Petrobras inicia operação comercial de unidade de gás natural no antigo Comperj
Rebatizado de Complexo de Energias Boaventura, espaço fica em Itaboraí, no Rio de Janeiro Após anos de obras, a Petrobras anunciou o início da operação comercial da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), localizada no Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Nesta primeira fase, a unidade tem capacidade de processar 10,5 milhões de metros cúbicos por dia. Até o fim deste ano, a capacidade de processamento deverá chegar a 21 milhões de metros cúbicos por dia. 'Drill, baby drill': Trump promete ampliar produção de petróleo. Veja impactos para o Brasil e o mundo Entenda: Por que Pelotas, no Rio Grande do Sul, tem potencial para dobrar as reservas de petróleo do Brasil? O gás bruto processado vem dos campos do pré-sal em alto-mar na Bacia de Santos, como Tupi, Búzios e Sapinhoá, por meio do gasoduto Rota 3, que já está em operação. A UPGN tem como objetivo filtrar e tratar esse gás para "produzir" o gás natural, o gás de cozinha (GLP) e o chamado C5+, usado como matéria-prima na indústria petroquímica e para a produção de combustíveis. Segundo a estatal, isso reduzirá a necessidade de importação. Em 2023, a Petrobras celebrou mais de 34 contratos de fornecimento de gás natural, após vencer chamadas públicas de distribuidoras e processos competitivos de consumidores livres, que representaram a venda de mais de 70 bilhões de metros cúbicos por dia em contratos com vendas previstas até 2034. — A partida comercial da UPGN consagra o início de um projeto integrado com alta complexidade operacional, que vai desde a exploração até a entrega na saída da UPGN. São novas infraestruturas com capacidade de até 18 milhões de metros cúbicos por dia no escoamento, e até 21 milhões de metros cúbicos por dia no processamento, contribuindo para o desenvolvimento do país e preservando a sustentabilidade financeira da companhia — afirma o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França. Sem licença para Foz do Amazonas: Petrobras volta a investir na Bacia de Campos para elevar reservas Segundo Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, a UPGN aumentará a competitividade da Petrobras no mercado de gás nacional. — Com isso, pudemos oferecer novas condições comerciais aos clientes e aumentamos nossa confiabilidade de fornecimento, que já é de praticamente 100% — diz Tolmasquim. Projeto envolto em crise Desde 2008, com o início das obras de terraplanagem em Itaboraí, a Petrobras já contabilizou um prejuízo de pelo menos US$ 14 bilhões com o complexo, resultado de pagamentos de propinas e obras superfaturadas, conforme apontado pela Operação Lava-Jato, além de sucessivas mudanças no projeto. Entre 2017 e 2018, a estatal decidiu abandonar a construção de uma refinaria e optou por realizar apenas a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). No entanto, o custo dessa unidade, essencial para o transporte do gás natural extraído dos campos do pré-sal na Bacia de Santos, aumentou significativamente. Inicialmente orçada em R$ 1,94 bilhão, a obra superou os R$ 3 bilhões, segundo documentos de 2022, devido a problemas causados pela pandemia, modificações no projeto e variações cambiais. Agora, com a nova gestão, a companhia pretende retomar a ideia original de produzir derivados.
Rebatizado de Complexo de Energias Boaventura, espaço fica em Itaboraí, no Rio de Janeiro Após anos de obras, a Petrobras anunciou o início da operação comercial da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), localizada no Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Nesta primeira fase, a unidade tem capacidade de processar 10,5 milhões de metros cúbicos por dia. Até o fim deste ano, a capacidade de processamento deverá chegar a 21 milhões de metros cúbicos por dia. 'Drill, baby drill': Trump promete ampliar produção de petróleo. Veja impactos para o Brasil e o mundo Entenda: Por que Pelotas, no Rio Grande do Sul, tem potencial para dobrar as reservas de petróleo do Brasil? O gás bruto processado vem dos campos do pré-sal em alto-mar na Bacia de Santos, como Tupi, Búzios e Sapinhoá, por meio do gasoduto Rota 3, que já está em operação. A UPGN tem como objetivo filtrar e tratar esse gás para "produzir" o gás natural, o gás de cozinha (GLP) e o chamado C5+, usado como matéria-prima na indústria petroquímica e para a produção de combustíveis. Segundo a estatal, isso reduzirá a necessidade de importação. Em 2023, a Petrobras celebrou mais de 34 contratos de fornecimento de gás natural, após vencer chamadas públicas de distribuidoras e processos competitivos de consumidores livres, que representaram a venda de mais de 70 bilhões de metros cúbicos por dia em contratos com vendas previstas até 2034. — A partida comercial da UPGN consagra o início de um projeto integrado com alta complexidade operacional, que vai desde a exploração até a entrega na saída da UPGN. São novas infraestruturas com capacidade de até 18 milhões de metros cúbicos por dia no escoamento, e até 21 milhões de metros cúbicos por dia no processamento, contribuindo para o desenvolvimento do país e preservando a sustentabilidade financeira da companhia — afirma o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França. Sem licença para Foz do Amazonas: Petrobras volta a investir na Bacia de Campos para elevar reservas Segundo Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, a UPGN aumentará a competitividade da Petrobras no mercado de gás nacional. — Com isso, pudemos oferecer novas condições comerciais aos clientes e aumentamos nossa confiabilidade de fornecimento, que já é de praticamente 100% — diz Tolmasquim. Projeto envolto em crise Desde 2008, com o início das obras de terraplanagem em Itaboraí, a Petrobras já contabilizou um prejuízo de pelo menos US$ 14 bilhões com o complexo, resultado de pagamentos de propinas e obras superfaturadas, conforme apontado pela Operação Lava-Jato, além de sucessivas mudanças no projeto. Entre 2017 e 2018, a estatal decidiu abandonar a construção de uma refinaria e optou por realizar apenas a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). No entanto, o custo dessa unidade, essencial para o transporte do gás natural extraído dos campos do pré-sal na Bacia de Santos, aumentou significativamente. Inicialmente orçada em R$ 1,94 bilhão, a obra superou os R$ 3 bilhões, segundo documentos de 2022, devido a problemas causados pela pandemia, modificações no projeto e variações cambiais. Agora, com a nova gestão, a companhia pretende retomar a ideia original de produzir derivados.
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