Vitória de Trump pressiona Lula a abraçar ajuste e fazer “dever de casa” para evitar derrota em 2026, dizem ministros
Integrantes do governo dizem que, passada a eleição, presidente adotará postura pragmática, mesmo tendo externado torcida por Kamala Harris, que saiu derrotada A vitória de Donald Trump nos Estados Unidos já semeou reflexões no governo. Ministros dizem que a volta do republicano à Casa Branca, após ser acusado de dezenas de crimes e sofre impeachment, pressiona o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a se comprometer com o ajuste nas contas públicas e a fazer seu “dever de casa”. Um auxiliar do presidente diz que a volta por cima de Trump força o governo a estar “na ponta dos cascos”, ou seja, preparado para lidar com um governo americano que não verá o Brasil como um aliado. Além disso, a vitória do republicano reforça a necessidade de aprovar um pacote de corte de gastos robusto no país. Para um integrante do governo, é necessário lembrar que a eleição de Trump é um problema dos americanos e que o Brasil “come em real”. Por isso, acertar as questões internas é essencial daqui para frente. A leitura feita por ministros na manhã desta quarta-feira é que, do ponto de vista econômico, será necessário lidar com os solavancos que a economia mundial pode ter a partir de agora reforçando as contas internas. Outro auxiliar presidencial parte do mesmo diagnóstico e diz que o governo precisa aumentar sua conexão com pautas populares em vez de falar para “meia dúzia de influenciadores”. Para isso, o segredo não é invisibilizar pautas minoritárias, mas priorizar as que unem o país, como empreendedorismo, emprego, renda, crédito, vagas no ensino superior, afirma esse ministro. A conquista de Trump é um lembrete ainda de como escorregões na comunicação podem impor um revés a um mandatário, diz um auxiliar de Lula. Para ele, o atual presidente, Joe Biden, cometeu muitos erros nessa área e “perdeu a narrativa” mesmo entregando uma economia com bom crescimento e baixo desemprego. Na avaliação de outro importante ministro, a predileção externada por Lula pela eleição de Kamala Harris não pode ser vista como um erro, já que “não havia espaço para neutralidade” nem apoio a Trump. A tônica agora deve ser ativar o “modo pragmatismo” e buscar convergências. Outro ministro avalia que o gesto de Lula a Kamala não deve interditar a relação com os Estados Unidos, já que, historicamente, a América Latina interessa pouco aos americanos. Ele lembra que pode haver algum gesto de Trump à Argentina por causa de Javier Milei e isso pode ter algum efeito positivo para o Mercosul.
Integrantes do governo dizem que, passada a eleição, presidente adotará postura pragmática, mesmo tendo externado torcida por Kamala Harris, que saiu derrotada A vitória de Donald Trump nos Estados Unidos já semeou reflexões no governo. Ministros dizem que a volta do republicano à Casa Branca, após ser acusado de dezenas de crimes e sofre impeachment, pressiona o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a se comprometer com o ajuste nas contas públicas e a fazer seu “dever de casa”. Um auxiliar do presidente diz que a volta por cima de Trump força o governo a estar “na ponta dos cascos”, ou seja, preparado para lidar com um governo americano que não verá o Brasil como um aliado. Além disso, a vitória do republicano reforça a necessidade de aprovar um pacote de corte de gastos robusto no país. Para um integrante do governo, é necessário lembrar que a eleição de Trump é um problema dos americanos e que o Brasil “come em real”. Por isso, acertar as questões internas é essencial daqui para frente. A leitura feita por ministros na manhã desta quarta-feira é que, do ponto de vista econômico, será necessário lidar com os solavancos que a economia mundial pode ter a partir de agora reforçando as contas internas. Outro auxiliar presidencial parte do mesmo diagnóstico e diz que o governo precisa aumentar sua conexão com pautas populares em vez de falar para “meia dúzia de influenciadores”. Para isso, o segredo não é invisibilizar pautas minoritárias, mas priorizar as que unem o país, como empreendedorismo, emprego, renda, crédito, vagas no ensino superior, afirma esse ministro. A conquista de Trump é um lembrete ainda de como escorregões na comunicação podem impor um revés a um mandatário, diz um auxiliar de Lula. Para ele, o atual presidente, Joe Biden, cometeu muitos erros nessa área e “perdeu a narrativa” mesmo entregando uma economia com bom crescimento e baixo desemprego. Na avaliação de outro importante ministro, a predileção externada por Lula pela eleição de Kamala Harris não pode ser vista como um erro, já que “não havia espaço para neutralidade” nem apoio a Trump. A tônica agora deve ser ativar o “modo pragmatismo” e buscar convergências. Outro ministro avalia que o gesto de Lula a Kamala não deve interditar a relação com os Estados Unidos, já que, historicamente, a América Latina interessa pouco aos americanos. Ele lembra que pode haver algum gesto de Trump à Argentina por causa de Javier Milei e isso pode ter algum efeito positivo para o Mercosul.
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