Sandra Annenberg relembra papel na minissérie 'República', que acaba de chegar ao Globoplay: 'Um dos maiores desafios da minha vida'

A minissérie "República" (1989) chegou ao catálogo do Globoplay nesta segunda-feira (11). No elenco da produção, está um nome conhecido pelo público em outra área: a jornalista Sandra Annemberg. Antes de se tornar apresentadora de noticiários e programas da Globo, ela trilhou uma carreira como atriz. Veja também: Veja filhos de personalidades que, como Elisa Annenberg, se declaram parte da comunidade LGBTQIAP+ E mais: Angélica conta que foi desafiador entrevistar Luciano Huck para seu novo programa, fala sobre convite para comandar 'Vídeo game' e diz ser 'a sogra que toda nora quer ter' Sandra interpretou a personagem Dora na produção, que tem como pano de fundo a transição do Brasil imperial para a República. — Minha personagem era filha da aristocracia da época, de uma família símbolo do que estava acontecendo no país no ano seguinte à abolição. Olhando hoje pra trás, vejo o quanto foi importante aquela minissérie na época, onde já falávamos da necessidade de se discutir o racismo estrutural. Trabalhar com Walter Avancini (diretor) foi um dos maiores presentes que a vida já me deu. Me sinto muito orgulhosa de ter feito parte do elenco dele. Ela ressalta que foi a segunda vez que trabalharam juntos: — O primeiro tinha sido a minissérie "Chapadão do bugre", exibida um ano antes pela Bandeirantes. Trabalhar com Avancini foi um dos maiores desafios da minha vida. Imagine, da primeira vez eu tinha cerca de 19 anos e da segunda, cerca de 20. Era uma menina que estava começando na carreira, logo pelas mãos de um dos maiores diretores de televisão. Eu ficava assistindo-o dirigir, embevecida. Sabia exatamente o que queria e como queria, sabia como tirar do ator a emoção precisa, a intenção necessária para cada cena. Foi uma aula e tanto. Ela fala das lembranças da minissérie: — Lá se vão 35 anos, mas me lembro das gravações em Petrópolis. A cidade já era cenográfica o suficiente e carregava a história em cada sobrado, pelas pedras dos pavimentos. Era vestir o figurino e se deixar levar pelo clima. Me lembro muito bem de uma cena em que eu deveria dançar lundu, dança de origem africana trazida pelos escravizados. Era mágico! A lembrança é de que eu vivi uma fantasia que foi real. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Sandra acrescenta que foi desafiador fazer uma personagem com uma personalidade tão diferente da dela: — Dora era uma menina mimada e com pitadas de maldade. Ela brinca com os sentimentos do professor de música, interpretado pelo excelente Luis Antonio Pilar, faz ele acreditar que ela tem interesse nele, mas, na verdade, ela só está jogando com a sedução.

Nov 11, 2024 - 03:01
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Sandra Annenberg relembra papel na minissérie 'República', que acaba de chegar ao Globoplay: 'Um dos maiores desafios da minha vida'

A minissérie "República" (1989) chegou ao catálogo do Globoplay nesta segunda-feira (11). No elenco da produção, está um nome conhecido pelo público em outra área: a jornalista Sandra Annemberg. Antes de se tornar apresentadora de noticiários e programas da Globo, ela trilhou uma carreira como atriz. Veja também: Veja filhos de personalidades que, como Elisa Annenberg, se declaram parte da comunidade LGBTQIAP+ E mais: Angélica conta que foi desafiador entrevistar Luciano Huck para seu novo programa, fala sobre convite para comandar 'Vídeo game' e diz ser 'a sogra que toda nora quer ter' Sandra interpretou a personagem Dora na produção, que tem como pano de fundo a transição do Brasil imperial para a República. — Minha personagem era filha da aristocracia da época, de uma família símbolo do que estava acontecendo no país no ano seguinte à abolição. Olhando hoje pra trás, vejo o quanto foi importante aquela minissérie na época, onde já falávamos da necessidade de se discutir o racismo estrutural. Trabalhar com Walter Avancini (diretor) foi um dos maiores presentes que a vida já me deu. Me sinto muito orgulhosa de ter feito parte do elenco dele. Ela ressalta que foi a segunda vez que trabalharam juntos: — O primeiro tinha sido a minissérie "Chapadão do bugre", exibida um ano antes pela Bandeirantes. Trabalhar com Avancini foi um dos maiores desafios da minha vida. Imagine, da primeira vez eu tinha cerca de 19 anos e da segunda, cerca de 20. Era uma menina que estava começando na carreira, logo pelas mãos de um dos maiores diretores de televisão. Eu ficava assistindo-o dirigir, embevecida. Sabia exatamente o que queria e como queria, sabia como tirar do ator a emoção precisa, a intenção necessária para cada cena. Foi uma aula e tanto. Ela fala das lembranças da minissérie: — Lá se vão 35 anos, mas me lembro das gravações em Petrópolis. A cidade já era cenográfica o suficiente e carregava a história em cada sobrado, pelas pedras dos pavimentos. Era vestir o figurino e se deixar levar pelo clima. Me lembro muito bem de uma cena em que eu deveria dançar lundu, dança de origem africana trazida pelos escravizados. Era mágico! A lembrança é de que eu vivi uma fantasia que foi real. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Sandra acrescenta que foi desafiador fazer uma personagem com uma personalidade tão diferente da dela: — Dora era uma menina mimada e com pitadas de maldade. Ela brinca com os sentimentos do professor de música, interpretado pelo excelente Luis Antonio Pilar, faz ele acreditar que ela tem interesse nele, mas, na verdade, ela só está jogando com a sedução.

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