Polícia Militar oficializa fusões e fechamento de UPPs do Rio
Com o novo plano, haverá “enxugamento” de recursos humanos e reformulação das bases, que passarão de 29 para 16 O Governo do Estado do Rio de Janeiro oficializou nesta terça-feira o encerramento de 13 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no município, conforme resolução assinada pelo coronel Marcelo Menezes, secretário estadual da PM, publicada no Diário Oficial. Como o GLOBO anunciou em agosto, a medida faz parte de uma reestruturação planejada para redistribuir forças de segurança de forma estratégica. Rogério Andrade: saiba o que falta para bicheiro ser transferido para um presídio federal Leia mais: O que se sabe sobre a morte do instrutor de paraquedismo em salto de speed fly na Pedra Bonita, na Zona Sul do Rio Hoje, a capital tem 29 UPPs. Com o novo plano, haverá “enxugamento” de recursos humanos e reformulação das bases, que passarão para 16. Boa parte das transferências registradas ocorreu na região do 16º BPM (Olaria), que atua nas favelas dos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte. Atualmente, o batalhão tem o maior número de UPPs do estado, com sete sedes. O novo formato prevê reduzi-las a duas: uma no Complexo do Alemão, responsável pelas áreas da Fazendinha, de Nova Brasília e do Alemão; e outra no Complexo da Penha, que reúne Vila Cruzeiro, Chatuba, Parque Proletário e Fé/Sereno. Além das UPPs do 16º BPM, outras 13 serão “unificadas”: Santa Marta (Botafogo) e Morro Cerro-Corá (Cosme Velho); Pavão-Pavãozinho e Tabajaras, ambas em Copacabana; Rocinha (São Conrado) e Vidigal (Ipanema); Borel, Formiga e Salgueiro, na Grande Tijuca; Manguinhos e Arará (Benfica); Mangueira (Centro) e Barreira do Vasco (São Cristóvão). As sedes do Andaraí, também na Zona Norte, e do Morro dos Prazeres, no Centro, deixarão de existir. O decreto divulgado pela polícia aponta "a necessidade constante em aperfeiçoar a estrutura e funcionamento da Corporação, objetivando a melhor prestação de serviço à sociedade; a necessidade de aprimorar sistematicamente o Programa de Polícia Pacificadora". Em entrevista ao GLOBO em agosto deste ano, os secretários de Estado de Segurança Pública e de Polícia Militar afirmaram que o movimento não significa o “fim das UPPs”, tampouco um recuo das forças de segurança em áreas conflagradas. Segundo eles, trata-se de uma reestruturação do projeto, que não sofreu atualização ao longo dos anos. Fato é que haverá redução no número de bases, além da retirada de estrutura do miolo das comunidades. O secretário de Estado de Segurança Pública, Victor César dos Santos, garante que a medida visa ao reordenamento e a uma melhor gestão: — A gente tem que imaginar que todo projeto que nasce precisa ser monitorado. Pensar: “Esse projeto continua atendendo aos mesmos objetivos?”. O que aconteceu com a UPP é que isso não aconteceu. Não houve um replanejamento. A gente tem um déficit de pessoal muito grande, e cerca de 8% do efetivo da PM está dedicado à administração. A nossa vontade é reduzir essa margem para 5%. Precisamos aumentar o número de policiais nas ruas, pois a sensação de segurança está diretamente ligada à presença ostensiva da polícia — disse Santos. Fusão de unidades Tanto o secretário de Segurança quanto o da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, destacam que a intenção é transferir 1.100 agentes das UPPs para as ruas. Apesar de citarem o estudo, eles não quiseram dar muitos detalhes sobre as mudanças, sob o argumento de que isso poderia trazer vulnerabilidade às unidades neste momento de transição. Segundo o coronel Menezes, o levantamento foi feito por policiais, sem consultas a especialistas de universidades. Ele reforçou que cada uma das 29 unidades foi analisada individualmente e que moradores de comunidades onde estão inseridas foram ouvidos. Dados da Secretaria de Estado de Polícia Militar dão conta de que, em 2013, no auge das UPPs, havia 12 mil agentes no programa. Hoje, esse número é de 4.996. O secretário informou que o novo estudo sobre as pacificadoras aponta redução de agentes no policiamento ostensivo, enquanto o efetivo dedicado à atividade administrativa permaneceu inalterado. Em busca de reequilíbrio, a PM vai investir na fusão de UPPs.
Com o novo plano, haverá “enxugamento” de recursos humanos e reformulação das bases, que passarão de 29 para 16 O Governo do Estado do Rio de Janeiro oficializou nesta terça-feira o encerramento de 13 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no município, conforme resolução assinada pelo coronel Marcelo Menezes, secretário estadual da PM, publicada no Diário Oficial. Como o GLOBO anunciou em agosto, a medida faz parte de uma reestruturação planejada para redistribuir forças de segurança de forma estratégica. Rogério Andrade: saiba o que falta para bicheiro ser transferido para um presídio federal Leia mais: O que se sabe sobre a morte do instrutor de paraquedismo em salto de speed fly na Pedra Bonita, na Zona Sul do Rio Hoje, a capital tem 29 UPPs. Com o novo plano, haverá “enxugamento” de recursos humanos e reformulação das bases, que passarão para 16. Boa parte das transferências registradas ocorreu na região do 16º BPM (Olaria), que atua nas favelas dos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte. Atualmente, o batalhão tem o maior número de UPPs do estado, com sete sedes. O novo formato prevê reduzi-las a duas: uma no Complexo do Alemão, responsável pelas áreas da Fazendinha, de Nova Brasília e do Alemão; e outra no Complexo da Penha, que reúne Vila Cruzeiro, Chatuba, Parque Proletário e Fé/Sereno. Além das UPPs do 16º BPM, outras 13 serão “unificadas”: Santa Marta (Botafogo) e Morro Cerro-Corá (Cosme Velho); Pavão-Pavãozinho e Tabajaras, ambas em Copacabana; Rocinha (São Conrado) e Vidigal (Ipanema); Borel, Formiga e Salgueiro, na Grande Tijuca; Manguinhos e Arará (Benfica); Mangueira (Centro) e Barreira do Vasco (São Cristóvão). As sedes do Andaraí, também na Zona Norte, e do Morro dos Prazeres, no Centro, deixarão de existir. O decreto divulgado pela polícia aponta "a necessidade constante em aperfeiçoar a estrutura e funcionamento da Corporação, objetivando a melhor prestação de serviço à sociedade; a necessidade de aprimorar sistematicamente o Programa de Polícia Pacificadora". Em entrevista ao GLOBO em agosto deste ano, os secretários de Estado de Segurança Pública e de Polícia Militar afirmaram que o movimento não significa o “fim das UPPs”, tampouco um recuo das forças de segurança em áreas conflagradas. Segundo eles, trata-se de uma reestruturação do projeto, que não sofreu atualização ao longo dos anos. Fato é que haverá redução no número de bases, além da retirada de estrutura do miolo das comunidades. O secretário de Estado de Segurança Pública, Victor César dos Santos, garante que a medida visa ao reordenamento e a uma melhor gestão: — A gente tem que imaginar que todo projeto que nasce precisa ser monitorado. Pensar: “Esse projeto continua atendendo aos mesmos objetivos?”. O que aconteceu com a UPP é que isso não aconteceu. Não houve um replanejamento. A gente tem um déficit de pessoal muito grande, e cerca de 8% do efetivo da PM está dedicado à administração. A nossa vontade é reduzir essa margem para 5%. Precisamos aumentar o número de policiais nas ruas, pois a sensação de segurança está diretamente ligada à presença ostensiva da polícia — disse Santos. Fusão de unidades Tanto o secretário de Segurança quanto o da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, destacam que a intenção é transferir 1.100 agentes das UPPs para as ruas. Apesar de citarem o estudo, eles não quiseram dar muitos detalhes sobre as mudanças, sob o argumento de que isso poderia trazer vulnerabilidade às unidades neste momento de transição. Segundo o coronel Menezes, o levantamento foi feito por policiais, sem consultas a especialistas de universidades. Ele reforçou que cada uma das 29 unidades foi analisada individualmente e que moradores de comunidades onde estão inseridas foram ouvidos. Dados da Secretaria de Estado de Polícia Militar dão conta de que, em 2013, no auge das UPPs, havia 12 mil agentes no programa. Hoje, esse número é de 4.996. O secretário informou que o novo estudo sobre as pacificadoras aponta redução de agentes no policiamento ostensivo, enquanto o efetivo dedicado à atividade administrativa permaneceu inalterado. Em busca de reequilíbrio, a PM vai investir na fusão de UPPs.
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