Polícia realiza perícia em rolo compressor que atropelou e matou engenheira em obra em Macaé

Técnicos analisam o equipamento na tarde desta quarta-feira. Rafaela Martins de Araújo, de 27 anos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos após ser atingida pelo maquinário A Polícia Civil realiza, na tarde desta quarta-feira, a perícia técnica no rolo compressor envolvido no atropelamento de engenheira Rafaela Martins de Araújo, de 27 anos, em obra da Petrobras, em Macaé, no Norte Fluminense. A investigação busca entender o que causou o acidente. O delegado Pedro Emílio Braga, da 123ª DP (Macaé), vê, como uma das hipóteses, falha mecânica. Tenta-se descobrir o que ocasionou a pesada máquina não frear e, aparentemente, estar desgovernada, saindo da via em que trafegava. Profissional de 27 anos: Saiba quem era a engenheira que morreu atropelada por rolo compressor em obra em Macaé Morte em obra da Petrobras: falha mecânica em rolo compressor é principal hipótese para atropelamento de engenheira em Macaé, diz a polícia O caso aconteceu na última segunda-feira, quando Rafaela chegava ao local para trabalhar. O rolo compressor transitava próximo à entrada da área de galpão de resíduos, no bairro de Cabiúnas. Ao ser ferida, a engenheira foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Lagomar, no município, onde foi constatado óbito. O laudo sobre a causa da morte ainda não foi concluído, segundo o delegado. Rafaela era funcionária da MJ2 Construções, uma empresa terceirizada que presta serviços à Petrobras. Ela trabalhava como engenheira civil na companhia desde dezembro 2020. — É uma investigação complexa, primeiro porque estamos falando de uma atividade que envolve uma série de normativas legais e administrativas. São três empresas envolvidas: uma contratante de serviço, uma contratada e uma terceirizada. Desde segunda-feira, pouco mais de 48 horas do fato, já realizamos as oitivas de algumas testemunhas, realizamos a perícia no local, fez necropsia na vítima, e hoje estamos realizando a perícia do equipamento. Trouxemos peritos do Rio de Janeiro, que estão neste momento o maquinário que acabou dando causa a essa fatalidade — diz o delegado. A Petrobras informou que vai criar uma comissão para acompanhar o caso. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) já formou uma comissão própria. Coordenador-geral do sindicato, Sérgio Borges Cordeiro esteve no local ainda na segunda-feira, horas após o acidente. Segundo ele, houve um problema no freio, e é necessário apurar se também ocorreu alguma falha na direção, o que teria feito o maquinário deixar a pista. — A gente já sabe que teve algum problema com o sistema de freio. Agora, queremos saber se houve algum problema também com a parte de direção porque o rolo compressor estava atrás de uma retroescavadeira. A tendência era bater na traseira dela e parar. A gente não sabe o porquê de ele ter saído do caminho, desviar e atingir a Rafaela — conta o coordenador-geral do Sindipetro-NF. Cordeiro explica que o deslocamento desse tipo de equipamento é acompanhado por um batedor, isto é, uma pessoa que vai no chão, fora do maquinário, durante o percurso, por conta da limitação do campo de visão do motorista. — Investigamos se houve alguma falha mecânica que tem um condão de excluir a responsabilidade do condutor, ou o condutor praticou alguma negligência, ou alguma imperícia que resultou na fatalidade. Então, temos que criar o cenário geral, a partir dessas oitivas e perícias, para conseguir essa conclusão — diz o delegado Pedro Emílio Braga. — O maquinário acabou se desgovernando, andou por uma área considerável, vindo a atingir a engenheira já a alguma distância do local. Após esta perícia, nos próximos dias, o delegado espera continuar com as oitivas, ouvindo os representantes das empresas, para análise de toda a legislação, e, então, o autor, isto é, o motorista responsável por conduzir o maquinário. Em visita ao local do acidente, os representantes do Sindipetro-NF identificaram a falta de uma área de circulação exclusiva para os pedestres. Na via aberta, na mesma pista, trafegam os veículos e as máquinas, assim como pessoas, relataram. Enquanto não é feita esta separação, o sindicato sugeriu de que os funcionários sejam levados no trecho a bordo de algum automóvel, como van. — Conseguimos identificar, que essa via, que é improvisada como uma estrada de chão, onde, por ser nova, não tem ainda a separação de área de trânsito de máquinas e veículo e da área de pedestre, então, todos passam na mesma via. Quando o veículo vem, a pessoa que está passando, tem que ficar no canto, quase na beira do mato, para que o veículo consiga passar. Essa é uma situação atípica porque dentro das instalações da Petrobras os procedimentos de segurança são muito sérios. Isso foi um problema que já identificamos. Enquanto não resolvem isso, o Sindpetro propôs que as pessoas que tenham que circular naquele local se desloquem em um outro veículo, como van, para não fazer o trajeto a pé — conta Sérgio Borges Cordeiro. "A família da ví

Oct 10, 2024 - 00:04
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Polícia realiza perícia em rolo compressor que atropelou e matou engenheira em obra em Macaé

Técnicos analisam o equipamento na tarde desta quarta-feira. Rafaela Martins de Araújo, de 27 anos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos após ser atingida pelo maquinário A Polícia Civil realiza, na tarde desta quarta-feira, a perícia técnica no rolo compressor envolvido no atropelamento de engenheira Rafaela Martins de Araújo, de 27 anos, em obra da Petrobras, em Macaé, no Norte Fluminense. A investigação busca entender o que causou o acidente. O delegado Pedro Emílio Braga, da 123ª DP (Macaé), vê, como uma das hipóteses, falha mecânica. Tenta-se descobrir o que ocasionou a pesada máquina não frear e, aparentemente, estar desgovernada, saindo da via em que trafegava. Profissional de 27 anos: Saiba quem era a engenheira que morreu atropelada por rolo compressor em obra em Macaé Morte em obra da Petrobras: falha mecânica em rolo compressor é principal hipótese para atropelamento de engenheira em Macaé, diz a polícia O caso aconteceu na última segunda-feira, quando Rafaela chegava ao local para trabalhar. O rolo compressor transitava próximo à entrada da área de galpão de resíduos, no bairro de Cabiúnas. Ao ser ferida, a engenheira foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Lagomar, no município, onde foi constatado óbito. O laudo sobre a causa da morte ainda não foi concluído, segundo o delegado. Rafaela era funcionária da MJ2 Construções, uma empresa terceirizada que presta serviços à Petrobras. Ela trabalhava como engenheira civil na companhia desde dezembro 2020. — É uma investigação complexa, primeiro porque estamos falando de uma atividade que envolve uma série de normativas legais e administrativas. São três empresas envolvidas: uma contratante de serviço, uma contratada e uma terceirizada. Desde segunda-feira, pouco mais de 48 horas do fato, já realizamos as oitivas de algumas testemunhas, realizamos a perícia no local, fez necropsia na vítima, e hoje estamos realizando a perícia do equipamento. Trouxemos peritos do Rio de Janeiro, que estão neste momento o maquinário que acabou dando causa a essa fatalidade — diz o delegado. A Petrobras informou que vai criar uma comissão para acompanhar o caso. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) já formou uma comissão própria. Coordenador-geral do sindicato, Sérgio Borges Cordeiro esteve no local ainda na segunda-feira, horas após o acidente. Segundo ele, houve um problema no freio, e é necessário apurar se também ocorreu alguma falha na direção, o que teria feito o maquinário deixar a pista. — A gente já sabe que teve algum problema com o sistema de freio. Agora, queremos saber se houve algum problema também com a parte de direção porque o rolo compressor estava atrás de uma retroescavadeira. A tendência era bater na traseira dela e parar. A gente não sabe o porquê de ele ter saído do caminho, desviar e atingir a Rafaela — conta o coordenador-geral do Sindipetro-NF. Cordeiro explica que o deslocamento desse tipo de equipamento é acompanhado por um batedor, isto é, uma pessoa que vai no chão, fora do maquinário, durante o percurso, por conta da limitação do campo de visão do motorista. — Investigamos se houve alguma falha mecânica que tem um condão de excluir a responsabilidade do condutor, ou o condutor praticou alguma negligência, ou alguma imperícia que resultou na fatalidade. Então, temos que criar o cenário geral, a partir dessas oitivas e perícias, para conseguir essa conclusão — diz o delegado Pedro Emílio Braga. — O maquinário acabou se desgovernando, andou por uma área considerável, vindo a atingir a engenheira já a alguma distância do local. Após esta perícia, nos próximos dias, o delegado espera continuar com as oitivas, ouvindo os representantes das empresas, para análise de toda a legislação, e, então, o autor, isto é, o motorista responsável por conduzir o maquinário. Em visita ao local do acidente, os representantes do Sindipetro-NF identificaram a falta de uma área de circulação exclusiva para os pedestres. Na via aberta, na mesma pista, trafegam os veículos e as máquinas, assim como pessoas, relataram. Enquanto não é feita esta separação, o sindicato sugeriu de que os funcionários sejam levados no trecho a bordo de algum automóvel, como van. — Conseguimos identificar, que essa via, que é improvisada como uma estrada de chão, onde, por ser nova, não tem ainda a separação de área de trânsito de máquinas e veículo e da área de pedestre, então, todos passam na mesma via. Quando o veículo vem, a pessoa que está passando, tem que ficar no canto, quase na beira do mato, para que o veículo consiga passar. Essa é uma situação atípica porque dentro das instalações da Petrobras os procedimentos de segurança são muito sérios. Isso foi um problema que já identificamos. Enquanto não resolvem isso, o Sindpetro propôs que as pessoas que tenham que circular naquele local se desloquem em um outro veículo, como van, para não fazer o trajeto a pé — conta Sérgio Borges Cordeiro. "A família da vítima está recebendo assistência da Petrobras e da empresa MJ2. A Petrobras comunicou os órgãos competentes e irá formar uma comissão para investigar as causas do triste ocorrido", disse, em nota, a Petrobras.

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