Vale cai mais de 5%, e petróleo tem forte queda; entenda movimento de commodities
Especialista explica relação de frustrações econômicas na China e com o ajuste fiscal no Brasil com a queda dos papéis da mineradora A decepção com estímulos à economia chinesa anunciados hoje e a aversão a riscos no mercado brasileiro derrubam as ações da Vale (VALE3) nesta sexta-feira. A mineradora recuava 5,77%, a R$ 59,89, às 14h37, também pressionada pela queda de 1,65% da cotação do minério de ferro na Bolsa de Dalian. Ao mesmo tempo, o Ibovespa perdia 1,99%, enquanto o dólar se valorizava 1,73%, a R$ 5,7741. Petrobras deve elevar investimentos para US$ 110 bi em próximo plano de negócios, segundo fontes Décimo terceiro salário: calculadora do GLOBO mostra quanto trabalhador tem a receber O mercado estava à espera de um novo pacote de medidas econômicas mais robusto que os últimos anunciados pela China, a fim de incentivar a demanda no país. No entanto, as autoridades chinesas acabaram anunciando um programa de refinanciamento de dívidas dos governos locais, avaliado em cerca de US$ 1,4 trilhão. Isso acabou frustrando os investidores e pressionando commodities muito ligadas à China, como o minério de ferro e o petróleo tipo Brent — referência internacional —, que recuava 2,22% às 14h37. Com isso, a Vale é altamente pressionada. Segundo Gustavo Cruz, analista da RB Investimento, o investidor enxerga a mineradora como muito dependente das notícias vindas da China e, com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, a perspectiva é de um cenário mais difícil para a segunda maior economia do mundo. Apesar disso, a diversificação dos parceiros comerciais do país liderado por Xi Jinping nos últimos anos pode amenizar os efeitos. O republicano prometeu uma série de tarifas a importações chinesas de até 60%, um nível que, segundo a Bloomberg Economics, poderia devastar o comércio entre as maiores economias do mundo. — A vitória do Trump garante que são quatro anos mais difíceis para a China — disse Cruz, sobre a relação comercial entre os dois países. Desde a reabertura após a pandemia de Covid-19, a economia chinesa vem enfrentando problemas para voltar a crescer da maneira acelerada vista nos anos anteriores. O governo do país estabeleceu uma meta de crescimento para a economia de 5%. Todavia, diante do enfraquecimento da demanda — especialmente para um dos mercados mais fortes da China, o imobiliário — o gigante asiático vem enfrentando problemas para seguir a meta. Diante disso, o mercado esperou ansioso para que o governo chinês lançasse uma série de medidas de estímulo à economia, a fim de que se ativesse aos 5% estabelecidos. E, assim, a China o fez. Entretanto, investidores julgaram os pacotes lançados em setembro e outubro aquém do esperado. Somado a isso, um ambiente de aversão a risco, com operadores se desfazendo de investimentos antes do início do fim de semana, também pressiona as ações da mineradora. De acordo com Cruz, a falta de um anúncio de medidas concretas de ajustes fiscais leva aos investidores a adotarem posições mais defensivas para a chegada da próxima semana, o que acaba afetando o mercado de ações — que costuma estar mais associado ao risco, em comparação com a renda fixa. — Hoje me parece que é realmente um encerramento de semana bem confuso — afirma Cruz, mencionando as fortes quedas do índice e do real.
Especialista explica relação de frustrações econômicas na China e com o ajuste fiscal no Brasil com a queda dos papéis da mineradora A decepção com estímulos à economia chinesa anunciados hoje e a aversão a riscos no mercado brasileiro derrubam as ações da Vale (VALE3) nesta sexta-feira. A mineradora recuava 5,77%, a R$ 59,89, às 14h37, também pressionada pela queda de 1,65% da cotação do minério de ferro na Bolsa de Dalian. Ao mesmo tempo, o Ibovespa perdia 1,99%, enquanto o dólar se valorizava 1,73%, a R$ 5,7741. Petrobras deve elevar investimentos para US$ 110 bi em próximo plano de negócios, segundo fontes Décimo terceiro salário: calculadora do GLOBO mostra quanto trabalhador tem a receber O mercado estava à espera de um novo pacote de medidas econômicas mais robusto que os últimos anunciados pela China, a fim de incentivar a demanda no país. No entanto, as autoridades chinesas acabaram anunciando um programa de refinanciamento de dívidas dos governos locais, avaliado em cerca de US$ 1,4 trilhão. Isso acabou frustrando os investidores e pressionando commodities muito ligadas à China, como o minério de ferro e o petróleo tipo Brent — referência internacional —, que recuava 2,22% às 14h37. Com isso, a Vale é altamente pressionada. Segundo Gustavo Cruz, analista da RB Investimento, o investidor enxerga a mineradora como muito dependente das notícias vindas da China e, com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, a perspectiva é de um cenário mais difícil para a segunda maior economia do mundo. Apesar disso, a diversificação dos parceiros comerciais do país liderado por Xi Jinping nos últimos anos pode amenizar os efeitos. O republicano prometeu uma série de tarifas a importações chinesas de até 60%, um nível que, segundo a Bloomberg Economics, poderia devastar o comércio entre as maiores economias do mundo. — A vitória do Trump garante que são quatro anos mais difíceis para a China — disse Cruz, sobre a relação comercial entre os dois países. Desde a reabertura após a pandemia de Covid-19, a economia chinesa vem enfrentando problemas para voltar a crescer da maneira acelerada vista nos anos anteriores. O governo do país estabeleceu uma meta de crescimento para a economia de 5%. Todavia, diante do enfraquecimento da demanda — especialmente para um dos mercados mais fortes da China, o imobiliário — o gigante asiático vem enfrentando problemas para seguir a meta. Diante disso, o mercado esperou ansioso para que o governo chinês lançasse uma série de medidas de estímulo à economia, a fim de que se ativesse aos 5% estabelecidos. E, assim, a China o fez. Entretanto, investidores julgaram os pacotes lançados em setembro e outubro aquém do esperado. Somado a isso, um ambiente de aversão a risco, com operadores se desfazendo de investimentos antes do início do fim de semana, também pressiona as ações da mineradora. De acordo com Cruz, a falta de um anúncio de medidas concretas de ajustes fiscais leva aos investidores a adotarem posições mais defensivas para a chegada da próxima semana, o que acaba afetando o mercado de ações — que costuma estar mais associado ao risco, em comparação com a renda fixa. — Hoje me parece que é realmente um encerramento de semana bem confuso — afirma Cruz, mencionando as fortes quedas do índice e do real.
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