Aliados de Lula, Boulos e João Campos trocam farpas por eleições: 'Não está autorizado a me dar aulas'
Prefeito de Recife pontuou erros na campanha do psolista, que o respondeu em entrevista à Folha de S.Paulo Integrantes da base de apoio do governo federal, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito de Recife, João Campos (PSB), protagonizaram uma troca de farpas nos últimos dias. Tudo começou quando Campos, em entrevista ao Roda Viva, pontuou erros na campanha de Boulos à prefeitura de São Paulo. Fim da escala 6x1: Nikolas Ferreira é cobrado nas redes por não ter assinado PEC 'Areninhas Fufuca': emendas para campos soçaite chegam a R$ 100 milhões e miram Nordeste e SP Na ocasião, o prefeito de Recife disse que o psolista teria errado tentar adotar uma "roupagem diferente" de seu passado. — Nesses 20 anos (de vida pública), ele tem 19 anos que ele se posiciona de um jeito em tudo, ai em um ano ele começa a revisitar todos os posicionamentos. As pessoas sabem das coisas. Tem uma frase que é assim: 'Você acha que o povo não pensa, mas pensa'. Então, as pessoas veem essa leitura diferente, principalmente, quando se aproxima do tempo de eleição. Então, eu imagino que pode ter acontecido algo desse tipo — disse João Campos. A fala não agradou Boulos que, em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" respondeu o prefeito de Recife. — Não creio que ele está autorizado a me dar aulas de coerência, até porque, em 2020, quando ele se elegeu prefeito pela primeira vez, se elegeu com o mote 'PT nunca mais' — iniciou. Boulos ainda acusou João Campos de ter mudado de lado por conveniência. — Hoje, que o Lula é presidente, ele (João Campos) virou o maior lulista do país. Então, menos. Não é? Para querer dar lição de moral alheia. E mais do que isso: eu tenho lado. Tenho posições firmes, e ter posição firme tem um preço. Eu não vou conforme o vento — afirmou o deputado federal. A troca de farpas entre os dois políticos reflete os diferentes grupos que hoje compõem a base do governo federal. Apesar de ambos serem aliados de Lula (PT), Boulos é tido como uma figura mais à esquerda, enquanto Campos teria uma melhor interlocução com o centro. Nas eleições deste ano, contudo, Boulos recebeu o aval do PT e concorreu com seu apoio à prefeitura de São Paulo. A expectativa é de que Campos também tenha o endosso do partido em dois anos, para concorrer ao governo de Pernambuco contra Raquel Lyra (PSDB).
Prefeito de Recife pontuou erros na campanha do psolista, que o respondeu em entrevista à Folha de S.Paulo Integrantes da base de apoio do governo federal, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito de Recife, João Campos (PSB), protagonizaram uma troca de farpas nos últimos dias. Tudo começou quando Campos, em entrevista ao Roda Viva, pontuou erros na campanha de Boulos à prefeitura de São Paulo. Fim da escala 6x1: Nikolas Ferreira é cobrado nas redes por não ter assinado PEC 'Areninhas Fufuca': emendas para campos soçaite chegam a R$ 100 milhões e miram Nordeste e SP Na ocasião, o prefeito de Recife disse que o psolista teria errado tentar adotar uma "roupagem diferente" de seu passado. — Nesses 20 anos (de vida pública), ele tem 19 anos que ele se posiciona de um jeito em tudo, ai em um ano ele começa a revisitar todos os posicionamentos. As pessoas sabem das coisas. Tem uma frase que é assim: 'Você acha que o povo não pensa, mas pensa'. Então, as pessoas veem essa leitura diferente, principalmente, quando se aproxima do tempo de eleição. Então, eu imagino que pode ter acontecido algo desse tipo — disse João Campos. A fala não agradou Boulos que, em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" respondeu o prefeito de Recife. — Não creio que ele está autorizado a me dar aulas de coerência, até porque, em 2020, quando ele se elegeu prefeito pela primeira vez, se elegeu com o mote 'PT nunca mais' — iniciou. Boulos ainda acusou João Campos de ter mudado de lado por conveniência. — Hoje, que o Lula é presidente, ele (João Campos) virou o maior lulista do país. Então, menos. Não é? Para querer dar lição de moral alheia. E mais do que isso: eu tenho lado. Tenho posições firmes, e ter posição firme tem um preço. Eu não vou conforme o vento — afirmou o deputado federal. A troca de farpas entre os dois políticos reflete os diferentes grupos que hoje compõem a base do governo federal. Apesar de ambos serem aliados de Lula (PT), Boulos é tido como uma figura mais à esquerda, enquanto Campos teria uma melhor interlocução com o centro. Nas eleições deste ano, contudo, Boulos recebeu o aval do PT e concorreu com seu apoio à prefeitura de São Paulo. A expectativa é de que Campos também tenha o endosso do partido em dois anos, para concorrer ao governo de Pernambuco contra Raquel Lyra (PSDB).
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