ligado. Disse: "Como é para você ser a única latina protagonista de horário nobre na TV americana (na época, Alice protagonizava o seriado "Rainha do Sul", em que vivia a traficante mexicana Tereza Mendonça)?". Achei tão bonito... A gente ainda tem uma batalha de representatividade dos latinos da TV americana, sendo que a comunidade latina lá é gigante. Venho depois de Sonia, Salma Hayek e tantas outras que passaram. Alice Braga GIL INOUE Para a atriz, "a conexão de se ver representado é muito importante porque a cultura importa demais para a formação de uma sociedade". Quando estrelou "Rainha do Sul", cuja protagonista é uma traficante Mexicana, Alice procurou não reforçar ainda mais o que já era, de certa forma, um estereótipo (o da mexicana traficante). Na segunda temporada, a atriz também se tornou produtora da série e tratou de meter a mão no roteiro. Juliana Paes: Atriz fala sobre abuso pela primeira vez no 'Conversa vai conversa vem' — Era o estereótipo do estereótipo uma mexicana traficante, né? Mas como virei produtora, dei muito pitaco no roteiro, batalhava para sair do estereótipo. Primeiro, já era uma mulher traficante, e não um homem, e isso era bom porque a gente já viu muito homem fazendo esse papel. Depois, eu fugia da sexualidade gratuita. Questionava muito isso. Não é que não pode ter sexualidade. Somos latinos, temos isso. Mas não pode vir gratuito, tem que ter um porque, não pode ser porque ela é uma mulher e temos que explorar esse corpo. A atriz disse que fugir dos padrões impostos aos latinos na indústria cinematográfica estrangeira segue sendo uma batalha, mas que o cenário já melhorou bastante. Agora, ela está rodando, entre Brasil e México, a série "Man on fire", baseada no filme "Chamas da vingança" (2004). — Faço uma brasileira. Quis fazer esse trabalho justamente por isso. É uma série americana que vai passar no mundo inteiro.
Qual é a sua reação?