Posse de Trump será 3ª tentativa de Bolsonaro de convencer Alexandre de Moraes a devolver passaporte
Parlamentares da tropa de choque bolsonarista já planejam ida à capital americana As pretensões de Jair Bolsonaro de acompanhar in loco a posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro em Washington D.C., vão marcar a terceira tentativa do ex-presidente de convencer o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a obter de volta o seu passaporte. Vinho Trump, filmagem proibida e agradecimento a Deus: Os bastidores da vitória do republicano Investigação: PF indicia fuzileiro naval e irmão por ameaçar de morte filha de Alexandre de Moraes Em fevereiro deste ano, Moraes determinou a apreensão do documento em meio às investigações de uma trama golpista para impedir a posse de Lula em 2022. Naquela ocasião, o ministro impôs outra medida cautelar que contrariou o ex-chefe do Executivo: a proibição de manter contato com outros investigados – como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, com quem está impedido de se comunicar até hoje. Bolsonaro entrou com recurso para obter o passaporte de volta, mas o pedido foi negado por unanimidade pela Primeira Turma do STF, colegiado que reúne os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux. Entrevista: 'A classe média popular votou contra nós no Brasil inteiro', diz Edinho Silva Leia também: A opinião do favorito de Lula para presidir o PT sobre a Venezuela e Maduro O julgamento foi realizado entre 11 de outubro e 18 de outubro em uma sessão do plenário virtual, plataforma digital que permite a análise de casos sem que os ministros precisem se reunir pessoalmente ou por videoconferência. A defesa de Bolsonaro recorreu, e em 22 de outubro, Moraes negou um novo pedido para revogar a decisão. “Não há qualquer alteração do quadro fático que tornou necessária a entrega do passaporte do acusado, de modo que incabível, neste momento processual, a restituição do documento”, escreveu o ministro. Cabo de guerra: Deputados que assinam impeachment de Alexandre de Moraes estão na mira do ministro E mais: Alexandre de Moraes é campeão de pedidos de impeachment no Senado “Esse entendimento foi reafirmado pela Primeira Turma desta Suprema Corte, por unanimidade, em julgamento ocorrido na recente sessão virtual.” Segundo o blog apurou, parlamentares da tropa de choque bolsonarista na Câmara e no Senado já se mobilizam para ir à capital americana prestigiar o retorno do republicano à Casa Branca, repetindo o movimento da caravana que foi à Argentina acompanhar a posse de outro líder do campo da direita, o presidente Javier Milei, em dezembro de 2023. 8 de janeiro: 'Tirar da Papuda e colocar na rua’, diz Bolsonaro sobre anistia a golpistas Leia também: 'Não vai ser como a da Dilma que só tinha terrorista', diz Bolsonaro sobre comissão do 8/1 De acordo com aliados de Bolsonaro, a comitiva para a posse de Trump pode reunir entre 30 e 40 parlamentares. Mas Bolsonaro corre o risco de ficar de fora. Galerias Relacionadas Para a defesa do ex-presidente, a retenção do passaporte é “absolutamente desnecessária para a investigação” e viola os princípios constitucionais da “dignidade da pessoa humana, da presunção da inocência, da ampla defesa, da proporcionalidade e da duração razoável”. Justiça: Governo Lula define qual presídio de segurança máxima vai receber Rogério Andrade Os argumentos, no entanto, ainda não sensibilizaram Alexandre de Moraes nem seus colegas. Enquanto Bolsonaro tenta retomar o passaporte, um grupo de parlamentares dos Estados Unidos encaminhou em setembro uma carta ao Secretário de Estado americano, Antony Blinken, solicitando a revogação dos vistos de todos os ministros do Supremo — com destaque para Alexandre de Moraes, descrito no documento como “ditador totalitário". CGU: Governo Lula reduz operações especiais de combate à corrupção A carta assinada por quatro deputados e um senador, todos republicanos, diz que a democracia e a liberdade de expressão estão sob ameaça no Brasil em função de decisões do STF que teriam violado estes princípios, entre elas a suspensão da rede social X. Se depender dos parlamentares republicanos, Moraes pode acabar tendo as mesmas dificuldades de Bolsonaro para pisar em solo americano.
Parlamentares da tropa de choque bolsonarista já planejam ida à capital americana As pretensões de Jair Bolsonaro de acompanhar in loco a posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro em Washington D.C., vão marcar a terceira tentativa do ex-presidente de convencer o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a obter de volta o seu passaporte. Vinho Trump, filmagem proibida e agradecimento a Deus: Os bastidores da vitória do republicano Investigação: PF indicia fuzileiro naval e irmão por ameaçar de morte filha de Alexandre de Moraes Em fevereiro deste ano, Moraes determinou a apreensão do documento em meio às investigações de uma trama golpista para impedir a posse de Lula em 2022. Naquela ocasião, o ministro impôs outra medida cautelar que contrariou o ex-chefe do Executivo: a proibição de manter contato com outros investigados – como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, com quem está impedido de se comunicar até hoje. Bolsonaro entrou com recurso para obter o passaporte de volta, mas o pedido foi negado por unanimidade pela Primeira Turma do STF, colegiado que reúne os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux. Entrevista: 'A classe média popular votou contra nós no Brasil inteiro', diz Edinho Silva Leia também: A opinião do favorito de Lula para presidir o PT sobre a Venezuela e Maduro O julgamento foi realizado entre 11 de outubro e 18 de outubro em uma sessão do plenário virtual, plataforma digital que permite a análise de casos sem que os ministros precisem se reunir pessoalmente ou por videoconferência. A defesa de Bolsonaro recorreu, e em 22 de outubro, Moraes negou um novo pedido para revogar a decisão. “Não há qualquer alteração do quadro fático que tornou necessária a entrega do passaporte do acusado, de modo que incabível, neste momento processual, a restituição do documento”, escreveu o ministro. Cabo de guerra: Deputados que assinam impeachment de Alexandre de Moraes estão na mira do ministro E mais: Alexandre de Moraes é campeão de pedidos de impeachment no Senado “Esse entendimento foi reafirmado pela Primeira Turma desta Suprema Corte, por unanimidade, em julgamento ocorrido na recente sessão virtual.” Segundo o blog apurou, parlamentares da tropa de choque bolsonarista na Câmara e no Senado já se mobilizam para ir à capital americana prestigiar o retorno do republicano à Casa Branca, repetindo o movimento da caravana que foi à Argentina acompanhar a posse de outro líder do campo da direita, o presidente Javier Milei, em dezembro de 2023. 8 de janeiro: 'Tirar da Papuda e colocar na rua’, diz Bolsonaro sobre anistia a golpistas Leia também: 'Não vai ser como a da Dilma que só tinha terrorista', diz Bolsonaro sobre comissão do 8/1 De acordo com aliados de Bolsonaro, a comitiva para a posse de Trump pode reunir entre 30 e 40 parlamentares. Mas Bolsonaro corre o risco de ficar de fora. Galerias Relacionadas Para a defesa do ex-presidente, a retenção do passaporte é “absolutamente desnecessária para a investigação” e viola os princípios constitucionais da “dignidade da pessoa humana, da presunção da inocência, da ampla defesa, da proporcionalidade e da duração razoável”. Justiça: Governo Lula define qual presídio de segurança máxima vai receber Rogério Andrade Os argumentos, no entanto, ainda não sensibilizaram Alexandre de Moraes nem seus colegas. Enquanto Bolsonaro tenta retomar o passaporte, um grupo de parlamentares dos Estados Unidos encaminhou em setembro uma carta ao Secretário de Estado americano, Antony Blinken, solicitando a revogação dos vistos de todos os ministros do Supremo — com destaque para Alexandre de Moraes, descrito no documento como “ditador totalitário". CGU: Governo Lula reduz operações especiais de combate à corrupção A carta assinada por quatro deputados e um senador, todos republicanos, diz que a democracia e a liberdade de expressão estão sob ameaça no Brasil em função de decisões do STF que teriam violado estes princípios, entre elas a suspensão da rede social X. Se depender dos parlamentares republicanos, Moraes pode acabar tendo as mesmas dificuldades de Bolsonaro para pisar em solo americano.
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