Prefeitos falam sobre investimento de 800 bilhões de dólares por ano para adaptações em meio a mudanças climáticas

Painel foi realizado no Armazém da Utopia neste sábado (16), penúltimo dia de reunião Em painel do realizado no Armazém da Utopia neste sábado em que lideres do U20, que reúne as maiores cidades do mundo, os prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de Paris, Anne Hidalgo, disseram que a atual edição do G20 é um momento oportuno para avançar nas discussões sobre as mudanças climáticas e como financiar as adaptações necessárias. No encontro, Paes e Anne atuaram como porta vozes do C20, do Pacto Global pelo Clima e Energia e da rede C40 de prefeitos. A estimativa é que sejam necessários 800 bilhões de dólares em investimentos de governos nacionais e instituições de desenvolvimento e fomento por ano até 2030. G20: Interdição na Atlântica é antecipada após mudança por pedido das forças de segurança Tempo: Rio tem chuva e temperaturas mais baixas no fim semana com eventos do G20; saiba previsão para os próximos dias — O grande desafio que temos é encontrar um caminho mais ágil para captar esses recursos. Temos uma oportunidade política rara. Vamos conversar amanhã com o presidente Lula sobre o tema. A ideia é que na condição de presidente do G20 e no ano que vem na Cop30 (Belém) leve essas reivindicações aos lideres mundiais — disse o prefeito. O estudo que estimou esses recursos toma como base os resultados de um trabalho realizado por Paes. Hidalgo e o economista americano Jeffrey Sachs por um ano e meio que identificou também fontes alternativas de financiamento, como bancos e entidades de fomento internacionais. Anne Hifalgo, porém, observa que uma onda de negacionismo pode atrapalhar um pouco essas reivindicações das cidades: — Há vários lideres nacionais que pensam como nós, que as cidades podem ir mais rápido nas adaptações contra as mudanças climáticas. Mas há forcas contrárias, interesses poderosos, que podemos observar desde Javier Milei na Argentina ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que trabalham para desacreditar a ciência e negar as mudanças climáticas — disse Anne. A prefeita prosseguiu: — Há populistas que apresentam nossas cidades como algo elitista. Que é preciso valorizar as áreas rurais. Mas a cidade depende do campo para se alimentar como o campo precisa das cidades para ter mercado para suas produções. Temos aliados para enfrentar essa visão de populismo e facismo. Um deles é o presidente Lula. Na democracia não pode haver espaços para o descrédito e a difamação — acrescentou Anne. O ministro das Cidades, Jader Filho, disse que o governo federal entende o protagonismo das cidades e busca oferecer recursos como pelo Plano de Aceleração do Crescimento (Pac). — As decisões não podem vir dos gabinetes com ar-condicionado de Brasília, principalmente de um país com dimensões continentais como o Brasil. São os prefeitos e governadores que conhecem as prioridades. Mas também há desafios. Muitas cidades médias e pequenas precisam de investimentos, mas não podem contratar pela falta de projetos.

Nov 16, 2024 - 14:57
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Prefeitos falam sobre investimento de 800 bilhões de dólares por ano para adaptações em meio a mudanças climáticas

Painel foi realizado no Armazém da Utopia neste sábado (16), penúltimo dia de reunião Em painel do realizado no Armazém da Utopia neste sábado em que lideres do U20, que reúne as maiores cidades do mundo, os prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de Paris, Anne Hidalgo, disseram que a atual edição do G20 é um momento oportuno para avançar nas discussões sobre as mudanças climáticas e como financiar as adaptações necessárias. No encontro, Paes e Anne atuaram como porta vozes do C20, do Pacto Global pelo Clima e Energia e da rede C40 de prefeitos. A estimativa é que sejam necessários 800 bilhões de dólares em investimentos de governos nacionais e instituições de desenvolvimento e fomento por ano até 2030. G20: Interdição na Atlântica é antecipada após mudança por pedido das forças de segurança Tempo: Rio tem chuva e temperaturas mais baixas no fim semana com eventos do G20; saiba previsão para os próximos dias — O grande desafio que temos é encontrar um caminho mais ágil para captar esses recursos. Temos uma oportunidade política rara. Vamos conversar amanhã com o presidente Lula sobre o tema. A ideia é que na condição de presidente do G20 e no ano que vem na Cop30 (Belém) leve essas reivindicações aos lideres mundiais — disse o prefeito. O estudo que estimou esses recursos toma como base os resultados de um trabalho realizado por Paes. Hidalgo e o economista americano Jeffrey Sachs por um ano e meio que identificou também fontes alternativas de financiamento, como bancos e entidades de fomento internacionais. Anne Hifalgo, porém, observa que uma onda de negacionismo pode atrapalhar um pouco essas reivindicações das cidades: — Há vários lideres nacionais que pensam como nós, que as cidades podem ir mais rápido nas adaptações contra as mudanças climáticas. Mas há forcas contrárias, interesses poderosos, que podemos observar desde Javier Milei na Argentina ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que trabalham para desacreditar a ciência e negar as mudanças climáticas — disse Anne. A prefeita prosseguiu: — Há populistas que apresentam nossas cidades como algo elitista. Que é preciso valorizar as áreas rurais. Mas a cidade depende do campo para se alimentar como o campo precisa das cidades para ter mercado para suas produções. Temos aliados para enfrentar essa visão de populismo e facismo. Um deles é o presidente Lula. Na democracia não pode haver espaços para o descrédito e a difamação — acrescentou Anne. O ministro das Cidades, Jader Filho, disse que o governo federal entende o protagonismo das cidades e busca oferecer recursos como pelo Plano de Aceleração do Crescimento (Pac). — As decisões não podem vir dos gabinetes com ar-condicionado de Brasília, principalmente de um país com dimensões continentais como o Brasil. São os prefeitos e governadores que conhecem as prioridades. Mas também há desafios. Muitas cidades médias e pequenas precisam de investimentos, mas não podem contratar pela falta de projetos.

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