Ramagem diz à PF não se lembrar de trama para suposto golpe que impediria posse de Lula
Deputado prestou depoimento de cerca de duas horas na superintendência da PF, em Brasília, no âmbito do inquérito que investiga se Jair Bolsonaro tentou se manter no poder O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prestou um depoimento protocolar na sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta terça-feira, segundo pessoas com acesso ao teor das falas. Ele teria dito que não se lembrava de nada ao responder grande parte das perguntas da PF sobre a trama golpista, que foi supostamente articulada nos Palácios do Planalto e Alvorada nos últimos dias de Jair Bolsonaro (PL) como presidente, no fim de 2022. A oitiva dos alvos faz parte da reta final do inquérito em que é dado o direito ao investigado de se defender e explicar alguns pontos da apuração. A PF considerou o depoimento de Ramagem, que durou cerca de duas horas, como pouco útil. Ex-delegado da PF e candidato derrotado a prefeito do Rio de Janeiro, Ramagem era um dos principais homens de confiança de Bolsonaro, que chegou a nomeá-lo para a diretoria-geral da Polícia Federal. Procurado, o deputado não quis se manifestar. Bela Megale: PF intima Ramagem a depor no inquérito do golpe que envolve Bolsonaro Bela Megale: O destino de Valdemar no inquérito do golpe conduzido pela Polícia Federal A coluna de Lauro do Jardim informou que Ramagem deve ser um dos indiciados na investigação sobre a trama golpista, além do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ministros do seu governo. O deputado também é investigado em um outro inquérito que apura se a Abin, sob o comando dele, foi utilizada para fazer o monitoramento ilegal de alvos que eram desafetos do governo Bolsonaro. Dados das duas investigações foram compartilhados e a PF vê conexão entre a trama golpista e as ações clandestinas da agência. A principal linha de investigação da PF é que diversos órgãos do governo passado foram mobilizados para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como setores da Abin, Polícia Rodoviária Federal, Palácio do Planalto, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e das Forças Armadas. Uma das provas elencadas é a discussão de uma minuta golpista em reuniões nos Palácios do Planalto e da Alvorada, no fim de 2022. Segundo a PF, o ex-presidente teria convocado os então comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha para tratar sobre a aplicação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estados de defesa e de sítio para impedir a transmissão o cargo a Lula, que havia ganhado a eleição naquele ano. Conforme as investigações, os chefes do Exército e da Aeronáutica se manifestaram contra o plano. Segundo as investigações, um "núcleo de inteligência" da gestão Bolsonaro monitorou os passos do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes após a vitória eleitoral de Lula. A PF aponta que integrantes do governo teriam acompanhado o itinerário, o deslocamento e a localização do magistrado com o objetivo de capturá-lo e detê-lo após a assinatura de um decreto de golpe de Estado. Essas informações foram relatadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, que era o ajudante de ordens de Bolsonaro e fechou acordo de delação premiada com a PF.
Deputado prestou depoimento de cerca de duas horas na superintendência da PF, em Brasília, no âmbito do inquérito que investiga se Jair Bolsonaro tentou se manter no poder O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prestou um depoimento protocolar na sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta terça-feira, segundo pessoas com acesso ao teor das falas. Ele teria dito que não se lembrava de nada ao responder grande parte das perguntas da PF sobre a trama golpista, que foi supostamente articulada nos Palácios do Planalto e Alvorada nos últimos dias de Jair Bolsonaro (PL) como presidente, no fim de 2022. A oitiva dos alvos faz parte da reta final do inquérito em que é dado o direito ao investigado de se defender e explicar alguns pontos da apuração. A PF considerou o depoimento de Ramagem, que durou cerca de duas horas, como pouco útil. Ex-delegado da PF e candidato derrotado a prefeito do Rio de Janeiro, Ramagem era um dos principais homens de confiança de Bolsonaro, que chegou a nomeá-lo para a diretoria-geral da Polícia Federal. Procurado, o deputado não quis se manifestar. Bela Megale: PF intima Ramagem a depor no inquérito do golpe que envolve Bolsonaro Bela Megale: O destino de Valdemar no inquérito do golpe conduzido pela Polícia Federal A coluna de Lauro do Jardim informou que Ramagem deve ser um dos indiciados na investigação sobre a trama golpista, além do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ministros do seu governo. O deputado também é investigado em um outro inquérito que apura se a Abin, sob o comando dele, foi utilizada para fazer o monitoramento ilegal de alvos que eram desafetos do governo Bolsonaro. Dados das duas investigações foram compartilhados e a PF vê conexão entre a trama golpista e as ações clandestinas da agência. A principal linha de investigação da PF é que diversos órgãos do governo passado foram mobilizados para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como setores da Abin, Polícia Rodoviária Federal, Palácio do Planalto, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e das Forças Armadas. Uma das provas elencadas é a discussão de uma minuta golpista em reuniões nos Palácios do Planalto e da Alvorada, no fim de 2022. Segundo a PF, o ex-presidente teria convocado os então comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha para tratar sobre a aplicação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estados de defesa e de sítio para impedir a transmissão o cargo a Lula, que havia ganhado a eleição naquele ano. Conforme as investigações, os chefes do Exército e da Aeronáutica se manifestaram contra o plano. Segundo as investigações, um "núcleo de inteligência" da gestão Bolsonaro monitorou os passos do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes após a vitória eleitoral de Lula. A PF aponta que integrantes do governo teriam acompanhado o itinerário, o deslocamento e a localização do magistrado com o objetivo de capturá-lo e detê-lo após a assinatura de um decreto de golpe de Estado. Essas informações foram relatadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, que era o ajudante de ordens de Bolsonaro e fechou acordo de delação premiada com a PF.
Qual é a sua reação?